Marco Aurélio Nogueira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Marco Aurélio Nogueira (São Paulo, 1949) é um cientista social brasileiro, doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo e professor de teoria política na Universidade Estadual Paulista.

Carreira[editar | editar código-fonte]

Marco Aurélio Nogueira é graduado em ciências políticas e sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo (1972), doutor em ciência política pela Universidade de São Paulo (1983), pós-doutor pela Universidade de Roma (1985) e livre-docente (1997) pela Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campus de Araraquara.

Em 2007, tornou-se Professor Titular de Teoria Política da UNESP. Aposentou-se em 2019. De 1987 a 1991, foi diretor de publicações da Fundação para o Desenvolvimento da UNESP – Fundunesp, cargo a partir do qual organizou e dirigiu a Editora UNESP. Participou em 2011 da criação do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais – IPPRI, da UNESP, onde atua como professor do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais "San Tiago Dantas" (UNESP, Unicamp e PUCSP). Foi Diretor do IPPRI entre 2011 e 2015, onde também atuou como coordenador científico do Núcleo de Estudos e Análises Internacionais – NEAI.

Sob a coordenação de Carlos Nelson Coutinho e Luiz Sérgio Henrique, colaborou na tradução (1999 a 2002) para o português da integralidade dos Cadernos do Cárcere, obra do pensador marxista italiano Antonio Gramsci.[1] Traduziu também diversos livros de Norberto Bobbio, entre os quais: O futuro da democracia, Estado, governo, sociedade, Liberalismo e democracia, Ensaios sobre Gramsci e o conceito de sociedade civil, Os intelectuais e o poder, Elogio da serenidade e Nem com Marx nem contra Marx. É autor de artigos e ensaios sobre temas de teoria política, sociologia da modernidade e gestão pública. Juntamente com Geraldo Di Giovanni, organizou e editou o Dicionário de Políticas Públicas (Fundap/Editora UNESP, 2ª ed., 2015).

Marco Aurélio Nogueira integrou Comissões Editoriais de diversos periódicos acadêmicos, como é o caso da Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS) (entre 2009 e 2010),[2] Atualmente, participa dos Conselhos Editoriais da revista italiana Crítica Marxista, e das revistas Perspectivas, Sinais Sociais e Política Democrática.

Foi colaborador dos semanários Opinião (1974-1976) e Movimento (1976-1977), co-editor das revistas Temas de Ciências Humanas (1977-1981) e Presença (1983-1985), além de editor-chefe do jornal Voz da Unidade (1982). Escreveu no Jornal da Tarde e é colunista de O Estado de S. Paulo.

Principais obras[editar | editar código-fonte]

  • DI GIOVANNI, Geraldo; NOGUEIRA, Marco Aurélio (Org.). Dicionário de Políticas Públicas. 2ª ed. São Paulo: Editora Unesp/Fundap, 2015. v. 1, 1065 p. [1ª ed. São Paulo: Fundap/Imprensa Oficial, 2013]
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. As ruas e a democracia. Ensaios sobre o Brasil contemporâneo. Rio de Janeiro: Contraponto; Brasilia: FAP, 2013. v. 1. 227 p.
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. O encontro de Joaquim Nabuco com a política. As desventuras do liberalismo. São Paulo, Paz e Terra, 2010. v. 1. 333 p.
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. Potência, limites e seduções do poder. São Paulo: Editora Unesp, 2008. v. 1. 140 p.
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. Um Estado para a sociedade civil. Temas éticos e políticos da gestão democrática. 3ª ed. São Paulo: Cortez Editora, 2015. v. 1. 263 p. [1ª ed. 2004; 2ª ed. 2011]
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. Em defesa da política. 2ª. ed. São Paulo: Editora Senac, 2005. v. 1. 154 p. [1ª ed. 2001]
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. As possibilidades da política. Idéias para a reforma democrática do Estado. 1ª. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998. v. 1. 305 p.
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio; COUTINHO, C. N. (Org.). Gramsci e a América Latina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1988. v. 1. 160 p.
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. Joaquim Nabuco: Um aristocrata entre os escravos. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987. 85 p.
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio. As desventuras do liberalismo. Joaquim Nabuco, a Monarquia e a República. 1ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. v. 1. 227 p.
  • NOGUEIRA, Marco Aurélio (Org.). PCB: Vinte Anos de Política. Documentos (1958-1979). São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1981. v. 1. 353 p.

Referências

  1. Ivete Simionatto (2002). «Cadernos de um revolucionário». Revista Brasileira de Ciências Sociais, em Scielo Brasil. Consultado em 22 de dezembro de 2012 
  2. «Comitês e Comissões». ANPOCS. Consultado em 13 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 13 de janeiro de 2016  Esta referência menciona a participação de Marco Aurélio Nogueira na Comissão Editorial da RBCS apenas na gestão 2009-2010.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


Ícone de esboço Este artigo sobre sociologia ou um(a) sociólogo(a) é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.