Livraria da Travessa

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Livraria da Travessa
Razão social Livraria da Travessa Ltda
Slogan "Entre, leia e ouça."
Fundação RJ, Brasil, 1986
Sede Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Pessoas-chave
  • Rui Campos
  • Roberto Guedes
  • Nika Monteiro
  • Sandra Martins
  • Mônica Peçanha
  • José Landim
Empregados Aproximadamente 400
Produtos
Website oficial www.travessa.com.br

Livraria da Travessa é uma rede de livrarias fundada por Rui Campos e Roberto Guedes em 1986 no Rio de Janeiro.[1]

A rede é composta de doze lojas físicas e da loja virtual (www.travessa.com.br). Desde 2013, é a livraria oficial da FLIP, Festa Literária Internacional de Paraty.[2]

Na capital fluminense, ancora dois dos principais shoppings (BarraShopping e Shopping Leblon), estando também presente nas calçadas de bairros vitais desta cidade: Ipanema, Leblon, Botafogo e Centro.[3] Em São Paulo, além da presença no IMS na Avenida Paulista[4] e na Rua dos Pinheiros, no bairro de mesmo nome, a Travessa também ancora os shoppings Villa-Lobos, Iguatemi Faria Lima e Alphaville, e o Ribeirão Shopping em Ribeirão Preto. Em 2019, a empresa abriu sua primeira filial fora do país, em Lisboa, Portugal. A cidade de Niterói, RJ, recebeu sua primeira Livraria da Travessa em dezembro de 2020, no bairro de Icaraí. Em 2021, a Travessa passou também a ancorar o Shopping CasaPark em Brasília, capital federal.

Sua vendagem é de dois milhões de produtos por ano, entre livros, CD´s, DVD´s e e-books.

Em seus espaços e auditórios, são realizados em torno de 800 eventos por ano, como noites de autógrafos, debates e palestras, e 16 clubes de leitura ministrados por seus livreiros por mês.[5][6][7]

História[editar | editar código-fonte]

A Travessa iniciou seu percurso em 1975 numa pequena livraria instalada no subsolo de uma galeria em Ipanema, a posteriormente lendária Livraria Muro - que se destacou como lugar de resistência à ditadura, onde eram acolhidas performances dos poetas da chamada poesia marginal. Era o início de uma trajetória de empreendedorismo e resistência no negócio do livro.[8][9]

Em 1986, algum tempo após a inauguração da Dazibao do Centro, na Travessa do Ouvidor, esta viria a se tornar a primeira loja com o nome Livraria da Travessa, passando a distribuir títulos importados para outras livrarias e especializando-se no mercado de livros estrangeiros e de livros de arte.[10]

Esta iniciativa acendeu a vocação cosmopolita e o processo de expansão da empresa, fazendo-a transpor as fronteiras da pequena Travessa do Ouvidor para o Centro Cultural Banco do Brasil (1995), na Rua Primeiro de Março, também no Centro da cidade, e para o bairro de Ipanema (1996) — ocasião em que se deu também a união com os arquitetos Bel Lobo e Bob Neri,[11][12] autores dos emblemáticos e acolhedores projetos arquitetônicos das filiais da empresa — que incorporaram o preto como cor das estantes para fazer saltar as cores das capas e das lombadas dos livros, o piso de ladrilho hidráulico xadrez verde e branco e restaurantes a algumas lojas da rede de forma arrojada inédita no Brasil, como o Zazá Bistrô (filiais do Leblon e de Ipanema), o Verso Café e Restaurante (Botafogo) e o Lilia Café (Niterói).

A partir de então, a expansão da empresa vem se dando de forma sólida e gradual para outros bairros do Rio e para outras cidades, com lojas também maiores: nova loja de Ipanema (2002), Shopping Leblon (2006), BarraShopping (2008), Rua Sete de Setembro (2009), Botafogo e Ribeirão Shopping (2014), Instituto Moreira Salles (2017) e Rua dos Pinheiros (2019), em São Paulo, Niterói (2020), Shopping CasaPark Brasília (2021), Iguatemi São Paulo (2022), Iguatemi Alphaville (2023) e Shopping Villa-Lobos, em São Paulo (2023), e a nova loja do Centro do Rio, na Avenida Graça Aranha (2023), para onde a filial Sete de Setembro foi transferida. Além da abertura, no ano de 2019, da primeira loja fora do Brasil, em Lisboa, Portugal. A loja virtual foi inaugurada em 2007 e, em 2009, já conquistaria o selo Loja Diamante, conferido pelo Ebit.[13]

Em seus espaços e eventos, de convergência e diversidade, busca-se preservar sempre a liberdade de expressão e o respeito às diferenças, um refúgio para moradores e visitantes das cidades.[14][15][16][17]

Filiais[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Projeto de Resolução Nº 322/2011. Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro
  2. Tato Coutinho (3 de dezembro de 2017). «Qual o Futuro do Mercado Literário». Época Negócios 
  3. O dono da ‘livraria da novela. Observatório da Imprensa
  4. A primeira Livraria da Travessa de SP. Publishnews, 22 de setembro de 2017
  5. Ana Branco (31 de julho de 2017). «Encontros O Globo Promovem Mesas Gratuitas com Autores da FLIP no Leblon». O Globo 
  6. «Museu do Amanhã Programação de Férias». G1 Rio. 11 de julho de 2017 
  7. «Prestigiado por mais de 200 pessoas». O Globo. 19 de dezembro de 2017 
  8. Entrevista com Rui Campos. Heloisa Buarque de Holanda
  9. MARANHÃO, Thaís Lessa. Livrarias como espaço público: um estudo de caso das livrarias Saraiva, Cultura e Travessa. Monografia (Bacharelado em Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2017. Página 16
  10. Livraria da Travessa: Onde a cultura se instala. Guia Cultural do Centro Histórico do Rio de Janeiro. Editora Cidade Viva, 2015. Página 46
  11. Adilson Melendez (4 de outubro de 2007). «Bel Lobo:Livraria da Travessa, Rio de Janeiro». Editora ArcoWeb Revista Projeto Design 
  12. Simone Raitzik (21 de dezembro de 2016). «Casal de Arquitetos Bel Lobo e Bob Neri». Casa Cláudia 
  13. «E Bit Premia As Melhores do Comércio Eletrônico». Publish News. 26 de junho de 2013 
  14. «Talk show discute recentes polêmicas relacionadas à liberdade de expressão». CBN. 2 de dezembro de 2017 
  15. Raphael Montes (5 de setembro de 2016). «Livrarias Para Quê». globo.com 
  16. Leo Martins (2 de agosto de 2017). «Debate Vira Reflexão Sobre Ser Negro No Brasil». O Globo 
  17. «O Fim do Fim do Livro». Publish news. 19 de julho de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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