Luz Henriques
Luz Henriques | |
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Nascimento | 28 de setembro de 1958 Câmara de Lobos |
Cidadania | Portugal |
Ocupação | ceramista, pintora, artista visual |
Maria da Luz Soares Henriques (Câmara de Lobos, 1958), de nome artístico Luz Henriques, é uma artista plástica portuguesa, nas áreas da tapeçaria tridimensional contemporânea, cerâmica, azulejaria e pintura s/tela.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filha de Fernando Soares Henriques e Maria Cisaltina de Souza. Depois de fazer o ensino primário em Câmara de Lobos, ingressou, em 1972, na Escola Industrial e Comercial do Funchal, no curso de Artes Visuais e Aplicadas. Neste período, frequentou um laboratório de fotografia, situado no edifício da Torre da mesma escola. Desenvolveu a apetência pelo experimentalismo dos materiais e técnicas, tendo como mestres a escultora Manuela Aranha, o professor Marques da Silva e a professora e artista Élia Pimenta. Iniciou a atividade letiva em 1976, na Escola Gil Eanes, em Câmara de Lobos, como docente de Trabalhos Manuais. Iniciou quatro anos depois o estágio de "Profissionalização em Exercício", na disciplina de Educação Visual e Tecnológica, na Escola Preparatória da Achada, no Funchal.[1]
Em 1982, nasceu o primeiro filho, Sandro Lúcio Henriques de Freitas. Concluiu, em 1985, o Curso de Complemento de Formação, desenvolvendo a área da cerâmica, inserida na temática específica dos óxidos, vidrados e suas composições químicas, essencial para o trabalho pelo qual viria a enveredar para as exposições de pintura sobre azulejo. Em 1986, transferiu-se para a Escola Preparatória da Calheta. Conhece o futuro marido, do qual tem o segundo filho, João Henriques Cortes Fernandes, mas acaba por se divorciar passados quatro anos. Em 2006, muda-se para Lisboa, tendo a oportunidade de estreitar contactos com outros artistas e de apresentar o seu trabalho em diferentes espaços de exposição.
Carreira
[editar | editar código-fonte]Luz Henriques iniciou a sua carreira no Funchal, em 1993, com a exposição, intitulada "Arte do Nó", de peças de tapeçaria de vanguarda. Na primeira década do seu trabalho, dedicou-se, igualmente, à assemblage e à pintura cerâmica. Até 2003, a sua obra foi apresentada ao público em diversas exposições individuais e participações em certames coletivos, tendo representado a Madeira na Rathaus de Viena de Áustria (2003). De 2004 a 2008, realizou exposições individuais em Génova (Itália), no Parndorf Burgenland Dorfhalle, em Viena, participando em exposições internacionais, na International Art Biennale Malta (Malta), Artexpo New York (EUA), Puro-Arte - Vigo (Espanha). Toma parte, igualmente, em coletivas, como na Belgischen Rundfunkund Fernsehzen-trums, na Mostra Unite Nelle Arte - Galleria Bracolo (Itália), na Galeria da Casa de São Paulo (Brasil).[1]
Na mesma época, expõe, individual e coletivamente, nas Ilhas da Madeira e Porto Santo, e em diversas cidades de Portugal Continental (como Sintra, Malveira, Estoril, Alcabideche, Vila Nova de Famalicão e Albufeira). Em Lisboa, participou em diversas coletivas, salientando-se a FirstGallery, a Galeria Actual, St. Julian e Groupama-Arte. Realizou também uma mostra individual, intitulada "Lapis Lazzuli", na FirstGallery.
Em 2009, faz a mostra individual “Sinergias do Corpo e da Alma”, na Casa da Cultura da Sertã, e toma parte na coletiva "Madeira Malta Artes Plásticas Lusófonas", no Centro das Artes Casa das Mudas da Madeira. Entre 2010 e 2015, fez diversas exposições individuais e coletivas, destacando-se a Coletiva Nacional Itinerante por todo o País “70 Cavaquinhos 70 Artistas “ e a Exposição Individual “Vozes do Mar“, na Casa da Cultura de Câmara de Lobos. Em dezembro de 2016, apresentou a mostra intitulada "Fénix", na Casa da Cultura de Câmara de Lobos, composta por 14 painéis cerâmicos e 4 esculturas de madeira com embutidos em cerâmica. Em 2017, expôs a Individual “Etéreo” Génova – Itália e fez parte da exposição coletiva de Arte Contemporânea “Persona”, no Teatro Municipal Baltazar Dias.[2]
De 15 de Março a 30 de Maio de 2018, na sala de exposições temporárias do Museu Henrique e Francisco Franco, apresenta a exposição Quintessência II, composta por 12 trabalhos em cerâmica de médio formato, integrada na programação da Direcção Geral do Património Cultural, no âmbito do Ano Europeu do Património Cultural 2018.[3]
Encontra-se representada em muitas colecções particulares, nacionais e internacionais e a sua obra é referenciada em vários livros de Arte Portuguesa Contemporânea. Foi distinguida com alguns prémios de mérito na categoria das artes plásticas a nível nacional e internacional, destacando-se o prémio com certificado de distinção na categoria de pintura na Bienal Internacional de Malta, na qual participaram 105 países,[4] e a Medalha Municipal de Mérito Grau Prata, atribuída pelo Município de Câmara de Lobos.
Referências
- ↑ a b Ferreira, José-Luís (2009). Sinergias do Corpo e da Alma. Cernache de Bonjardim: Oro Faber, Galeria Chancela Real. pp. 5–37
- ↑ «Luz Henriques». Zarco Academy of Arts - International (em inglês). Consultado em 10 de março de 2018
- ↑ «Museu Henrique e Francisco Franco acolhe exposição de Luz Henriques». www.dnoticias.pt
- ↑ «Luz Henriques expõe 'Fénix' na Casa da Cultura de Câmara de Lobos». www.dnoticias.pt