Pachycoris torridus

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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Hemiptera
Subordem: Heteroptera
Infraordem: Pentatomomorpha
Superfamília: Pentatomoidea
Família: Scutelleridae
Género: Pachycoris
Espécie: P. torridus
Nome binomial
Pachycoris torridus
Scopoli, 1772
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Pachycoris torridus ou percevejo do pinhão bravo[1] é um percevejo da família Scutelleridae. Entre as suas características está o cuidar das crias[2] e a existência de indivíduos com colorações diversas (o que levou a que por vezes fosse classificado como sendo várias espécies).[3][4]

Alimentação[editar | editar código-fonte]

O P. torridus alimenta-se de frutos de várias plantas, como pinhões e araçazeiros;[5] é possível que o seu hospedeiro original seja o arre-diabo (Cnidoscolus pubescens).[6] Considera-se que o inseto pode ser uma praga significativa para as culturas de pinhão-manso.[1]

Diferentes cores[editar | editar código-fonte]

Os indivíduos da espécie P. torridus apresentam diferentes colorações[6], tendo, por isso, já sido erroneamente identificados como sendo 8 espécies diferentes.[4] O inseto é por norma preto ou marron,[7] com 22 pintas coloridas (8 no pronoto e 14 no escutelo), cuja cor pode variar entre o vermelho, amarelo, laranja e marrom.[8] As cores não são hereditárias, sendo determinadas por fatores ambientais.[9]

Cuidado das crias[editar | editar código-fonte]

As fêmeas frequentemente cuidam dos seus ovos e das ninfas (pelo menos no início do desenvolvimento destas), tendo sido observado que tal afeta significativamente a sobrevivência destas (num estudo experimental, 13,8% das crias cuja mãe ficou junto com elas morreram antes de atingir a idade adulta, enquanto naquelas que foram separadas da mãe a mortalidade foi de 71,36% - supõe-se que a presença da mãe contribui para que os ovos e ninfas não sejam atacados por parasitas e parasitóides).[2]

Inimigos naturais[editar | editar código-fonte]

O P. torridus é frequentemente parasitado por outros insetos, como a vespa Telenomus pachycoris.[6][10]

Referências

  1. a b «Primeiro registro de Pachycoris torridus (Scopoli, 1772) (Hemiptera: Scutelleridae) em pinhão-manso (Euphorbiaceae) em Alagoas, Brasil». Ciência e Agrotecnologia. 34. Dezembro de 2010. ISSN 1413-7054. doi:10.1590/S1413-70542010000700011. Consultado em 22 de dezembro de 2016  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  2. a b «Importância do Cuidado Parental sobre a Expectativa de Vida de Pachycoris Torridus Scopoli, 1772 (Hemiptera: Scutelleridae)». Ensaios e Ciência: C. Biológicas, Agrárias e da Saúde. 18 (4): 179-183. 2014. ISSN 2178-695X. doi:10.17921/1415-6938.2014v18n4p%25p. Consultado em 22 de dezembro de 2016  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  3. «Pachycoris torridus - Variação no padrão de cores e manchas». Mundo Biologia. Consultado em 22 de dezembro de 2016 
  4. a b «Nova Planta Hospedeira e Novos Padrões Cromáticos de Pachycoris torridus (Scopoli) (Hemiptera: Scutelleridae) no Brasil» (PDF). Neotropical Entomology. 33 (1): 109-111. 2004. Consultado em 22 de dezembro de 2016  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  5. Filho, Raul C. B.; Pratissoli, Dirceu; Nava, Dori E.; Monte, Fernanda G.; Guidoni, António L.; Polanczyk, Ricardo A. (2012). «Biologia de Pachycoris torridus (Hemiptera: Scutelleridae) em diferentes hospedeiros». Congreso Brasileiro de Entomologia, 24, 2012, Curitiba. SEB - 40 anos de avanços da Ciência Entomológica Brasileira. Curitiba: SEB 
  6. a b c «Ecology and behavior of Pachycoris torridus (Hemiptera: Scutelleridae): new host plant, color polymorphism, maternal care and parasitism» (PDF). Instituto de Ciências Biológicas - UFMG. Lundiana - International Journal of Biodiversity (em inglês). 6 (2): 107-111. 2005. ISSN 1676-6180. Consultado em 22 de dezembro de 2016  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  7. «Percevejo-do-pinhão-manso». Globo.com. 6 de janeiro de 2015. Consultado em 22 de dezembro de 2016. Este percevejo possui variações nas cores e manchas dos indivíduos. Geralmente, ele é negro ou marrom, com manchas que podem variar desde o amarelo ao vermelho. O padrão ocorre na quantidade de manchas, 8 no pronoto (parte dorsal do primeiro segmento do tórax) e 14 no escutelo (placa ou escama dérmica, em forma de escudo, também no tórax). 
  8. Pessôa, Diogenes do Nascimento; Sinimbu, Sebastião do Espírito Santo; Souza, Brígida de; Almeida, Elielson Lobo de (2009). «Controle biológico do percevejo Pachycoris torridus na cultura do pinhão manso em área experimental do grupo Agropalma no Município de Tailândia no estado do Pará» (PDF). Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos e Gorduras Biodiesel, 6., 2009. Montes Claros. Biodiesel: inovação tecnológica - anais. [S.l.]: UFLA. Consultado em 22 de dezembro de 2016 
  9. «Aspectos biológicos e morfológicos de Pachycoris torridus Scopoli, 1772 (Hemiptera: Scutelleridae) criados com pinhão-manso Jatropha curcas L., 1753, em laboratório» (PDF). Científica - Revista de Ciências Agrágrias. 40 (2): 156-163. 2012. ISSN 1984-5529. Consultado em 22 de dezembro de 2016  |coautores= requer |autor= (ajuda)
  10. Lima, A. da Costa (1928). «Nota sobre o Pseudotelenomus pachycoris (n.g., n.sp.) parasito dos ovos de Pachycoris torridus (Scop.).». Boletim 4o Museu Nacional. 4: 51-53. doi:10.5281/zenodo.24039