Saltar para o conteúdo

Liber al vel legis: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Opeabiru (discussão | contribs)
Linha 1: Linha 1:
{{Infobox Book
| name = Liber AL vel Legis, <br/> ou <br/> O Livro da Lei
| title_orig =
| translator =
| image = [[Image:AL cover.gif|200px|Capa da edição comemorativa dos 100 anos do ''Liber AL vel Legis'' de [[Aleister Crowley]] (Weiser 2004 Centennial Edition)]]
| image_caption =
| author = [[Aleister Crowley]]
| illustrator =
| cover_artist =
| country = [[Egito]]
| language = [[Inglês]]
| series =
| genre = [[Thelema]], [[Filosofia]], [[Religião]], [[Misticismo]], [[Ocultismo]], [[Livros Sagrados]]
| publisher =
| release_date = 1904
| media_type = Impresso
| pages =
| isbn = 1578633087
}}

{{minidesambig|O Livro da Lei maçônico|Livro da Lei}}
{{minidesambig|O Livro da Lei maçônico|Livro da Lei}}


{{Info
|nome = Liber AL vel Legis
|imagem = Livrodalei.jpg
|imagem_tamanho = 200px
|legenda = Edição do Livro da Lei em inglês, em capa dura
|nome_completo = Liber AL vel Legis - O Livro da Lei
}}
O título completo deste livro é
O título completo deste livro é


Linha 40: Linha 53:
Crowley também deixou claro que a escritura não foi um ato de [[escrita automática]] ou [[psicografia]] e sim que ele apenas escrevia o que era ditado por uma voz real falando a ele. Isso é mostrado pelos vários erros de escrita no manuscrito original, corrigidos na hora por Crowley. Ele admitia que Awiass podia ser uma manifestação de seu subconsciente, mas mesmo assim considerava que a mensagem ditada estava além da experiência ou conhecimento humanos, sendo necessária uma inteligência de nível superior que apenas um deus poderia possuir.
Crowley também deixou claro que a escritura não foi um ato de [[escrita automática]] ou [[psicografia]] e sim que ele apenas escrevia o que era ditado por uma voz real falando a ele. Isso é mostrado pelos vários erros de escrita no manuscrito original, corrigidos na hora por Crowley. Ele admitia que Awiass podia ser uma manifestação de seu subconsciente, mas mesmo assim considerava que a mensagem ditada estava além da experiência ou conhecimento humanos, sendo necessária uma inteligência de nível superior que apenas um deus poderia possuir.


==Explicação==
==Crítica==


Graças a fama de Aleister Crowley como um "mago negro" ou satanista, deu-se também ao Livro a fama dele ser uma obra ligada a outras religiões, como o [[Satanismo]], ou ainda um livro de invocações demoníacas. O que é de se espantar, porque em nenhum momento do Livro da Lei é feita qualquer descrição de rituais de invocação a qualquer entidade "demoníaca", pactos, ou sequer menção ao diabo, Satã ou semelhante figura que represente uma ideia de maldade. O Livro não incita a violência, intolerância religiosa ou atitude criminosa. O que ele faz é convidar todos que o lerem a atingir o conhecimento e consecução do objetivo de sua própria existência (a chamada Verdadeira Vontade, ou Thelema, em grego), o respeito ao indivíduo e a criação de uma sociedade baseada no Amor Universal, dirigida pelas Verdadeiras Vontades individuais, que são parte e estão afinadas com a Vontade do próprio Universo.
Graças a fama de Aleister Crowley como um "mago negro" ou satanista, deu-se também ao Livro a fama dele ser uma obra ligada a outras religiões, como o [[Satanismo]], ou ainda um livro de invocações demoníacas. O que é de se espantar, porque em nenhum momento do Livro da Lei é feita qualquer descrição de rituais de invocação a qualquer entidade "demoníaca", pactos, ou sequer menção ao diabo, Satã ou semelhante figura que represente uma ideia de maldade. O Livro não incita a violência, intolerância religiosa ou atitude criminosa. O que ele faz é convidar todos que o lerem a atingir o conhecimento e consecução do objetivo de sua própria existência (a chamada Verdadeira Vontade, ou Thelema, em grego), o respeito ao indivíduo e a criação de uma sociedade baseada no Amor Universal, dirigida pelas Verdadeiras Vontades individuais, que são parte e estão afinadas com a Vontade do próprio Universo.

Revisão das 11h37min de 4 de novembro de 2009


Liber AL vel Legis,
ou
O Livro da Lei  
Capa da edição comemorativa dos 100 anos do Liber AL vel Legis de Aleister Crowley (Weiser 2004 Centennial Edition)
Autor Aleister Crowley
País Egito
Idioma Inglês
Genre(s) Thelema, Filosofia, Religião, Misticismo, Ocultismo, Livros Sagrados
Data de publicação 1904
Media type Impresso
ISBN 1578633087
 Nota: Se procura O Livro da Lei maçônico, veja Livro da Lei.

O título completo deste livro é

Liber AL vel Legis

sub figura CCXX
O Livro da Lei

como entregue por XCIII=418 a DCLXVI

A religião conhecida como Thelema foi estabelecida com a escritura do Livro da Lei. Este foi escrito (ou recebido) por Aleister Crowley no Cairo, Egito, no ano de 1904. É formado por três capítulos, cada qual escrito no período de uma hora, começando ao meio-dia, dos dias 8, 9 e 10 de abril. Segundo Crowley, o autor foi uma entidade espiritual elevada denominada Aiwass, a qual posteriormente ele identificou como sendo seu próprio Sagrado Anjo Guardião. Os ensinamentos contidos nesse curto livro são claramente expressos na Lei de Thelema, sintetizada nestas duas frases:

  • "Faze o que tu queres será o todo da Lei" (AL I:40) e
  • "Amor é a lei, amor sob vontade" (AL I:57)

A interpretação deste livro é considerada uma questão estritamente individual. A colocação de idéias pessoais acerca do livro ou seu conteúdo é fortemente desencorajada para que não se criem dogmas ou interpretações oficiais sobre ele. Ainda que Crowley tenha expressado o desejo de ver a Lei de Thelema promulgada em todas as áreas da sociedade, o sucesso desta promulgação baseia-se mais no exemplo pessoal de cada thelemita, levando a que outras pessoas considerem aquela filosofia de vida como válida para si mesmas, assim adotando-a, do que pela evangelização ou tentativas de conversão. Como se diz no próprio Livro, "O sucesso é a tua prova: não argumentes, não convertas; não fales demasiado!" (AL III:42)

É também proibida qualquer alteração, redução ou inclusão de trechos no Liber AL vel Legis, devendo ser mantida intacta sua estrutura, texto e mesmo o estilo de escrita. Todas as edições devem, também, trazer incluso o fac-símile do manuscrito original e, se possível, as traduções devem ter presente também o texto original em inglês. Isso é feito para evitar versões do livro sagrado.

A Escritura do Livro da Lei

As Invocações

De acordo com Crowley, a história do Livro da Lei tem início em 16 de março de 1904, quando ele buscava "invocar os Silfos" por meios ritualísticos para entreter sua esposa, Rose Kelly. Ainda que ela não tenha conseguido ver nada, pareceu entrar em uma forma leve de transe e repetidamente começou a dizer "Eles estão esperando por você!". Posto que Rose não tinha o menor interesse em magia ou misticismo, Crowley não lhe deu muita atenção. Porém, em 18 de março, após invocar a divindade egípcia Thoth (o deus do conhecimento), ele a ouviu mencionar outra divindade egípcia, Hórus, dizendo que este o estava esperando. Crowley, ainda cético, fez a sua esposa várias perguntas sobre Hórus, as quais ela respondeu acertadamente, ainda que sem nenhum conhecimento ou estudo prévio sobre aquela mitologia. A prova final de que a mensagem era verdadeira foi a identificação da figura de Hórus em uma peça funerária egípcia hoje conhecida como a Estela da Revelação, então exposta no Museu Boulaq, com o número de identificação 666 (que para os Ocultismo está ligado não ao demônio, mas sim às divindades solares).

Em 20 de março Crowley invocou o deus Hórus, sendo bem sucedido na tarefa. De 23 de março a 8 de abril passou traduzindo os hieróglifos da Estela. Ainda, Rose revelou que seu "informante" não era Hórus por si, mas seu porta-voz, Aiwass. Finalmente, em 7 de abril, Rose deu a Crowley instruções sobre como proceder dali em diante. Por três dias ele entrou no "templo" no horário determinado e escreveu até as 13h.

A Escritura

Crowley escreveu o Livro da Lei nos dias 8, 9 e 10 de abril de 1904, entre o meio-dia e as 13h. Ele descreve que a "Voz de Aiwass" vinha por sobre seu ombro esquerdo, como se o orador estivesse parado em um dos cantos do quarto. A voz é descrita como sendo apaixonada, de timbre profundo e musical, sem qualquer sotaque reconhecível.

Ainda que ele não tenha olhado ao redor, Crowley teve a impressão de que Aiwass era feito de um corpo de "matéria fina" como um "véu de gaze". Posteriormente, após outras experiências de contato com essa entidade dita "preter-humana", ele o descreveu como "um homem alto e escuro, com certa de trinta anos, composto, ativo e forte, com o rosto de um rei selvagem, cujos olhos eram velados pois seu olhar poderia destruir o que estivesse olhando".

Crowley também deixou claro que a escritura não foi um ato de escrita automática ou psicografia e sim que ele apenas escrevia o que era ditado por uma voz real falando a ele. Isso é mostrado pelos vários erros de escrita no manuscrito original, corrigidos na hora por Crowley. Ele admitia que Awiass podia ser uma manifestação de seu subconsciente, mas mesmo assim considerava que a mensagem ditada estava além da experiência ou conhecimento humanos, sendo necessária uma inteligência de nível superior que apenas um deus poderia possuir.

Crítica

Graças a fama de Aleister Crowley como um "mago negro" ou satanista, deu-se também ao Livro a fama dele ser uma obra ligada a outras religiões, como o Satanismo, ou ainda um livro de invocações demoníacas. O que é de se espantar, porque em nenhum momento do Livro da Lei é feita qualquer descrição de rituais de invocação a qualquer entidade "demoníaca", pactos, ou sequer menção ao diabo, Satã ou semelhante figura que represente uma ideia de maldade. O Livro não incita a violência, intolerância religiosa ou atitude criminosa. O que ele faz é convidar todos que o lerem a atingir o conhecimento e consecução do objetivo de sua própria existência (a chamada Verdadeira Vontade, ou Thelema, em grego), o respeito ao indivíduo e a criação de uma sociedade baseada no Amor Universal, dirigida pelas Verdadeiras Vontades individuais, que são parte e estão afinadas com a Vontade do próprio Universo.

Veja Também

Links Externos

Comentários sobre o Livro da Lei (em Inglês)