Papagaio-drácula

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O papagaio-drácula (Psittrichas fulgidus),[1][2] também conhecido como papagaio-vulturino[3] ou como papagaio-de-pesquet (tradução literal do seu nome em inglês, Pesquet's parrot),[4] é uma espécie de papagaio endêmica de áreas de florestas tropicais da Nova Guiné. Não deve ser confundido com a curica-urubu, que ocorre no Brasil.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O papagaio-drácula é um papagaio grande com um comprimento total de aproximadamente 46 cm e um peso de 680 a 800 g. Sua plumagem é predominantemente preta, com penas vermelhas brilhantes na barriga e nas asas, mostrando amplas barras vermelhas nelas quando em voo. Esse padrão de cores é o motivo do nome comum, pois é associado às roupas do personagem do Conde Drácula. O macho adulto tem uma mancha vermelha atrás do olho, que não é vista na fêmea adulta.[5] A cabeça preta, com a pele nua e o bico relativamente longo e em forma de gancho, levam a associação com o urubu (em inglês, vulture).

Comportamento[editar | editar código-fonte]

O papagaio-drácula é um frugívoro altamente especializado, alimentando-se quase exclusivamente de algumas espécies de figos, mas também foi relatado o consumo de flores e néctar. Ao menos em partes dos locais de ocorrência, é sazonalmente nômade em resposta à disponibilidade de frutas. A cabeça sem penas é uma possível adaptação para evitar a sujeira por frutas pegajosas.

Pouco se sabe sobre os hábitos de reprodução na natureza. Normalmente põe dois ovos em um ninho, feitos em cavidades de árvores grandes.

Geralmente é visto em pares ou grupos de até 20 indivíduos. Em voo, alterna entre o bater rápido das asas e planeios curtos.

Status[editar | editar código-fonte]

Suas penas são altamente valorizadas. Isso, combinado com os altos preços de aves comercializadas, resultou em caça excessiva. A perda de habitat também representa um problema para a preservação da espécie. Por essas razões, é avaliado como Vulnerável na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. O papagaio-drácula está listado no Apêndice II da CITES.

Referências

  1. COUTINHO, Flávio (29 de janeiro de 2020). «Papagaio-drácula: o equilíbrio perfeito entre perigo e beleza». Mega Curioso 
  2. clipping (28 de fevereiro de 2020). «Aparentemente, papagaios "Drácula" existem e podem ser os pássaros mais góticos do mundo». Ambientebrasil - Notícias. Consultado em 15 de junho de 2022 
  3. PAIXÃO, Paulo. Os nomes portugueses das aves de todo o mundo (PDF). Col: a separata, n.º 1, suplemento d’«a folha» n.º 66 2ª ed. ed. [S.l.: s.n.] ISSN 1830-7809 
  4. «Papagaio drácula: conheça essa ave exótica». Blog da Cobasi. 5 de outubro de 2021. Consultado em 15 de junho de 2022 
  5. Forshaw, Joseph M. (2006). Parrots of the World: An Identification Guide. [S.l.]: Princeton University Press. ISBN 0-691-09251-6 
  • Collar, NJ (1997). "Papagaio de Pesquet ( Psittrichas fulgidus )". P. 362 em: del Hoyo, J., Elliott, A. & Sargatal, J. eds. (1997). Manual das Aves do Mundo . Vol. 4. Sandgrouse to Cuckoos . Lynx Edições, Barcelona.ISBN 84-87334-22-9 .
  • Juniper, T. & Parr, M. (1998). A Guide to the Parrots of the World. Pica Press, East Sussex.ISBN 1-873403-40-2 .

Ligações externas[editar | editar código-fonte]