Orquestra de Filadélfia

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A Orquestra da Filadélfia é uma orquestra sinfônica baseada em Filadélfia, Pensilvânia, nos Estados Unidos. É uma das orquestras conhecidas como "Big Five", fundada em 1900. A residência da orquestra é o Kimmel Center for the Performing Arts, onde apresenta aproximadamente 130 concertos, no Verizon Hall. De 1900 a 2001, a orquestra apresentou-se na Academia de Música. A orquestra apresenta-se anualmente no Carnegie Hall.

Desde 2008 o Maestro Chefe da orquestra é Charles Dutoit. Wolfgang Sawallisch foi o Diretor Musical de 1993 a 2003, sento o atual Maestro Laureado. Yannick Nézet-Séguin é o Diretor Musical Designado da orquestra desde junho de 2010, com um contrato que vai até a temporada de 2012/3.

História[editar | editar código-fonte]

A orquestra foi fundada em 1900 por Fritz Scheel, que também serviu como o primeiro Maestro. A orquestra começou como um pequeno grupo de músicos comandados pelo pianista F. Cresson Schell (1857-1942). Em fevereiro de 1907, Leandro Campanari tomou o posto de Maestro Interino por um curto período de tempo, durante o período em que Scheel ficou doente e após sua morte.[1] Um flautista da orquestra, August Rodemann, que chegou a orquestra antes de Campanari, começou a sabotar as performances da orquestra e foi retirado da orquestra com desonra.[2]

Em 1097, Karl Pohlig tornou-se Diretor Musical e serviu até 1912. Ninguém da orquestra gostava dele, mas não encontraram nenhum outro maesto no momento. Finalmente, eles cancelaram o contrato com Pohling, dando-lhe um ano de salário de indenização.

Em 1912, Leopold Stokowski tornou-se Diretor Musical e trouxe para a orquestra uma notoriedade nacional. Com ele, a orquestra adquiriu uma grande reputação e desenvolveu o que é conhecido como "Som da Filadélfia". Stokowski deixou a orquestra em 1941 e não retornou como convidado por 20 anos. Em 1936, Eugene Ormandy uniu-se à organização e tornou-se o Maestro Residente com Stokowski até 1938. Permaneceu na orquestra por 44 anos e tornou-se Maestro Laureado. Ormandy conduziu inúmeras gravações e conduziu-a na histórica turnê de 1973 pela República Popular da China, sendo a primeira orquestra ocidental a visitar o país durante décadas.[3] Ele tornou-se renomado na China e retornou por mais três bem sucedidades turnês.

Riccardo Muti tornou-se o Maestro Convidado Residente da orquestra na década de 1970 e tormou a posição de Diretor Musical com a saída de Ormandy, em 1980, servindo até 1992. Suas gravações incluem as sinfonias de Ludwig van Beethoven, Johannes Brahms, e Alexander Scriabin, para a EMI e Philips.

Wolfgang Sawallisch sucedeu Muti como Diretor Musical de 1993 a 2003. Ele fez uma série de gravações com trabalhos de Robert Schumann, Richard Strauss e Richard Wagner, entre outros compositores, para a EMI. Entretanto, a orquestra perdeu o contrato de gravações com a EMI nesse período, e ele conduziu a orquestra em uma greve que duzou 64 dias, em 1996.[4][5] No fim da temporada com Sawallisch, a orquestra auto-produziu gravações das sinfônias de Schumann, com Sawallisch conduzindo. Em 2003, Sawallisch foi nomeado o Maestro Laureado da orquestra.

Em 2003, Christoph Eschenbach tornou-se o Diretor Musical. Houve algumas controvérsias nessa nomeação, pois faziam mais de quatro anos que Eschenbach não conduzia a orquestra e percebia-se a falta de química entre o maestro e os músicos.[6][7][8] Com Eschenbach a orquestra voltou a fazer gravações com a Ondine, entretanto, em outubro de 2006, Eschenbach e a orquestra anunciaram que seu contrato terminaria em 2008, em um total de cinco anos, sendo o maestro a ficar menos tempo no posto de Diretor Musical, na Filadélfia, ao lado de Pohling.

Em fevereiro de 2007 a orquestra nomeou Charles Dutoit para o posto de Maestro Residente e Conselheiro Artístico por quatro temporadas, começando no outono de 2008, indo até a temporada 2011/12.[9][10] Essa mudança foi feita para providenciar uma ponte artística, enquanto a orquestra procurava o seu oitavo Diretor Musical[11].[12]

Atual Diretor Musical, Yannick Nézet-Séguin

Em dezembro de 2008, com um convite de Dutoit,[13] Yannick Nézet-Séguin fez sua primeira aparição na orquestra como maestro.[14] Retornou para uma segunda série de concertos em dezembro de 2009. Em junho de 2010, Nézet-Séguin foi nomeado o oitavo Diretor Musical da orquestra, efetivado na temporada 2012/13. Imediatamente assumiu o posto de Diretor Musical Designado.

Diretores Musicais[editar | editar código-fonte]

Actualidade[editar | editar código-fonte]

Em Abril de 2011, a orquestra declarou falência.

Apesar de tudo a programação não é afectada, pois a orquestra está protegida pela lei de falências que permite que uma empresa em dificuldades financeiras continue a funcionar normalmente enquanto procura um acordo com os credores.

Entre os vários fatores que contribuíram para as dificuldades da orquestra estão a quebra na venda de bilhetes e de doações assim como os custos operacionais com pessoal, apesar de terem sido efectuados cortes de salários.

A orquestra vai lançar em breve uma campanha para arrecadar 214 milhões de dólares.[15]

Referências

  1. New York Times(Feb.18, 1907) "Campanari at Rehearsal"
  2. Daniel Grotta-Kurska (2008) "Music: Is There a Maestro in the Wings?"
  3. Daniel Webster (1 de fevereiro de 2008). «Learning Chinese». Playbill Arts. Consultado em 2 de fevereiro de 2008 
  4. Allan Kozinn (17 de setembro de 1996). «Strike in Philadelphia: What Stopped the Music». New York Times. Consultado em 19 de junho de 2010 
  5. Anthony Tomassini (28 de novembro de 1996). «Philadelphians, After Strike, Offer a Violinist's Debut». New York Times. Consultado em 19 de junho de 2010 
  6. Doreen Carvajal (6 de fevereiro de 2001). «Musicians Are Gaining Bigger Voice In Orchestras». New York Times. Consultado em 29 de abril de 2008 
  7. Peter Dobrin, "Orchestra has some lessons to consider". Philadelphia Inquirer, 29 outubro 2006
  8. Anthony Tomassini (23 de novembro de 2006). «Conductor Under Fire, Orchestra Under Pressure». New York Times. Consultado em 11 de abril de 2007 
  9. Tom Di Nardo, "Charles Dutoit to head orchestra". Philadelphia Daily News, 23 February 2007.
  10. Peter Dobrin, "Orchestra's interim pick: Dutoit". Philadelphia Inquirer, 23 February 2007.
  11. Peter Dobrin (5 de agosto de 2007). «A measured search for Philadelphia Orchestra music director». Philadelphia Inquirer. Consultado em 11 de agosto de 2007. Cópia arquivada em 29 de setembro de 2007 
  12. Kevin Shihoten (6 de agosto de 2007). «Philadelphia Orchestra Musicians to Have Bigger Say in Director Search». Playbill Arts. Consultado em 11 de agosto de 2007 
  13. Arthur Kaptainis (10 de novembro de 2007). «Dutch treat». Montreal Gazette. Consultado em 19 de junho de 2010. Arquivado do original em 3 de novembro de 2012 
  14. Robert Zaller (8 de dezembro de 2009). «Conductor shortage? Where?». Broad Street Review. Consultado em 19 de junho de 2010 
  15. «Orquestra de Filadélfia declarou falência» 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ardoin, John (1999). The Philadelphia Orchestra: A Century of Music. Philadelphia: Temple University Press.
  • Kupferberg, Herbert (1969). Those Fabulous Philadelphians. New York: C. Scribner's Sons.
  • Kurnick, Judith K (1992). Riccardo Muti: Twenty Years in Philadelphia. Philadelphia: Philadelphia Orchestra.
  • Clark, Sedgwick (2003). The Philadelphia Orchestra Celebrates Sawallisch 1993-2003. Philadelphia: Philadelphia Orchestra.
  • Marion, John Francis (1984). Within These Walls: A History of the Academy of Music in Philadelphia. Philadelphia: Academy of Music/Philadelphia Orchestra.
  • Peralta, Phyllis (2006). Philadelphia Maestros: Ormandy, Muti, Sawallisch. Philadelphia: Temple University Press.

Ver também[editar | editar código-fonte]

  • Lista de orquestras

Ligações externas[editar | editar código-fonte]