Manuel de Azevedo da Cunha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Manuel de Azevedo da Cunha
Nascimento 1 de janeiro de 1861
Calheta
Morte 13 de agosto de 1937 (76 anos)
Calheta
Cidadania Portugal, Reino de Portugal
Alma mater
Ocupação jornalista, historiador

Manuel de Azevedo da Cunha (Calheta, ilha de São Jorge, 1 de Janeiro de 1861Calheta, ilha de São Jorge, 13 de Agosto de 1937) foi um sacerdote católico, historiador, professor e jornalista, a quem a vila da Calheta, em São Jorge, deve a criação de alguns dos seus jornais mais relevantes.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Era filho de Manuel de Azevedo da Cunha, também natural da Calheta de São Jorge, e de Rosa Mariana da Trindade, natural da Piedade, ilha do Pico.

Fez os seus estudos no Seminário Episcopal de Angra e foi ordenado padre no dia 19 de Maio de 1883. Logo após a sua ordenação foi colocado na ilha de São Jorge onde iniciou a sua actividade pastoral no concelho da Calheta, como cura do lugar dos Biscoitos (Calheta).

O padre Manuel de Azevedo da Cunha, no ano de 1884 deu início à sua actividade como professor primário complementar na Escola Complementar da Calheta, cargo que ocupou até à extinção daquele estabelecimento em 1896. Durante esse período de tempo acumulou as funções de professor com as de pároco.

Foi transferido para beneficiado da Igreja de Santa Catarina, a igreja matriz da vila da Calheta.

Além das actividades inerentes à sua actividade de sacerdote dedicou grande parte da sua vida à investigação da história da ilha de São Jorge. Os seus trabalhos começaram a ser publicados em 1896.

Também se dedicou ao jornalismo, tendo colaborado em vários jornais de Angra do Heroísmo e da ilha de são Jorge. Entre eles destaca-se o Insulano, publicação semanal editada na vila do Topo, ilha de São Jorge, no qual, sob a epígrafe Papéis Velhos, publicou importantes documentos e notas para a história da ilha de São Jorge.

Parte importante das suas publicações foram incluídas no volume XIII do Arquivo dos Açores, publicado em 1920.

Em 1924 iniciou a publicação de um conjunto de Notas Históricas, em fascículos, publicação que foi interrompida com a publicação do 31.º fascículo. Em 1981, a Universidade dos Açores fez publicar, na sua versão integral as Notas Históricas de Manuel de Azevedo da Cunha, em dois volumes, com recolha, introdução e notas de Artur Teodoro de Matos. A edição foi subsidiada pela Direcção Regional dos Assuntos Culturais da Secretaria Regional da Educação e Cultura do Governo dos Açores.

O padre Manuel de Azevedo da Cunha faleceu na sua casa da Calheta, no dia 13 de Agosto de 1937.

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Alfredo Luís Campos, Memória da Visita Régia à Ilha Terceira, Imprensa Municipal, Angra do Heroísmo, 1903.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]