Kimi Djabaté

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Kimi Djabaté
Nascimento 20 de janeiro de 1975
Cidadania Guiné-Bissau
Ocupação músico

Kimi Djabaté (Guiné-Bissau, 20 de janeiro de 1975) é um músico de afrobeat/blues da Guiné-Bissau.[1] Baseado nos arredores da cidade de Lisboa, em Portugal, ele continua sendo um dos elos contemporâneos do legado musical da África Ocidental.

Juventude[editar | editar código-fonte]

Djabaté nasceu em uma família pobre, mas musicalmente talentosa em Tabatô, na Guiné-Bissau; era uma região reconhecida como um centro para música, dança e outras artes criativas. O seu interesse pela música teve início aos três anos, quando começou a tocar balafon, o xilofone africano, e ele foi aprendendo rapidamente outros instrumentos tradicionais.[2] Na sua pré-adolescência, saiu de casa para a aldeia vizinha de Sonako para estudar o kora. Isso lhe ajudou no futuro a desenvolver a sua habilidade para tocar a guitarra. Seu talento como músico se tornou muito mais do que um passatempo de infância, já que ele era obrigado a tocar em cerimônias locais para ajudar a contribuir para à renda da sua família.[3] Isto se transformou em uma fonte de conflito para Djabaté e para a sua família. Seus pais e seu tio lhe forçaram a fazer concertos contra a sua vontade, o que tirou muito do seu tempo livre que os outros jovens da sua idade desfrutavam.[4]

Ao pressionar Djabaté a fazer concertos, seus pais e seu tio proporcionaram ao jovem fenômeno uma formação excelente na música tradicional de Mandingo. Entretanto, Djabaté estava interessado também nos gêneros populares africanos, como o estilo de música de dança local gumbé, o afrobeat nigeriano, a morna cabo-verdiana, sem mencionar o jazz e o blues ocidentais, todos os quais influenciaram a sua música.

Ele tem uma filha chamada Nora e um filho chamado Ali.

Carreira musical[editar | editar código-fonte]

Após fazer uma turnê na Europa com o conjunto nacional de música e dança da Guiné-Bissau, Djabaté se estabeleceu em Lisboa, Portugal. Desde então, ele tem morado na Europa, mas segue dedicado à música com que cresceu ouvindo e praticando na Guiné-Bissau.[5] Na Europa, Djabaté colaborou com vários artistas, incluindo Mory Kanté e Waldemar Bastos. Em 2005, Djabaté lançou seu primeiro álbum solo, Teriké, que lançou de forma independente.[5] O segundo álbum solo de Djabaté, Karam, foi lançado em 28 de julho de 2009 pelo selo Cumbancha.[6][7] Este álbum de um disco e quinze músicas trata de temas sobre a realidade social e política, o sofrimento do povo africano, a luta contra a pobreza, a liberdade, os direitos das mulheres, e o amor.[5]

Discografia[editar | editar código-fonte]

  • Teriké (2005)
  • Karam (2009)
  • Kanamalu (2016)
  • Dindin (2023)

Referências

  1. «Kimi Djabate on AllMusic». RhythmOne. Consultado em 11 de março de 2023 
  2. Boilen, Bob (7 de março de 2023). «New Mix: Shame, Arthur Moon, Kimi Djabaté, more». NPR 
  3. Frota, Gonçalo (8 de março de 2023). «KIMI DJABATÉ: "I DON'T WANT TO BE JUST A GRIOT, I WANT TO BE WHO I AM"». Songlines 
  4. «Kimi Djabate (kimidjabate) on Myspace». Myspace 
  5. a b c «Kimi Djabaté – Cumbancha». Cumbancha 
  6. Gedye, Lloyd (11 de maio de 2010). «Tunes from Africa and the world». Mail & Guardian 
  7. «Karam». 22 de agosto de 2016 – via Amazon 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]