Nice Firmeza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nice Firmeza
Nascimento Maria de Castro Firmeza
18 de julho de 1921
Aracati
Morte 13 de abril de 2013
Fortaleza
Cidadania Brasil
Cônjuge Estrigas
Ocupação pintora, artista visual
Página oficial
http://www.minimuseufirmeza.org/

Maria de Castro Firmeza, conhecida por Nice Firmeza (Aracati, 18 de julho de 1921Fortaleza, 13 de abril de 2013), foi uma artista cearense.[1] Embora seu nome de batismo tenha sido escolhido por um padre (que impunha batizar pessoas apenas com nomes católicos), Nice, escolhido por sua mãe, foi o nome utilizado toda sua vida.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Ainda na cidade de Aracati teve seu primeiro contato com a pintura, incentivada por uma freira de seu colégio. Nice mudou-se para Fortaleza, em 1933, aos 12 anos.[3] Em 1950, na capital do Ceará (Fortaleza), a artista inicia seus estudos no Curso Livre de desenho e pintura e de Iniciação à História da Arte[3] da Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP).[4] Conhece seu companheiro de vida, o artista Estrigas (Fortaleza, 19 de setembro de 1919 — Fortaleza, 3 de outubro de 2014), durante seus estudos na SCAP. Por volta de 1961, Nice e Estrigas casam-se e mudam-se para um sítio, nos arredores da capital, em Mondubim. Tempos depois, fundam em seu sítio o Minimuseu Firmeza[5], ponto de encontro de artistas e intelectuais cearenses.[6]

Além de pinturas, Nice dedicou-se ao bordado ("pintura em linhas" como costumava se referir) e ensinou arte para crianças no Conservatório de Música Alberto Nepomuceno e nos "Domingos das Crianças", no Passeio Público - projeto do Departamento de Educação da Prefeitura. Participou de inúmeros Salões de Abril (1951, 1958, 1968, 1971 e 1978), além de expor na inauguração do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará (MAUC), em 1961.[3] Celebrou seus 90 anos, em 2011, com a exposição "Bandeiras da Nice", no Museu do Ceará.[7] A exposição era composta por 28 quadros, que mantinham diálogo com um desenho do artista cearense Antônio Bandeira, da coleção do minimuseu Firmeza. Como parte da celebração, foi publicado o livro de memórias Conversas com Nice[8], de Aberto Rodrigues Soeiro. As "pinturas em linhas" da artista viraram ilustrações, com a ajuda de Dim, no livro Flor de Maravilha[9] de Flávio Paiva.

Referências

  1. «Nice Firmeza». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 29 de abril de 2016 
  2. «Morre artista plástica, Nice Firmeza, aos 91 anos». Jornal Diário do Nordeste. 13 de abril de 2013. Consultado em 29 de abril de 2016 
  3. a b c Araújo, Regiane Rodrigues (2016). «A dimensão estética da docência na formação de professores» (PDF). Universidade Estadual do Ceará. Consultado em 29 de abril de 2016 
  4. «Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Fortaleza, CE)». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 29 de abril de 2016 
  5. «Uma vida feita à mão». Diário do Nordeste. 13 de julho de 2011. Consultado em 29 de abril de 2016 
  6. «O anticlube lírico do Mondubim (Revista Arre Égua n. 08, nov/2004)». Flávio Paiva. Consultado em 29 de abril de 2016. Arquivado do original em 6 de maio de 2016 
  7. «Exposição no Museu do Ceará homenageia artista Nice Firmeza». Ceará. 14 de julho de 2011. Consultado em 29 de abril de 2016 
  8. SOEIRO, Alberto Rodrigues (2011). Conversas com Nice. Fortaleza: LCR gráfica 
  9. PAIVA (escritor), Flávio. Flor de Maravilha. [S.l.]: Cortez 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CATÁLOGO. Fortaleza: Museu de Arte da UFC, 1992. , il. p.b.
  • PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Texto Mário Barata, Lourival Gomes Machado, Carlos Cavalcanti et al. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 559 p.
  • Sociedade Cearense de Artes Plásticas (Fortaleza, CE). Scap : 50 anos. Fortaleza, 1991. 241 p. il. p.b., foto.