Marquês de Gouveia
Marquês de Gouveia | |
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Primeira Criação | |
Criação | D. Filipe III
12 de Setembro de 1582 |
Ordem | Grande do Reino |
Tipo | Honras de Parente Mordomo-Mor juro e herdade |
1º Titular | D. Manrique da Silva, Mordomo-Mor e 6º conde de Portalegre |
Linhagem | Silva |
Actual Titular | extinto (1759) |
Segunda Criação | |
Criação | D. Carlos I
15 de Novembro de 1900 |
Ordem | Grande do Reino |
Tipo | em vida |
1º Titular | D. Afonso Freire Pimentel, 1º conde de Gouveia |
Linhagem | Pimentel |
Actual Titular | D. Jorge de Serpa Pimentel, 3º marquês de Gouveia |
Marquês de Gouveia é um título nobiliárquico português que teve duas criações. A mais importante e mais antiga das Casas deste título foi a dos Silva que assinavam e eram designados como Marqueses-Mordomos-Mores, com Honras de Parente com tratamento de sobrinhos d´el-Rei. O título foi declarado extinto em 1759, durante o Processo dos Távoras. Veio a ser recriado já no século XX quando D. Afonso Freire Pimentel, 1º conde de Gouveia, foi elevado a Marquês de Gouveia.
Primeira Criação
[editar | editar código-fonte]O primeiro Marquesado de Gouveia foi criado, de juro e herdade e com Honras de Parente, em 20 de Janeiro de 1625 pelo rei D. Filipe III de Portugal, IV de Espanha, a favor de D. Manrique da Silva, 6º conde de Portalegre, que nasceu 2º filho varão da 4ª condessa de Portalegre, D. Filipa da Silva, e do conde D. João da Silva seu marido, o qual sucedera na casa materna a seu irmão o 5º conde de Portalegre.
Esta casa foi extinta por D. José I, rei de Portugal, na sequência do Processo dos Távoras.
Titulares
[editar | editar código-fonte]- D. Manrique da Silva, 1º marquês de Gouveia (c. 1585-?), 6º conde de Portalegre. Gentil-homem da Câmara do rei D. Filipe III, com exercício, e mordomo-mor da Casa Real de Portugal... Dom Manrique da Silva serviu já de mordomo-mor na cerimónia da aclamação de D. João IV no Terreiro do Paço, em 15 de Dezembro de 1640, sendo do Conselho de Estado, e seu mordomo-mor.
- D. João da Silva, 2º marquês de Gouveia (c. 1625-1686), 7º conde de Portalegre; filho do 3º casamento do predecessor.
- D. Martinho Mascarenhas, 3º marquês de Gouveia (1681-1723), 6º conde de Santa Cruz; casado com D. Inácia Rosa de Távora; primo do predecessor em virtude deste não ter deixado descendência. Recebeu para a sua casa o título de sobrinhos del-Rei.
- D. João Mascarenhas, 4º marquês de Gouveia (1699-?), 7º conde de Santa Cruz
- D. José Mascarenhas da Silva de Lancastre, 8º duque de Aveiro (1708-1759), sucedeu na casa de Aveiro após prolongado litígio judicial. Foi ainda 5º marquês de Gouveia e 8º conde de Santa Cruz; irmão do predecessor em virtude deste não ter deixado descendência; morreu executado na sequência do processo dos Távoras.
- D. Martinho Mascarenhas, 6º marquês de Gouveia (1740-?); primogénito e herdeiro do 8º duque de Aveiro, conhecido como "o marquesinho", sobreviveu ao processo dos Távoras.
A representação da Casa de Gouveia encontra-se na do Marquês de Lavradio, que sucedeu em vários dos seus bens vinculados.
Segunda Criação
[editar | editar código-fonte]Marquês de Gouveia | |
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Criação | D. Carlos I 15 de Novembro de 1900 |
Tipo | Vitalício – 1 vida |
1.º Titular | Afonso de Serpa Leitão Freire Pimentel |
Linhagem | de Serpa Freire Pimentel (de Serpa Pimentel) |
Actual Titular | Jorge de Paiva Brandão de Serpa Pimentel |
Marquês de Gouveia é um título nobiliárquico criado por D. Carlos I de Portugal, por Decreto de 15 de Novembro de 1900, em favor de Afonso de Serpa Leitão Freire Pimentel, antes 1.º Conde de Gouveia.[1]
- Titulares
- Afonso de Serpa Leitão Freire Pimentel, 1.º Conde e 1.º Marquês de Gouveia.
Após a Implantação da República Portuguesa, e com o fim do sistema nobiliárquico, usaram o título:
- Jorge de Serpa Pimentel, 2.º Marquês de Gouveia, 3.º Barão de São João de Areias;
- Jorge de Paiva Brandão de Serpa Pimentel, 3.º Marquês de Gouveia, 4.º Barão de São João de Areias.
Referências
- ↑ "Nobreza de Portugal e do Brasil", Direcção de Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 2.ª Edição, Lisboa, 1989, Volume Segundo, pp. 642-4