María Asúnsolo
María Asúnsolo | |
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Nascimento | María Luisa Asúnsolo Morand 1904 St. Louis |
Morte | 25 de fevereiro de 1999 Cuernavaca |
Cidadania | Estados Unidos |
Ocupação | promotora de eventos, galerista, modelo |
María Asúnsolo (Saint Louis (Missouri), 1904 - Cuernavaca, 25 de fevereiro de 1999), foi uma promotora de eventos, mecenas e galerista estadunidense-mexicana, bastante conhecida no meio cultural do México durante o século XX. Foi modelo para muitos artistas, e acredita-se que tenha sido a mulher mais retratada por pintores e fotógrafos de sua época.[1] Foi, ainda, "ativista antifascista e promotora de campanhas antirracistas".[2]
Biografia[editar | editar código-fonte]
María Luisa Asúnsolo Morand era a primogênita do general Manuel Dolores Asúnsolo Jaques e Marie Morand Pitre, que se conheceram nos Estados Unidos quando o primeiro fora para lá enviado a fim de estudar numa escola militar e onde esgotara os recursos que tinha (salvo uma mina de prata no estado natal de Guerrero, considerada improdutiva por conta da altitude).[3] Seu pai foi um engenheiro de minas e militar que, quando teve início a Revolução Mexicana, se uniu às forças de Emiliano Zapata e foi assassinado em 1911,[4] de modo que tornou-se órfã bem nova. Sua mãe era oriunda de Ontário, no Canadá. Era sobrinha do escultor Ignacio Asúnsolo e prima-irmã de Dolores Asúnsolo López Negrete, mais conhecida como Dolores del Río.[5] Ela, entretanto, dizia ter nascido em Chilpancingo,[1] e nunca revelava sua idade.[2]
Em 1925 casou-se com o empresário de ascendência alemã Agustín Diener Struck, dono da joalheria La Perla, com quem teve seu único filho, Agustín Manuel, de quem se divorciou. Ela então conheceu o muralista David Alfaro Siqueiros e tiveram um relacionamento;[5] ao descobrir o novo romance da ex-mulher, Struck obteve a guarda do filho e o levou para a Alemanha.[2] Teve depois um breve casamento com o empresário estadunidense Dan Breen, e posteriormente um relacionamento com Mario Colín Sánchez, escritor e político mexicano.[5]
Asúnsolo foi uma das pessoas que integraram a comissão encarregada por Pablo Neruda para a publicação de sua obra de 1950, Canto general.[6]
Em 1987 doou todos seus quadros ao Museu Nacional de Arte, e mudou-se para Cuernavaca onde continuou a receber os amigos e acompanhava com interesse os "novos zapatistas", tendo então declarado a Rosi, sua enfermeira: “Como está Marcos? Por favor, diga a ele que quando ele passar por Cuernavaca, ele terá um lar comigo. Receberemos os zapatistas com arroz, frango e molho. Você acha que haverá espaço para eles?"[nota 1][2]
O cineasta independente Jaime Kuri Aiza dirigiu o documentário María Asúnsolo: la musa de los espejos, retratando-a dois anos antes de sua morte.[1] Como registrou-se num estudo sobre o general Asúnsolo, ela "converteu-se com o passar do tempo numa das mulheres mais belas do México (...) pintada por personagens como Diego Rivera, Siqueiros e musa de muitos escritores e poetas mexicanos. [nota 2][3]
Notas e referências
Notas
- ↑ Livre tradução de "How is Marcos? Please tell him that when he comes through Cuernavaca, he has a home with me. We will welcome the Zapatistas with rice, chicken and mole sauce. Do you think there'll be room for them?"
- ↑ Livre tradução de: "...se convirtió con el paso del tiempo en una de las mujeres más bellas de México: María Asúnsolo, pintada por personajes como Diego Rivera, Siqueiros y musa de muchos escritores y poetas mexicanos."
Referências
- ↑ a b c Macmasters, Merry. «Buscan que Asúnsolo sea reconocida como mujer fundamental en la historia del país». La Jornada. Consultado em 23 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 9 de julho de 2018
- ↑ a b c d M C Hernández (2018). «María Asúnsolo. Patron of the Arts (1916-1999)» (PDF) (em inglês). Revistas MiCISAN. Consultado em 23 de dezembro de 2023. Cópia arquivada (PDF) em 23 de dezembro de 2023
- ↑ a b Pedro Siller Vázquez (2018). «El zapatista Manuel Asúnsolo» (em espanhol). Universidad Autónoma de Ciudad Juárez. Consultado em 23 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 23 de dezembro de 2023
- ↑ González-Polo, Ignacio (1994). «Presencia y muerte del caballeroso general Manuel D. Asúnsolo (1881- 1911)». Revista de la Universidad Nacional Autónoma de México (527): 4-6
- ↑ a b c Bradu, Fabienne (1994). Damas de corazón. México: FCE. p. 78. ISBN 968-16-4508-1
- ↑ Raquel Gutierrez (28 de março de 2017). «La primera edición de Canto general de Pablo Neruda, patrimonio documental de la humanidad — AMABPAC» (em espanhol). Asociación Mexicana de Archivos y Bibliotecas Privados, A.C. Consultado em 23 de dezembro de 2023. Cópia arquivada em 22 de outubro de 2017