Operação Barbarossa: diferenças entre revisões

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==Prelúdio ao ataque==
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O ditador [[Nazismo|nazista]] [[Adolf Hitler]] deixara claro a seus generais que desejava terminar a questão soviética antes do terrível inverno russo – em outras palavras, a campanha deveria ser rápida e fulminante.
O imperador [[Nazismo|nazista]] [[Adolf Hitler]] deixara claro a seus generais que desejava terminar a questão soviética antes do terrível inverno russo – em outras palavras, a campanha deveria ser rápida e fulminante.


Mas, na véspera da invasão, o ditador italiano [[Benito Mussolini]] pediu ajuda a Hitler, pois havia tentado invadir a [[Grécia]] através da [[Albânia]], que haviam conquistado em [[1939]], e, não apenas não haviam dominado a Grécia, como estavam em vias de perder a Albânia para os gregos. Hitler enviou ajuda, e dominou quase toda a região dos [[Balcãs]]. E isso atrasou a Operação Barbarossa em algumas semanas, atraso que se mostrou decisivo, pois logo veio o temido inverno russo.
Mas, na véspera da invasão, o ditador italiano [[Benito Mussolini]] pediu ajuda a Hitler, pois havia tentado invadir a [[Grécia]] através da [[Albânia]], que haviam conquistado em [[1939]], e, não apenas não haviam dominado a Grécia, como estavam em vias de perder a Albânia para os gregos. Hitler enviou ajuda, e dominou quase toda a região dos [[Balcãs]]. E isso atrasou a Operação Barbarossa em algumas semanas, atraso que se mostrou decisivo, pois logo veio o temido inverno russo.

Revisão das 20h43min de 12 de dezembro de 2009

Evolução da Operação Barbarossa

Operação Barbarossa é o nome de código pelo qual ficou conhecida a operação militar alemã para invadir a União Soviética, iniciada em 22 de Junho de 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, rompendo assim com o Pacto Ribbentrop-Molotov (ou tratado de não- agressão) acordado entre os dois Estados menos de dois anos antes. Considerada a maior e mais feroz campanha militar da história, ela devia seu nome ao monarca Frederico Barbarossa, do Sacro Império Romano-Germânico, um dos líderes da Terceira Cruzada no século XII.

Prelúdio ao ataque

O imperador nazista Adolf Hitler deixara claro a seus generais que desejava terminar a questão soviética antes do terrível inverno russo – em outras palavras, a campanha deveria ser rápida e fulminante.

Mas, na véspera da invasão, o ditador italiano Benito Mussolini pediu ajuda a Hitler, pois havia tentado invadir a Grécia através da Albânia, que haviam conquistado em 1939, e, não apenas não haviam dominado a Grécia, como estavam em vias de perder a Albânia para os gregos. Hitler enviou ajuda, e dominou quase toda a região dos Balcãs. E isso atrasou a Operação Barbarossa em algumas semanas, atraso que se mostrou decisivo, pois logo veio o temido inverno russo.

Três grandes grupos de exércitos foram formados: o Norte, encarregado de ocupar a Lituânia e Letônia rumo a Leningrado (atual São Petersburgo; o Centro, que visava um ataque frontal à capital Moscou; e o Sul, destinado a ocupar os vastos campos de trigo da Ucrânia e, por fim, o petróleo do Cáucaso.

As primeiras vitórias

Na madrugada de 22 de junho de 1941, cerca de 4 mil veículos blindados e 180 divisões formadas por mais de 3,5 milhões de soldados do Eixo irromperam sobre as defesas soviéticas. A mobilização do Exército Vermelho para tentar deter o avanço alemão não foi capaz de deter o ímpeto do ataque; centenas de milhares de soldados foram envolvidos em combate pelos alemães. Cidades como Minsk e Kiev foram cercadas em poucos dias. Em agosto de 1941, os alemães haviam aprisionado meio milhão de soldados soviéticos, e pelo menos outras 89 divisões (cerca de 1,8 milhão de soldados) teriam o mesmo destino antes de dezembro.

O discurso de "terra arrasada"

Nos primeiros dias do ataque, o ditador soviético Josef Stalin permaneceu isolado, sem emitir comunicados. O fato da Alemanha tê-lo traído o perturbava. Em 3 de julho de 1941, Stalin transmitiu um comunicado de terra arrasada: cidades, casas e plantações deveriam ser destruídos ou queimados, para privar os invasores de seus recursos. O povo soviético deveria abandonar toda e qualquer complacência com os alemães.

Embora relativamente eficiente, no sentido de reanimar a população desesperada pela ofensiva alemã e por usar a linguagem típica do camponês russo, os ecos da transmissão não foram unânimes. Em muitas áreas e repúblicas do país, Stalin era uma figura detestada, em grande parte por seu regime de terror e pelas dificuldades originadas pelas reformas econômicas que ele implantara tão drasticamente.

Assim sendo, em muitas aldeias da Ucrânia, Lituânia, Letônia e Estônia – estas três últimas eram estados independentes antes de serem anexadas por Stalin em 1940 – os invasores nazistas foram recebidos como libertadores. Mas os que davam as boas-vindas aos alemães logo se deram conta de seu erro, e passaram a engrossar a resistência.

O entusiasmo dá lugar ao ceticismo

Por mais retumbantes que fossem as primeiras vitórias da Wehrmacht, e por mais que o resto do mundo se apavorasse com a velocidade do avanço alemão, este estava longe de ser fácil. Os alemães sofriam baixas consideráveis à medida em que se aproximavam da capital Moscou, e os russos perceberam a verdadeira natureza da guerra: muitos alemães, imbuídos da filosofia nazista, não tinham piedade com o povo soviético e lhe infligiram terríveis atrocidades – afinal, Hitler os considerava "subumanos" (ou Untermensch, em alemão).

O experiente general Franz Halder, então chefe do Estado-Maior alemão, escreveu à família: "A vastidão da Rússia nos devora" e, numa referência à dificuldade da situação, foi claro: "Por mais que ponhamos dez divisões fora de combate, os russos imediatamente as substituem por outras dez".

O "General Inverno"

Em novembro de 1941, os alemães já tinham conquistado uma área quatro vezes maior que a Grã-Bretanha. O cerco a Leningrado (atual São Petersburgo) começara, e perduraria por três anos. Moscou estava a apenas algumas semanas de marcha. Foi quando os primeiros flocos de neve começaram a cair, prejudicando o avanço alemão, uma vez que as tropas alemãs não estavam preparadas para o rigoroso inverno russo.

Cerca de 250 mil soldados da Wehrmacht pereceram ao enfrentar, além dos russos, temperaturas abaixo de dez graus negativos. Ambos os lados lutaram bravamente, nas mais duras condições. Vale ressaltar que o nome da cidade de Stalingrado era uma homenagem a Josef Stalin, o que tornava maior seu valor para os alemães, caso fosse tomada.

Outra conseqüência do rigoroso inverno foi que as armas e veículos alemães paravam de funcionar em temperaturas tão baixas, o que retardava ainda mais o avanço. O "General Inverno" outra vez se impunha, como já havia feito contra Napoleão Bonaparte em 1812. Nas áreas conquistadas, o inverno atuou contra as tropas russas, pois os alemães encontravam-se abrigados. Deve-se ressaltar, portanto, que o inverno tornou as condições terríveis para ambos os exércitos.

A defesa de Moscou: mudança de rumos

Com o fulminante avanço alemão sobre a capital da União Soviética, instalou-se o desespero entre os moscovitas. Muitos fugiram, entre eles muitos dirigentes do Partido Comunista da União Soviética. Mas Stalin permaneceu – numa tentativa de reerguer o moral do povo. Entregou a hercúlea tarefa de defender a cidade a seu mais experimentado e competente general, Georgy Zhukov. Tão truculento e resoluto quanto seu líder, ele reorganizou o Exército Vermelho e fê-lo desfechar um gigantesco contra-ataque sobre as tropas alemãs. Em janeiro de 1942, os russos já tinham forçado a Wehrmacht a recuar cerca de 200 quilômetros, salvando a capital.

Por fim, Hitler mudou de idéia, instigando um ataque ao Cáucaso que levaria os alemães a uma derrota fragorosa em Stalingrado e à reversão da ofensiva na frente oriental. Os russos ainda teriam de trilhar um longo caminho para expulsar o invasor de sua pátria.

As obras abaixo citadas são edições antigas, disponíveis somente em sebos:

  • KEEGAN, John. Barbarossa: a invasão da Rússia. Rio de Janeiro: Renes, 1973. 160 p.–(História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial; campanhas; 3);
  • JUKES, Geoffrey. A Defesa de Moscou. Rio de Janeiro: Renes, 1975. 160 p.– (História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial; batalhas; 8);
  • JUKES, Geoffrey. Stalingrado: o princípio do fim. Rio de Janeiro: Renes, 1974. 160 p.– (História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial; batalhas; 4);
  • CHANEY JR., Otto Preston. Zhukov: Marechal da União Soviética. Rio de Janeiro: Renes, 1975. 160 p.– (História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial; líderes; 16);
  • TREMAIN, Rose. Stalin. Rio de Janeiro: Renes, 1974. 160 p.– (História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial; líderes; 11);
  • LEACH, Barry. Estado-Maior Alemão. Rio de Janeiro: Renes, 1974. 160 p.– (História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial; política em ação; 5).

Ver também

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Batalhas e operações

Ligações externas

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