Manuel Sieuve Zagalo Nogueira

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Manuel Sieuve Zagalo Nogueira
Nascimento 13 de julho de 1843
Angra do Heroísmo
Morte 29 de março de 1917
Leiria
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação médico

Manuel Sieuve de Meneses Zagalo Nogueira (Angra do Heroísmo, 13 de Julho de 1843Leiria, 29 de março de 1917), bacharel em Medicina e Cirurgia Geral formado pela Universidade de Coimbra, foi médico militar, terminando a sua carreira como tenente-coronel médico do Exército Português, diretor do Hospital Militar de Leiria. Também teve atividade política, exercendo diversos cargos eletivos.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi filho de Rodrigo Zagalo Nogueira, médico e importante dirigente do Partido Progressista no Distrito de Angra do Heroísmo, e de sua esposa, Maria Augusta Sieuve de Séguier Camelo Borges, ligada à familia dos condes de Sieuve de Meneses. Depois de frequentar o ensino secundário na sua cidade natal, matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde concluiu o curso em 1868.[2]

Iniciou a sua atividade profissional como facultativo em Angra do Heroísmo, onde colaborou na atividade política que seu pai mantinha. Concorreu e obteve o lugar de médico municipal em Caminha, onde exerceu clínica.

Transferiu-se para Lisboa, onde foi admitido como cirurgião militar. Nessas funções, foi médico da expedição que no contexto das campanhas de pacificação e ocupação foi enviada para a África Oriental Portuguesa, tendo aí participado, em 1896, na campanha contra os namarrais. O seu desempenho nessa comissão de serviço no ultramar valeu-lhe várias condecorações.[2]

De regresso a Portugal, no posto de tenente-coronel médico, foi nomeado diretor do Hospital Militar de Leiria, cargo que detinha quando se reformou em 17 de julho de 1907. Durante o período em que dirigiu aquele hospital militar introduziu grandes melhoramentos, procedendo a uma reforma completa da instituição, em parte à sua custa.

Era oficial da Ordem de Avis, oficial da Ordem de Santiago e oficial da Ordem da Torre e Espada. Em resultado da sua comissão de serviço em Moçambique na luta contra os namarrais recebeu a Medalha de Prata Comemorativa da expedição contra os namarrais (1896) e a medalha de prta de serviços no ultramar. Também recebeu a da rainha D. Amélia.[2]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Alfredo Luís Campos, Memória da Visita Régia à Ilha Terceira. Imprensa Municipal, Angra do Heroísmo, 1903.
  2. a b c Antonio Ornelas Mendes & Jorge Forjaz, Genealogias da Ilha Terceira, vol. VI, p. 460.