O Primeiro Passo para a Independência da Bahia
O Primeiro Passo para a Independência da Bahia | |
---|---|
Autor | Antônio Parreiras |
Data | 1931 |
Técnica | Óleo sobre tela |
Encomendador | Governo do Estado da Bahia |
Localização | Palácio Rio Branco/ Câmara de Cachoeira, Salvador/ Cachoeira |
O Primeiro Passo para a Independência da Bahia é o título de duas pinturas semelhantes do artista Antônio Parreiras, relembrando os movimentos iniciais das lutas pela Independência da Bahia, ocorridos na então vila de Cachoeira, em fins de 1820.
Histórico
[editar | editar código-fonte]Contratado em 24 de outubro de 1928 pelo governo do Estado da Bahia, então representado pelo Secretário do Interior, Justiça e Instrução, Prisco Paraizo, sendo governador Vital Soares, Parreiras deveria registrar em tela os eventos ocorridos no dia 25 de junho de 1822, quando as lutas tiveram efetivamente início na Bahia.[1]
Pela obra o pintor receberia do governo 50 contos de réis, e foi-lhe entregue material histórico no qual se basear para a concretização da alegoria. Especificava, ainda, a encomenda, que “…o scenario será pintado no proprio local e reconstituido com a maxima fidelidade e as personagens que se distinguiram em tão glorioso momento serão retratadas quando houver retrato ou documentos que sirvam como orientação para este fim.”[1]
Parreiras concebeu a obra de modo a possibilitar a integração, no mesmo plano do cenário, de edificações que encontram-se dispostas de modo distinto, na realidade. A cena mais pungente do quadro, em primeiro plano no canto inferior direito, retrata a agonia do tambor Soledade, episódio tido como mítico, socorrido por um oficial.[1]
A tela principal, encomendada pela governo da Bahia, encontra-se no Palácio Rio Branco; a outra, de menor tamanho, na Câmara de Cachoeira. As duas telas possuem pequenas diferenças, e alguns ajustes posteriores foram realizados.[1]
Antônio Diogo da Silva Parreiras
[editar | editar código-fonte]Antônio Diogo da Silva Parreiras foi um pintor, desenhista, ilustrador, escritor e professor nascido e falecido na cidade de Niterói.[2] Suas pinturas paisagistas podem ser consideradas como representação de paisagens e momentos, acontecimentos considerados sublimes.[3] Parreiras abordava a natureza com olhos de artista, sentindo-a com a emoção que causa a quem pessoalmente presencia o que retrata.[4] Tinha o desejo de interpretar a natureza quando esta ainda parecia ter sido intocada.
Referências
- ↑ a b c d Hugo Guarilha (19 de julho de 2010). «25 de junho em Cacheoeira (parte II)». Consultado em 25 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 10 de dezembro de 2012
- ↑ Antônio Parreiras. História de um pintor. Diário oficial; 1943.
- ↑ ÁLVAREZ, José Maurício Saldanha (2005). «"NÃO ME FIZ ARTISTA PARA GANHAR DINHEIRO". SENTIMENTO, UMA IDÉIA DE NAÇÃO E IDENTIDADE EM ANTÔNIO PARREIRAS» (PDF). Consultado em 3 de novembro de 2017
- ↑ SALGUEIRO, Valéria (2000). Notas e críticas, discursos e contos: coletânea de textos de um pintor paisagista. Niterói: Eduff