Matinha
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Município do Brasil | ||
Hino | ||
Gentílico | matinhense | |
Localização | ||
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Localização de Matinha no Brasil | ||
Mapa de Matinha | ||
Coordenadas | ||
País | Brasil | |
Unidade federativa | Maranhão | |
Distância até a capital | Não disponível | |
Características geográficas | ||
Área total [1] | 408,726 km² | |
População total (IBGE/2010[2]) | 21 832 hab. | |
Densidade | 53,4 hab./km² | |
Clima | Não disponível | |
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | |
Indicadores | ||
IDH (PNUD/2000 [3]) | 0,64 — médio | |
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 63 413,697 mil | |
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 3 014,39 |
Matinha é um município brasileiro do estado do Maranhão. Sua população estimada em 2004 era de 21.207 habitantes.
História
O município de Matinha teve a sua origem com a penetração de alguns colonizadores na região, no meado do século XIX. Verificou-se, nessa época, nas proximidades da atual sede municipal, a instalação dos engenhos de açúcar "Nazaré", de propriedade do padre João do Lago e "Santa Maria", pertencente ao comendador Antonio Alves da Silva, e ainda, das fábricas de farinha de mandioca, uma localizada no sítio "Hespanha", de propriedade do comendador João Belfort e outra no lugar "Santa Maria dos Meireles", pertencente ao caboclo Ezequiel Meireles. Esses Colonizadores trouxeram considerável número de escravos para os trabalhos agrícolas. Com o falecimento do comendador Antonio Alves da Silva, seu filho mais velho, Joáo Carlos Serra e Silva, transferiu para a localidade "BOM JESUS" o engenho de açúcar "Santa Maria". Nesse tempo, seus irmãos Serapião Serra e Silva e Gustavo Serra e Silva fixaram-se à margem da estrada que dava acesso a Viana, na zona sul da Sesmaria do Jardim, pertencente a João Carlos Serra e Silva, instalando ali um pequeno comércio. Alguns anos depois surge nova casa comercial dos irmãos Heráclito Ovídio Alves da Silva e Antonio Augusto Alves da Silva, filhos de Gustavo Serra e Silva. Com a abolição da escravatura muitos escravos e mestiços das fazendas vizinhas procuraram instalarem-se nas proximidades das casas comerciais, formando ali um pequeno núcleo residencial. Zona fertilíssima, própria para a agricultura, facilmente se desenvolveu e atraiu novos imigrantes, constituindo assim o povoado de Matinha. Motivado pelos esforços dos irmãos Heráclito e Antonio Augusto Alves da Silva, resolve o município de Viana criar a primeira escola municipal, pela Lei 138 de 16 de abril de 1896, designando para professores o Sr. Joaquim Ignácio Serra e a Sra. Cândida Gomes da Silva.Vinte anos mais tarde, pela Lei 719 de 5 de abril de 1916 foi criado o Cartório de Registro Civil. Matinha foi elevada à categoria de Vila pela Lei 857 de 4 de abril de 1919. Logo após, pela Lei 931 de 7 de abril de 1920, era elevada à categoria de Município, desmembrando-se do município de Viana, tal a iniciativa e espírito de luta dos irmãos, Major Heráclito Olídio Alves da Silva e Coronel Antonio Augusto Alves da Silva. Em 4 de maio de 1920, por força da Lei 501 era fixada a eleição para prefeito e vereadores do Município de Matinha. Enquanto o povo comemorava radiante a grande vitória alcançada pelos matinhenses, na pessoa dos irmãos Alves da Silva, o Decreto 932 de 3 de agosto de 1932, adiava, por tempo indeterminado, as eleições para prefeito e vereadores do novo município. No mesmo ano era criada a Coletoria Estadual, talvez como recompensa pelo ato da não instalação do município. Com o falecimento do Major Heráclito Olídio Alves da Silva concentrou-se então a direção política de Matinha nas mãos do Coronel Antonio Augusto Alves da Silva, com a cooperação do seu sobrinho João Amaral da Silva, e do filho, José Pedro da Silva. O Coronel Antonio Augusto achando que era de grande necessidade a construção de um mercado e de um cemitério, sacrificando suas economias, mandou construí-los às suas custas. Em 1929 foi criada e instalada a agência telefônica, tendo o Coronel Antonio Augusto contribuído com o prédio da agência e com toda a posteação do então distrito, vindo contudo a falecer a 11 de maio de 1945, sem ver concretizadas as suas aspirações, isto é, a elevação de sua terra à categoria de município. Surge, então, à frente da política de Matinha, o Sr. João Amaral da Silva, sobrinho do Coronel Antonio Augusto. Não durou muito a se sentir o efeito dessa nova direção, quando, pela Lei 267 de 31 de dezembro de 1948, graças ao empenho do Deputado Federal Dr. Afonso da Silva Matos, foi criado o Município de Matinha. Achava-se pois satisfeita a velha aspiração do povo de Matinha. No dia 15 de fevereiro de 1949 foi instalado o município sob grande regozijo e aplausos ao Sr. João Amaral da Silva e ao Dr. Afonso da Silva Matos. No seu primeiro ano de vida o município foi agraciado com a instalação da agência municipal de estatística, em seção solene realizada no salão nobre da Prefeitura Municipal, no dia 3 de novembro daquele ano e, também, com a instalação da agência postal do departamento dos Correios e Telégrafos. (Fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, Volume 3, págs. 215/216, IBGE).
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010