Manicongo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
João I do Congo, nome adoptado por Anzinga a Ancua, primeiro manicongo a converter-se ao cristianismo c.1509, gravura de Pierre Duflos (1742-1816)

Manicongo ou Mwenekongo era o título dos governantes congos do Reino do Congo, um reino que existiu na África, entre o Século XIV e o Século XIX.

Detalhes[editar | editar código-fonte]

O termo "Manicongo" é uma corruptela da palavra em quicongo, "Mwene Kongo" (literalmente "senhor do Congo"). O termo "wene" refere-se tanto ao reino como um todo, quanto a cada uma das unidades territoriais que o integravam.[1] Os senhores dessas wene eram chamados de "Mwene", sendo que o Manicongo era o Mwene mais poderoso do reino, reconhecido como líder ("ntinu") pelos portugueses, desde sua chegada, em 1483.

O Manicongo residia na cidade-capital do reino, Mabanza Congo, que passou a chamar-se São Salvador desde a conversão dos congos ao cristianismo católico. O manicongo nomeava os governadores das províncias e recolhia os impostos que estipulava. O Reino do Congo existia na região do baixo Congo, num território hoje pertencente a Angola e à República Democrática do Congo, e teve desde o século XV contactos intensos com os Portugueses, que chegaram a converter boa parte da população à religião católica.

Referências

  1. Segundo textos de missionários portugueses de 1624

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Thornton, John. The Origins and Early History of the Kingdom of Kongo, c. 1350-1550. in International Journal of African Historical Studies, Vol. 34, No. 1, 2001
  • SOUZA, Marina de Mello e,. Reis negros no Brasil escravista: história da festa de coroação de Rei Congo. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2002. 387 p. ; 23 cm (Humanitas ; 71) ISBN 85-7041-274-6.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]