Línguas nadahup
Línguas nadahup | |
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Macu oriental | |
Distribuição geográfica |
Amazonas Brasil Vaupés Colômbia |
Classificação linguística | Macu
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Subdivisões | |
As línguas nadahup ou macu-orientais são uma subdivisão da família macu. Nadahup é um acrónimo das línguas constituintes, que se falam no noroeste do Brasil e suleste da Colômbia.
Línguas
[editar | editar código-fonte]Jorge Pozzobon e Martin Valtiers encontraram que as porcentagens de possíveis cognatos entre as línguas macu orientais são notoriamente maiores que os registrados entre qualquer delas e as outras línguas macu.[1][2]
Patience Epps probou a existencia de um microfilo lingüístico Nadahup, que consta das línguas hupda, yuhup, dâw e nadëb. Esta última seria a língua que se apartou primeiro das outras três, em quanto hupda e yuhup registram 90% de cognatos. As relações entre estas línguas se podem representar assim:[3][4]
Nadahup |
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Relações com outras línguas
[editar | editar código-fonte]Paul Rivet e outros pesquisadores propuseram na década de 1920 de que haveria relações entre as línguas macu e a língua puinave do leste da Colômbia, formulando a hipótese da família linguística Puinave-Macu.[5][6]
Epps e Bolaños acham que até agora não há nenhuma relação genética comprovada das línguas Nadahup com outras nem em particular com as demais línguas macu,[4] Valter e Silvia Martins têm afirmado que a família macu está integrada além das línguas Nadahup pelo grupo Nükak-Kãkwã.[7][8] Marcelo Jolkesky também inclui a língua puinave na sua classificação:[9]
- Puinave-Nadahup
- Nadahup
- Nadëb
- Nadëb do Rio Negro (Kuyawi)
- Nadëb do Roçado
- Hup-Dâw
- Dâw
- Hup
- Hupda
- Yuhup
- Nadëb
- Puinave-Kak
- Puinave (Wãnsöhöt)
- Kak
- Kaká
- Nukak
Marie Claude Mattéi Muller, Howard Reid e Paul Henley apresentaram em 1992 evidências segundo as quais a família macu incluiria também a língua hodi do sul da Venezuela.[10]
Joseph Greenberg (1987) agrupou as línguas Puinave-Macu, junto com a família tucano, a ticuna e mais línguas em um tronco Macro-Tucano,[11] mas a maioria dos experts não aceitam essa proposta. Porem, dâw e hupda, especialmente hupda, mostram várias evidências da influência das línguas tucano.[12]
Referências
- ↑ Pozzobon, Jorge A.H. (1991). Parenté et demographie chez les Indiens Makú" (Thêse de Doctorat). Université Paris VII. p. 242-243
- ↑ Martins, Valtier (2005). Reconstrução Fonológica do Protomaku Oriental. Utrecht: LOT. p. 330. ISBN 90-76864-71-3
- ↑ Epps, Patience (2008). A Grammar of Hup. Berlin: Mouton de Gruyter. pp. 3–9. ISBN 978-3-11-019588-0
- ↑ a b Epps, Patience; Katherine Bolaños (2017). «Reconsidering the "Makú" Language Family of Northwest Amazonia». International Journal of American Linguistics. 83 (3). Chicago. pp. 467–507. doi:10.1086/691586
- ↑ Rivet, Paul y Constant Tastevin 1920: "Affinités du Makú et du Puinave"; Journal de la Société des Américanistes de París, n.s. t XII: 69-82. París.
- ↑ Rivet, Paul; P. P. Kok y C. Tastevin (1925) "Nouvele contributión a l'étude de la langue Makú; International Journal of American Linguistics 3(24) p.p. 129-132. New York.}}
- ↑ Martins, Silvana; Valteir Martins (1999). «Makú"». In: R. M. W. Dixon and Alexandra Aikhenvald. The Amazonian Languages. [S.l.]: Cambridge University Press. pp. 251–268. ISBN 0-521-57021-2
- ↑ Martins, Valteir (2005). Reconstrução fonológica do Protomaku oriental". Utrecht: LOT Dissertation Series, 104
- ↑ Jolkesky, Marcelo Pinho De Valhery (2016). Estudo arqueo-ecolinguístico das terras tropicais sul-americanas (Ph.D. tese). Universidade de Brasília
- ↑ Henley, Paul; Marie-Claude Mattéi-Müller y Howard Reid (1996) "Cultural and linguistic affinities of the foraging people of North Amazonia: a new perspective"; Antropológica 83: 3-37. Caracas.
- ↑ Greenberg, Joseph H. 1956: "The general classification of Central and South American languages"; Anthony F. Wallace ed. Men and cultures. Selected papers of the 5th International Congress of Anthropological and Ethnological Sciences: 791-794. University of Pennsylvania Press, Philadelphia, 1960.
- ↑ Heine, Bernd (2010). «On metatypy: what is possible in language contact?». Estudos Linguísticos. 5. Universidade Nova de Lisboa. pp. 17–34 (24–28). ISSN 1647-0346