Le Vent d'est

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Le Vent d'est
Le Vent d'est
No Brasil O Vento do Leste
França
1970 •  cor •  95 min 
Direção Groupe Dziga Vertov
Jean-Luc Godard (não creditado)
Jean-Pierre Gorin (não creditado)
Gérard Martin (não creditado)
Roteiro Sergio Bazzini

Daniel Cohn-Bendit
Jean-Luc Godard

Elenco Gian Maria Volonté
Anne Wiazemsky
Cristiana Tullio-Altan
Glauber Rocha
Idioma francês

Le Vent d'est (bra: O Vento do Leste) é um filme de 1970 do Grupo Dziga Vertov, um coletivo de cineastas politicamente ativos, que, em sua essência, incluía Jean-Luc Godard e Jean-Pierre Gorin. Como na maioria dos filmes desse período da carreira de Godard, o crédito de direção foi concedido ao coletivo e não individualmente a cada cineasta.[1] Ainda, conta como a participação de Glauber Rocha como ator, interpretando ele mesmo.[2][3]

O filme trata de inúmeras questões a respeito das posições políticas anticapitalistas, mas principalmente de questões sobre a ideologia das composições do cinema que são antecipadamente consideradas naturais, como a junção da imagem e do som.[4]

Nos filmes do Grupo Dziga Vertov, O Vento do Leste se tornou particularmente notável devido ao influente ensaio de Peter Wollen sobre o assunto.[5] Wollen afirma que O Vento do Leste exemplifica como os princípios brechtianos de "teatro épico" podem ser aplicados ao cinema como "contra-cinema".[5]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O filme reflete o interesse de Gorin e, especialmente, de Godard em separar o som da imagem, como um meio de reinventar a linguagem do cinema comercial "burguês".[6] O filme começa com a história de um executivo da Alcoa que é sequestrado, mas muda abruptamente de assunto e inicia um longo manifesto sobre a história e o contexto político do cinema revolucionário, incluindo a autocrítica marxista-leninista e uma crítica à indústria cinematográfica de Hollywood.[6]

Elenco[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Portal Brasileiro de Cinema : Godard». www.portalbrasileirodecinema.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2020 
  2. Mesquita, Lauro (29 de março de 2009). «Godard, Glauber e o Vento do leste: alegoria de um (des)encontro, por Mateus Araújo». O blog do Guaciara. Consultado em 17 de julho de 2020 
  3. «O cineasta Jean-Pierre Gorin conta como o diretor de "Terra em Transe" virou ator de "Vento do Leste", que será exibido no Brasil pela primeira vez nesta semana» 🔗. 2004. Consultado em 17 de julho de 2020. A aparição de Glauber em "Vento do Leste" é ao mesmo tempo uma homenagem ao Cinema Novo e uma peça afetiva de um teatro "naïve", que indica que os trabalhos feitos no Brasil nos obrigaram a desbastar nosso caminho para fora da mata (Hollywood, a "nouvelle vague", a "era glacial" do cinema político da Guerra Fria etc), rumo à especificidade do nosso tempo e nosso espaço. 
  4. «O vento e suas direções: notas sobre O vento do Leste (Grupo Dziga Vertov, 1970)». LavraPalavra. 25 de abril de 2016. Consultado em 17 de julho de 2020 
  5. a b Wollen, Peter. "Godard and Counter Cinema: Vent d'est." In Readings and Writings: Semiotic Counter-Strategies. London: Verso, 1982.
  6. a b «"Wind from the East" by Julia Lesage». www.ejumpcut.org. Consultado em 17 de julho de 2020 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Ícone de esboço Este artigo sobre cinema é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.