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Olivença (Ilhéus): diferenças entre revisões

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'''HISTÓRIA MAIS ANTIGA DE OLIVENÇA'''
'''Olivença''' é um distrito situado 15 quilômetros ao sul da sede do município de [[Ilhéus]] na [[Bahia]], tendo como principal atividade econômica a extração da [[piaçava]].


O aldeamento de Nossa Senhora da Escada foi formado por volta de 1680, ou seja, há 325 anos. Será que ainda existe algum traço deste passado na Olivença atual? Na paisagem, ainda permanece o desenho urbano original, com destaque para a praça da igrejinha. Esta por sua vez, já estava em pé em 1692. No entanto o testemunho mais vivo e marcante do passado histórico de Olivença está nos traços indígenas de parte de seus moradores, os quais nos remete à sua primeira população.
É a única estância hidromineral localizada na faixa litorânea do [[Brasil]].

Nas proximidades da vila de Ilhéus habitavam originalmente os tupiniquins. Em 1562-63, uma epidemia de varíola (bexiga) matou dois terços da população indígena na Bahia. Houve também grande mortandade em Ilhéus. Seguiu-se a fome pela falta de braços nas lavouras. O resultado foi um grande vazio demográfico deixado pela extinção dos tupiniquins. Os colonos portugueses, além de ficarem privados dos principais braços até então utilizados nos engenhos e na extração do Pau-brasil, viram-se às voltas com ataques do aimorés. É nesse contexto que os padres jesuítas começam a organizar missões com os quase dizimados tupiniquins. Era comum, no entanto, trazer índios de outros grupos – como tupinambás e tapuias- para povoar e defender uma missão.

A 1ª fase do aldeamento de N.S. da Escada, ou aldeia dos Ilhéus, como aparece na correspondência oficial da época, durou aproximadamente de 1680 a 1759, quando a missão passou a condição de vila, a Vila Nova Olivença. A autoridade máxima era o missionário, porem havia espaço para lideranças indígenas. Estas adotavam nomes portugueses e assumiam cargos no governo local. Os estudos mais recentes tendem a interpretar os aldeamentos coloniais não apenas como parte de uma política do dominador visando a destruição da cultura indígena. Missões como a que deu origem ao povoado de Olivença podem ser vistas também como espaços de preservação da vida e da identidade das populações nativas. Elas garantiram a seus habitantes, por todo o período colonial, o direito à terra coletiva e, em certa medida, uma proteção face a ameaça de escravidão.

'''A IGREJINHA E O CEMITÉRIO EM 1759'''

Após a saída dos jesuítas, em 1759, o então ouvidor da Bahia esteve na antiga missão de N.S. da Escada para avaliar a situação daquela comunidade indígena. O documento que redigiu (hoje pertence ao acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro) traz uma preciosa descrição da igreja com os seus paramentos. Informava que no aldeamento havia uma igreja de pedra e cal de 122 palmos (1 palmo= 22 cm) de comprimento por 36 de largura , paredes de 3 palmos e altura a proporção. Tinha coro, púlpito, altar-mor com cercado dourado, mais dois altares laterais e uma pia batismal de pedra, provavelmente a mesma que ainda hoje lá se encontra. O teto era todo forrado e pintado mas em partes estava já com alguma danificação. Ficavam adjacentes as casas de residência dos missionários, que constavam de 6 cubículos, 3 antigos e 3 novos, com salão por cima da sacristia e porta para a tribuna. Por baixo desses cubículos, informava o ouvidor, estavam os armazéns e o refeitório. Naquela época, as dependências de uma igreja incluíam, além das casas residenciais dos padres a área externa contígua, em que um dos lados, ou o fundo, destinava-se a função de cemitério. Na Igreja de N.S. da Escada o ouvidor contou 56 sepulturas de homens e 12 de meninos as quais estavam cobertas de tábuas entre lageados de pedras de cantaria. Não especificava de qual dos lados ficava. Todavia uma planta da Vila de Olivença de 1852 (depositada no Arquivo do Exército do Rio de Janeiro) aponta que, à época, o cemitério situava-se logo à frente da igreja.

É impressionante o luxo de que se revestia o culto católico. O ouvidor relacionou 5 paramentos completos, formados por casacas, estolas e manípulos de seda com mangas e franjas de ouro. Entre vários objetos litúrgicos, destacou-se um pálio (espécie de dossel), alguns véus de seda da Índia, cortinas franjadas de ouro, uma capa de tecido fino, dois jogos corporais (panos em que se coloca o cálice e a hóstia) com detalhes de seda e ouro, mantos de seda estampados com N.S. da Escada etc. O ouvidor esclarecia que esses ornatos,” ...com certeza foram comprados com o lucro que os missionários tiravam do trabalho que os índios lhes faziam continuadamente, conquanto as obras da igreja, afirmavam os mesmos índios que eles trabalhavam nela conduzindo a pedra, madeiras, cerrando tabuados e fazendo os mais serviços braçais”.

'''A ADMINISTRAÇÃO DA VILA NOVA DE OLIVENÇA'''

Em 1759, a ordem dos jesuítas (Companhia de Jesus) foi banida de Portugal e de seu império colonial. Os missionários que dirigiam a missão de N.S. da Escada foram obrigados a abandonar o aldeamento. De Portugal, o todo poderoso Marques de Pombal impôs algumas medidas visando promover uma integração maior dos povos indígenas aldeados à sociedade colonial. Na prática, queria transformar estes índios em súditos dispostos a pegar em armas e ferramentas de trabalho.
As missões foram transformadas em vilas (1758), o equivalente atual de municípios. De acordo com orientação oficial, missões com nomes de santos ou na língua tupi seriam rebatizadas com nomes de vilas portuguesas, a exemplo de N.S. da escada, que passou a Vila Nova Olivença. Naquela época, cada vila era governada por um juiz e dois vereadores que, sediados na câmara, dividiam as tarefas de interesse público.

Uma questão essencial trouxe o ouvidor da Bahia até Olivença: haveria entre os índios gente capaz de assumir tal tarefa? O ouvidor foi pessimista quanto a isso. Primeiro, constatou que apenas seis índios sabiam ler e escrever, mas muito mal, lamentava. A própria língua portuguesa era muito pouco falada no aldeamento. O ouvidor previa, ainda, que seria “mui dificultoso receberem querelas e tirarem devassa contra seus nacionais e chegar a prende-los.” A solução seria colocar colonos vizinhos para servir naquela câmara, propunha o ouvidor. Porém, não havia colonos não índios morando nos limites da vila. Nesse caso, assim como em outras vilas indígenas criadas neste contexto, foi nomeado um diretor dos índios, uma autoridade portuguesa responsável pela organização da produção e pelo controle das rendas geradas pelo trabalho dos nativos. O diretor não recebia salário e deveria tirar da administração do trabalho dos índios a sua remuneração.

Quarenta anos depois (1799), outro ouvidor, o antijesuítico Baltazar da Silva Lisboa, lamentava o destino daqueles índios sob a tutela dos diretores que, segundo ele, “forneciam aguardente para se embriagarem”, enquanto os vigários, “ tendo tão pouca côngrua (salário), buscavam tirar do sangue e da miséria dos índios o pagamento das mesmas. Nesta condições, não se fazia aflorar as habilidades dos índios para as artes e ciências e muitos pais, dizia o ouvidor Lisboa, manifestavam “com que dor viam os seus sem nenhuma instrução como se não adorassem o mesmo Deus, e não obedecessem ao mesmo soberano...” Percebiam, estes índios, que a educação que lhes era negada poderia ser um meio efetivo de garantia de direitos de ascensão social.

'''Olivença''' é um distrito situado 18 quilômetros ao sul da sede do município de [[Ilhéus]] na [[Bahia]], tendo como principal atividade econômica a extração da [[piaçava]].

É a única estância hidromineral localizada na faixa litorânea do [[Brasil]] e única Estância Hidromineral à Beira-Mar do Mundo!

'''TOROMBA'''

Ribeirão que tem o seu nascedouro numa serra bem próxima do povoado, cujas águas contem: ferro, magnésio e iodo. Vegetal oriundo da planta conhecida por “cainana” e com media radio atividade. Seu valor para doença da pele e do estomago é
proclamado já por toda parte inclusive em Paris, onde um médico sempre envia doentes para tratamento pelas águas de tororomba.
Sendo comparada em seu teor as águas de VICHJ, na França. A “limenita” que Olivença possui em regular quantidade é a criadora da radioatividade nas águas.

O Padre Camilo Torrand, um dos maiores Botânicos e estudiosos que já tiverem por aqui, foi o maior entusiasta de Olivença, colheu e levou suas águas para a França e, lá em laboratórios especializados, fez os exames concluindo por proclamar uma das melhores águas minerais existentes. O Padre Enrique Failla, foi outro estudioso das águas de Olivença e que muito se entusiasmou com aquela fonte.

A primeira igreja de Olivença, a Nossa Senhora da Escada, foi construída pelos Jesuítas, no começo do século 18, bem no centro da
pequena aldeia no topo do morro. Hoje em dia a enladeirada Praça Cláudio Magalhães, enfrentando a igreja, é rodeado com casas, bares, escolinhas e mercearias.


No segundo domingo do ano ocorre a festa da [[Puxada do Mastro]] de [[São Sebastião]], festa tradicional que mescla o sagrado e o profano.
No segundo domingo do ano ocorre a festa da [[Puxada do Mastro]] de [[São Sebastião]], festa tradicional que mescla o sagrado e o profano.





[Última edição: Moisés Alves Santos, 17 de Março de 2009]
[[Categoria:Distritos de Ilhéus]]
[[Categoria:Distritos de Ilhéus]]

Revisão das 19h24min de 17 de março de 2009

HISTÓRIA MAIS ANTIGA DE OLIVENÇA

O aldeamento de Nossa Senhora da Escada foi formado por volta de 1680, ou seja, há 325 anos. Será que ainda existe algum traço deste passado na Olivença atual? Na paisagem, ainda permanece o desenho urbano original, com destaque para a praça da igrejinha. Esta por sua vez, já estava em pé em 1692. No entanto o testemunho mais vivo e marcante do passado histórico de Olivença está nos traços indígenas de parte de seus moradores, os quais nos remete à sua primeira população.

Nas proximidades da vila de Ilhéus habitavam originalmente os tupiniquins. Em 1562-63, uma epidemia de varíola (bexiga) matou dois terços da população indígena na Bahia. Houve também grande mortandade em Ilhéus. Seguiu-se a fome pela falta de braços nas lavouras. O resultado foi um grande vazio demográfico deixado pela extinção dos tupiniquins. Os colonos portugueses, além de ficarem privados dos principais braços até então utilizados nos engenhos e na extração do Pau-brasil, viram-se às voltas com ataques do aimorés. É nesse contexto que os padres jesuítas começam a organizar missões com os quase dizimados tupiniquins. Era comum, no entanto, trazer índios de outros grupos – como tupinambás e tapuias- para povoar e defender uma missão.

A 1ª fase do aldeamento de N.S. da Escada, ou aldeia dos Ilhéus, como aparece na correspondência oficial da época, durou aproximadamente de 1680 a 1759, quando a missão passou a condição de vila, a Vila Nova Olivença. A autoridade máxima era o missionário, porem havia espaço para lideranças indígenas. Estas adotavam nomes portugueses e assumiam cargos no governo local. Os estudos mais recentes tendem a interpretar os aldeamentos coloniais não apenas como parte de uma política do dominador visando a destruição da cultura indígena. Missões como a que deu origem ao povoado de Olivença podem ser vistas também como espaços de preservação da vida e da identidade das populações nativas. Elas garantiram a seus habitantes, por todo o período colonial, o direito à terra coletiva e, em certa medida, uma proteção face a ameaça de escravidão.

A IGREJINHA E O CEMITÉRIO EM 1759

Após a saída dos jesuítas, em 1759, o então ouvidor da Bahia esteve na antiga missão de N.S. da Escada para avaliar a situação daquela comunidade indígena. O documento que redigiu (hoje pertence ao acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro) traz uma preciosa descrição da igreja com os seus paramentos. Informava que no aldeamento havia uma igreja de pedra e cal de 122 palmos (1 palmo= 22 cm) de comprimento por 36 de largura , paredes de 3 palmos e altura a proporção. Tinha coro, púlpito, altar-mor com cercado dourado, mais dois altares laterais e uma pia batismal de pedra, provavelmente a mesma que ainda hoje lá se encontra. O teto era todo forrado e pintado mas em partes estava já com alguma danificação. Ficavam adjacentes as casas de residência dos missionários, que constavam de 6 cubículos, 3 antigos e 3 novos, com salão por cima da sacristia e porta para a tribuna. Por baixo desses cubículos, informava o ouvidor, estavam os armazéns e o refeitório. Naquela época, as dependências de uma igreja incluíam, além das casas residenciais dos padres a área externa contígua, em que um dos lados, ou o fundo, destinava-se a função de cemitério. Na Igreja de N.S. da Escada o ouvidor contou 56 sepulturas de homens e 12 de meninos as quais estavam cobertas de tábuas entre lageados de pedras de cantaria. Não especificava de qual dos lados ficava. Todavia uma planta da Vila de Olivença de 1852 (depositada no Arquivo do Exército do Rio de Janeiro) aponta que, à época, o cemitério situava-se logo à frente da igreja.

É impressionante o luxo de que se revestia o culto católico. O ouvidor relacionou 5 paramentos completos, formados por casacas, estolas e manípulos de seda com mangas e franjas de ouro. Entre vários objetos litúrgicos, destacou-se um pálio (espécie de dossel), alguns véus de seda da Índia, cortinas franjadas de ouro, uma capa de tecido fino, dois jogos corporais (panos em que se coloca o cálice e a hóstia) com detalhes de seda e ouro, mantos de seda estampados com N.S. da Escada etc. O ouvidor esclarecia que esses ornatos,” ...com certeza foram comprados com o lucro que os missionários tiravam do trabalho que os índios lhes faziam continuadamente, conquanto as obras da igreja, afirmavam os mesmos índios que eles trabalhavam nela conduzindo a pedra, madeiras, cerrando tabuados e fazendo os mais serviços braçais”.

A ADMINISTRAÇÃO DA VILA NOVA DE OLIVENÇA

Em 1759, a ordem dos jesuítas (Companhia de Jesus) foi banida de Portugal e de seu império colonial. Os missionários que dirigiam a missão de N.S. da Escada foram obrigados a abandonar o aldeamento. De Portugal, o todo poderoso Marques de Pombal impôs algumas medidas visando promover uma integração maior dos povos indígenas aldeados à sociedade colonial. Na prática, queria transformar estes índios em súditos dispostos a pegar em armas e ferramentas de trabalho. As missões foram transformadas em vilas (1758), o equivalente atual de municípios. De acordo com orientação oficial, missões com nomes de santos ou na língua tupi seriam rebatizadas com nomes de vilas portuguesas, a exemplo de N.S. da escada, que passou a Vila Nova Olivença. Naquela época, cada vila era governada por um juiz e dois vereadores que, sediados na câmara, dividiam as tarefas de interesse público.

Uma questão essencial trouxe o ouvidor da Bahia até Olivença: haveria entre os índios gente capaz de assumir tal tarefa? O ouvidor foi pessimista quanto a isso. Primeiro, constatou que apenas seis índios sabiam ler e escrever, mas muito mal, lamentava. A própria língua portuguesa era muito pouco falada no aldeamento. O ouvidor previa, ainda, que seria “mui dificultoso receberem querelas e tirarem devassa contra seus nacionais e chegar a prende-los.” A solução seria colocar colonos vizinhos para servir naquela câmara, propunha o ouvidor. Porém, não havia colonos não índios morando nos limites da vila. Nesse caso, assim como em outras vilas indígenas criadas neste contexto, foi nomeado um diretor dos índios, uma autoridade portuguesa responsável pela organização da produção e pelo controle das rendas geradas pelo trabalho dos nativos. O diretor não recebia salário e deveria tirar da administração do trabalho dos índios a sua remuneração.

Quarenta anos depois (1799), outro ouvidor, o antijesuítico Baltazar da Silva Lisboa, lamentava o destino daqueles índios sob a tutela dos diretores que, segundo ele, “forneciam aguardente para se embriagarem”, enquanto os vigários, “ tendo tão pouca côngrua (salário), buscavam tirar do sangue e da miséria dos índios o pagamento das mesmas. Nesta condições, não se fazia aflorar as habilidades dos índios para as artes e ciências e muitos pais, dizia o ouvidor Lisboa, manifestavam “com que dor viam os seus sem nenhuma instrução como se não adorassem o mesmo Deus, e não obedecessem ao mesmo soberano...” Percebiam, estes índios, que a educação que lhes era negada poderia ser um meio efetivo de garantia de direitos de ascensão social.

Olivença é um distrito situado 18 quilômetros ao sul da sede do município de Ilhéus na Bahia, tendo como principal atividade econômica a extração da piaçava.

É a única estância hidromineral localizada na faixa litorânea do Brasil e única Estância Hidromineral à Beira-Mar do Mundo!

TOROMBA

Ribeirão que tem o seu nascedouro numa serra bem próxima do povoado, cujas águas contem: ferro, magnésio e iodo. Vegetal oriundo da planta conhecida por “cainana” e com media radio atividade. Seu valor para doença da pele e do estomago é proclamado já por toda parte inclusive em Paris, onde um médico sempre envia doentes para tratamento pelas águas de tororomba. Sendo comparada em seu teor as águas de VICHJ, na França. A “limenita” que Olivença possui em regular quantidade é a criadora da radioatividade nas águas.

O Padre Camilo Torrand, um dos maiores Botânicos e estudiosos que já tiverem por aqui, foi o maior entusiasta de Olivença, colheu e levou suas águas para a França e, lá em laboratórios especializados, fez os exames concluindo por proclamar uma das melhores águas minerais existentes. O Padre Enrique Failla, foi outro estudioso das águas de Olivença e que muito se entusiasmou com aquela fonte.

A primeira igreja de Olivença, a Nossa Senhora da Escada, foi construída pelos Jesuítas, no começo do século 18, bem no centro da pequena aldeia no topo do morro. Hoje em dia a enladeirada Praça Cláudio Magalhães, enfrentando a igreja, é rodeado com casas, bares, escolinhas e mercearias.

No segundo domingo do ano ocorre a festa da Puxada do Mastro de São Sebastião, festa tradicional que mescla o sagrado e o profano.



[Última edição: Moisés Alves Santos, 17 de Março de 2009]