Parque das Águas (Juiz de Fora)

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Parque das Águas é um bairro[1] na cidade de Juiz de Fora,[2] Minas Gerais, Brasil, na região do bairro Monte Castelo,[3][4][5][6][7] Zona Norte[8][9][10][11][12][13].[14][15] Há uma encosta ligando este bairro ao Nova Germânia.[16] Em 2016, o Parque das Águas obteve a 9ª posição no ranking de bairros com maior número de mortes violentas entre 2011 e 2016, totalizando 12 mortes.[17] Em 2018, foi revelado que a CEMIG parou de enviar leituristas a uma das ruas do bairro, por serem ameaçados.[18]

O condomínio Minha Casa, Minha Vida do Parque das Águas fica o lado do condomínio Minha Casa, Minha Vida do Nova Germânia.[19]

Educação[editar | editar código-fonte]

Há no bairro a Escola Municipal Jovita de Montreuil Brandão,[20] inaugurada em 2014, que tem capacidade para 300 estudantes em 11 salas de aula.[21] Estão presentes no local sala de reforço escolar, refeitório, cozinha, biblioteca, área de convivência e quadra poliesportiva.[22]

Moradores do bairro compõem 90% dos estudantes da Escola Estadual Deputado Olavo Costa, no bairro Monte Castelo, a escola com pior desempenho no ENEM 2014 entre todas da cidade.[23] Os profissionais têm medo em dar aula na unidade, e por isto é difícil preencher vagas, há muita rotatividade, e também afastamentos/desligamentos.[23] As turmas do período noturno foram encerradas por motivos de segurança.[23] A infraestrutura deixa a desejar, sem laboratório e informática adequado, datashow, carteiras e ventiladores quebrados, e quadros velhos.[23] O modelo pedagógico do estado, que não recupera o aluno com deficit de aprendizagem, também desmotiva os professores.[23]

Minha Casa, Minha Vida[editar | editar código-fonte]

Um conjunto habitacional[24][25] de 565 casas, do programa Minha Casa, Minha Vida[26][27] e Prefeitura Casa Própria[28] foi entregue neste bairro em 2012, localizando-se na confluência com os bairros Monte Castelo, Borboleta e Caiçaras.[29] O terreno, que era da antiga Fazenda Santa Cândida, foi doado pela Prefeitura.[30] É o sexto condomínio Minha Casa, Minha Vida na cidade.[28] As casas possuem dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área externa, além de aquecedor solar (de água).[30] Possuem também falhas estruturais (indicado como o principal problema pelos moradores)[31],[27] como trincas nas paredes, entrada de água pelas laterais, e falta de pisos.[32] Esses problemas ficam mais óbvios quando chove, e levaram a Defesa Civil a declarar necessidade de revisão das obras (ainda em 2012),[33] e o Ministério Público Federal a ajuizar uma ação civil pública contra a Construtora Cherem, em 2015.[34] Há também falta de serviços básicos (telefonia fixa,[35] creches, escolas, unidades de saúde),[36] policiamento deficitário (o mais reclamado pelos moradores), e ocupação irregular (aluguel, venda, e invasão dos imóveis por pessoas não sorteadas).[27][37]

Foram constatados vícios de projeto, que não foi planejado para as condições topográficas do local onde as residências foram implantadas. Nas construções, há um vão de 12 cm entre a alvenaria e a cobertura que permite a passagem de vento e água. A água acumula sobre o forro, que é de PVC. Há casos onde o forro cedeu devido ao peso da água. O MPF concluiu que esses vícios têm ocasionado danos aos moradores como perdas de móveis e eletrodomésticos, além dos danos morais. Os moradores acreditam que estão realizando o sonho da casa própria e se veem na contingência de viver em moradias que não apresentam condições adequadas de habitação em época de chuva. Estão sujeitos até mesmo a problemas de saúde decorrentes da umidade e do contato com a água. [...] Houve lesão imaterial própria da coletividade, sobretudo ao acesso da população de baixa renda à moradia digna.
— Procurador da República Marcelo Borges de Mattos Medina[38]

O planejamento equivocado desses residenciais resultou nos problemas que temos presenciado. Hoje funciona como um depósito de gente, pessoas com diversidade cultural e ideológica muito vasta foram deslocadas para esses residenciais, sem ter havido um trabalho preparatório anterior. O Parque das Águas é um barril de pólvora, chega a ser desumano.

Secretário de Governo em 2013, José Soter de Figueirôa Neto.[36]

Os moradores são expulsos de suas casas por traficantes, que transformam as casas em bocas de fumo[29], esconderijos, e bares irregulares,[39] especialmente quando se trata de casas onde não moram homens, isto é, onde moram somente uma mãe com os filhos pequenos.[40] Apesar disto, por medo de represálias, os moradores preferem não denunciar os casos, e quando vão a uma delegacia, preferem não registrar a denúncia.[40]

A maior parte dos assassinatos acontecidos neste condomínio são relacionados com tráfico de drogas e brigas de gangues:[29] ao haver concessão dos imóveis para as famílias sorteadas, foram misturadas pessoas de bairros diferentes,[41] que compõem gangues rivais.[42][43]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ↑ «Adolescente é morto no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 9 de fevereiro de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um adolescente de 17 anos foi morto a tiros, na madrugada deste sábado (9), na Rua José Meireles, no Bairro Parque das Águas. 
  2. ↑ Juliana Netto (20 de novembro de 2015). «Jovem de 20 anos é executado dentro de carro no Parque das Águas». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um jovem de 20 anos foi morto a tiros por volta das 10h30 desta sexta-feira (20) na Rua José Meirelles, no Bairro Parque das Águas, Zona Norte de Juiz de Fora. 
  3. ↑ Sandra Zanella (28 de setembro de 2015). «Dupla em moto mata morador perto de bar no Parque das Águas». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um homem de 26 anos foi assassinado a tiros, na noite deste sábado (26), no Bairro Parque das Águas, na região do Monte Castelo, na Zona Norte de Juiz de Fora. 
  4. ↑ «Motoboy é rendido durante entrega no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 15 de abril de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um motoentregador de 24 anos foi assaltado, no início da madrugada desta segunda-feira, no Parque das Águas, na região do Monte Castelo, Zona Norte. 
  5. ↑ «Adolescente de 15 anos esfaqueia jovem no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 21 de fevereiro de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Na noite de quarta-feira (20), um adolescente, 15, foi apreendido por suspeita de desferir três golpes de estilete contra um homem, 24, em uma trilha no Parque das Águas, região do Monte Castelo. 
  6. ↑ Sandra Zanella (6 de fevereiro de 2017). «Morador é assassinado a tiros dentro de casa no Parque das Águas». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um homem de 25 anos foi morto a tiros dentro de casa, na madrugada desta segunda-feira (6), no Bairro Parque das Águas, na região do Monte Castelo, Zona Norte de Juiz de Fora. 
  7. ↑ «Polícia prende 4 por morte de jovem no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 28 de maio de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Os fatos aconteceram no Bairro Parques das Águas, na região do Monte Castelo, Zona Norte, no último dia 20. 
  8. ↑ «Após atropelamento, Kombi é apedrejada no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 30 de janeiro de 2014. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Uma Kombi, com placa de Belo Horizonte, foi apedrejada por um bando após o atropelamento de um ciclista, 15 anos, no final da tarde desta quarta-feira (29), no Parque das Águas, Zona Norte de Juiz de Fora. 
  9. ↑ «Homem armado assalta ônibus no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 25 de junho de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. O crime ocorreu às 20h15 na Rua Edith Machado Franck, no Bairro Parque das Águas, região Norte. 
  10. ↑ «Polícia investiga homicídio de adolescente no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 18 de abril de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. A 3ª Delegacia de Polícia Civil abriu inquérito nesta quinta-feira (18) para investigar o homicídio com requintes de crueldade de Leandro de Oliveira Amâncio, 14 anos, encontrado morto, no final da tarde de quarta-feira (17), amarrado em uma árvore em um matagal de difícil acesso, no Parque das Águas, na região do Monte Castelo, Zona Norte. 
  11. ↑ «Jovem é baleado na perna no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 6 de março de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um jovem de 18 anos foi alvejado na coxa esquerda por um suspeito em um Volkswagen Gol no Bairro Parque das Águas, Zona Norte de Juiz de Fora. 
  12. ↑ Guilherme Arêas (21 de julho de 2016). «Homem é morto com seis tiros no Parque das Águas». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Phelipe Carlos dos Reis, 24 anos, foi assassinado pouco antes das 16h30 de ontem, na esquina das ruas Maestro José Quirino com Sílvio Pereira Amaral, no Parque das Águas, na Zona Norte. 
  13. ↑ «Taxista é roubado após corrida para o Parque das Águas». Tribuna de Minas. 21 de setembro de 2017. Consultado em 10 de fevereiro de 2018. Um taxista foi assaltado na madrugada desta quinta-feira (21), no Bairro Parque das Águas, Zona Norte de Juiz de Fora. 
  14. ↑ «Homem é morto com 6 tiros no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 26 de setembro de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um homem de 32 anos foi assassinado com seis tiros de pistola, na noite de quarta-feira(25), no Parque das Águas, na região do Bairro Monte Castelo, Zona Norte. 
  15. ↑ Sandra Zanella (11 de abril de 2016). «Jovem é assassinado com tiros no Parque das Águas». Tribuna de Minas. Consultado em 10 de fevereiro de 2018. Um jovem de 22 anos morreu após ser alvejado por tiros, no fim da manhã desta segunda-feira (11), no Bairro Parque das Águas, na região do Monte Castelo, na Zona Norte. 
  16. ↑ «Descarte irregular de lixo no Parque das Águas e em Nova Germânia». Tribuna de Minas. 1 de outubro de 2015. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Lixo e resíduos da construção civil têm sido descartados de maneira irregular nas encostas dos residenciais Parque das Águas e Nova Germânia, na Cidade Alta. A Tribuna flagrou três pontos distintos situados entre os dois bairros, onde o abuso é recorrente. Em duas, das três situações, o lixo é depositado na encosta que liga as duas regiões. [...] No outro caso registrado pela reportagem, o descarte ocorre na estrada que dá acesso aos dois residenciais. 
  17. ↑ «Violência mata 154 em 2016». Tribuna de Minas. 8 de janeiro de 2017. Consultado em 11 de fevereiro de 2018 
  18. ↑ Michele Meireles (1 de fevereiro de 2018). «Insegurança compromete serviços da Cesama, da Cemig e dos Correios em áreas violentas». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. A Cemig, por sua vez, está deixando de enviar trabalhadores no Parque das Águas, pois estão sendo impedidos de realizar o trabalho por pessoas que os ameaçam. [...] A situação, segundo a companhia, se dá em uma rua, onde, há cerca de três meses, os leituristas estão sendo impedidos de entrar. Por meio de sua assessoria, a Cemig informou que os trabalhadores vêm sendo ameaçados no local, que não foi divulgado. A empresa afirmou que está em negociação para conseguir acessar a via. 
  19. ↑ «Crescimento sem infraestrutura». Tribuna de Minas. 27 de outubro de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. O loteamento Parque das Águas fica ao lado do Nova Germânia. 
  20. ↑ «Invasores deixam frase de ameaça em escola municipal no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 23 de outubro de 2017. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. A Escola Municipal Jovita de Montreuil Brandão, localizada no Bairro Parque das Águas, Zona Norte de Juiz de Fora, foi invadida e furtada durante o último final de semana. 
  21. ↑ Guilherme Arêas (17 de outubro de 2014). «Nova escola é inaugurada no Parque das Águas». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Apesar de as atividades educacionais já terem sido iniciadas, de forma parcial, foi oficialmente inaugurada ontem a Escola Municipal Jovita de Montreuil Brandão, no Residencial Parque das Águas, no Bairro Jardim Cachoeira, na Zona Norte. [...] Foram investidos aproximadamente R$ 3,4 milhões na instituição, que tem área construída de 1.781 metros quadrados e capacidade para 300 alunos. [...] A unidade conta com 11 salas de aula, sala de reforço escolar, refeitório, cozinha, biblioteca, área de convivência e quadra poliesportiva, incluindo plataforma elevatória para garantir a acessibilidade de alunos deficientes. 
  22. ↑ «Adolescentes invadem escola e fazem ameaças». Tribuna de Minas. 31 de outubro de 2014. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. A escola foi oficialmente inaugurada no dia 17 de outubro pelo prefeito Bruno Siqueira (PMDB), mas a unidade, reivindicação da comunidade, já estava em funcionamento desde setembro. O colégio conta com 11 salas de aula, sala de reforço escolar, refeitório, cozinha, biblioteca, área de convivência e quadra poliesportiva, incluindo plataforma elevatória para garantir a acessibilidade de alunos com deficiência.Foram investidos aproximadamente R$ 3,4 milhões na instituição, que tem capacidade para mais de 300 alunos por turno, e a meta é matricular estudantes desde a educação infantil até o quinto ano do ensino fundamental. 
  23. ↑ a b c d e «Sobram problemas e faltam investimentos». Tribuna de Minas. 25 de agosto de 2015. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. As cinco escolas de Juiz de Fora com menor desempenho na última avaliação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) são da rede estadual de ensino: Deputado Olavo Costa, São Vicente de Paulo, Estevão de Oliveira, Henrique Burnier e Governador Juscelino Kubitschek. [...] Na escola com pior desempenho no município no Enem, a Deputado Olavo Costa, no Monte Castelo, um professor de geografia abandonou a profissão após ser agredido por um aluno, em maio de 2013. Conforme a vice-diretora da unidade, Sirleia Baptista, há muitos pedidos de licenças para tratamento de saúde na instituição, além de rotatividade e dificuldade para preenchimento de vagas, já que parece haver um receio dos profissionais em lecionar na unidade. “Inclusive, fizemos um empenho para que as turmas do noturno acabassem. Estava se tornando inviável a vinda do professor para dar aula aqui à noite.” [...] “Cerca de 90% dos estudantes da escola são do Parque das Águas, e eles não têm muita identidade com a escola. Eles não têm a consciência do eu nasci aqui, fui criado aqui. Estamos tentando mostrar que a escola é deles, que são eles que têm que cuidar da escola”, disse Sirleia. [...] Conforme um professor da Escola Estadual Deputado Olavo Costa, no Monte Castelo, que preferiu ter o nome preservado, a infraestrutura da instituição desestimula os profissionais. “Não tem laboratório de informática montado. Parece que chegaram alguns computadores, mas a quantidade não supre a demanda. Não há ferramentas mínimas, como datashow. Têm muitas carteiras quebradas, ventilador quebrado, quadro velho. Isso causa desmotivação aos alunos e a nós. Ninguém quer trabalhar em ambiente assim.” O professor ainda critica o modelo pedagógico do estado, que, segundo ele, “não recupera o aluno que tem déficit de aprendizagem”. 
  24. ↑ Eduardo Valente (10 de janeiro de 2015). «Polícia apreende drogas e armas no Parque das Águas». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um jovem de 18 anos e um adolescente de 14 foram detidos na tarde deste sábado (10) no condomínio residencial Parque das Águas, Zona Norte, suspeitos de tráfico de drogas. 
  25. ↑ «Fogo destrói parte de casa no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 28 de janeiro de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um incêndio na madrugada desta segunda-feira (28) destruiu parcialmente uma casa no condomínio residencial Parque das Águas, na região do Monte Castelo, Zona Norte. 
  26. ↑ «Casas são desocupadas no Monte Castelo». Tribuna de Minas. 17 de agosto de 2012. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. O Parque das Águas faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo federal, sendo formado por 565 unidades. 
  27. ↑ a b c «Civil prende 4 por crimes no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 29 de maio de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. A ação foi proposta pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Julio Gasparette (PMDB), um dia após a Tribuna publicar reportagem denunciando o avanço da violência na área do conjunto habitacional do programa "Minha casa, minha vida". [...] Falta de serviços básicos, policiamento deficitário, falhas estruturais nos imóveis entregues, denúncias de ocupação irregular das casas do conjunto habitacional foram apontados como problemas pela comunidade às autoridades. [...] Entre os moradores, a principal solicitação é de mais policiamento. [...] Durante a visita das autoridades, a comunidade do Parque das Águas denunciou o aluguel, a venda e a invasão de casas por pessoas não contempladas pelo sorteio, além de problemas estruturais nos imóveis. [...] A maior parte dos moradores também reclama dos problemas estruturais. 
  28. ↑ a b «465 moradores recebem chaves». Tribuna de Minas. 1 de julho de 2012. Consultado em 11 de fevereiro de 2018 
  29. ↑ a b c «Homem de 22 anos é morto a tiros no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 16 de novembro de 2017. Consultado em 10 de fevereiro de 2018. Entregue em meados de 2012, o conjunto habitacional Parque das Águas, localizado na confluência dos bairros Monte Castelo, Caiçaras e Borboleta tem 565 casas. Conforme levantamento da Tribuna, desde que o condomínio foi criado, foram registrados pelo menos 13 assassinatos no local. Boa parte dos crimes teria ligação com brigas de gangues e tráfico de drogas. [...] A Tribuna acompanha os casos de invasão desde 2014. Em muitos deles, famílias denunciaram que foram expulsas de casa por traficantes, que estariam transformando os imóveis em bocas de fumo. 
  30. ↑ a b «PJF e Caixa sorteiam moradias». Tribuna de Minas. 20 de junho de 2012. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. As casas possuem dois quartos, sala, banheiro, cozinha e área externa, e contam com sistema de aquecimento solar de água. Ao todo, o Parque das Águas tem 565 moradias. 
  31. ↑ «Morre segunda vítima do período chuvoso». Tribuna de Minas. 13 de dezembro de 2012. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. A queixa da dona de casa é comum à maioria dos moradores, que alegam que o principal problema é a forma como as moradias foram erguidas. A dona de casa Maria Eva, que também reside na rua E, precisou colocar uma lona em cima do telhado para evitar que a água volte a entrar no imóvel. "A água caía tanto aqui, que parecia que nem tinha telhado. É um absurdo a forma como fizeram estas casas." 
  32. ↑ «Coluna 29 07:00:00-05-2013». Tribuna de Minas. 29 de maio de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. As reclamações recorrentes foram a segurança, trincas nas paredes, entrada de água pelas laterais em tempos de chuva forte, quarto e sala sem pisos. Além disso, chegaram também aos políticos denúncias de comercialização de moradias – proibida pela Caixa por um tempo – e êxodo de moradores em função da criminalidade. Foi dito aos vereadores que rivalidades de bairros foram transferidas para o local, deixando a população refém da insegurança. Por isso, a comunidade também clama por um posto policial. 
  33. ↑ «Mutuários vão à Justiça para rescindir contrato». Tribuna de Minas. 29 de dezembro de 2012. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Problemas também foram registrados, dessa vez pela Defesa Civil, no Parque das Águas, na região norte da cidade, onde estão localizadas 570 das 2.632 residências do programa federal entregues na cidade. No local, a Defesa Civil distribuiu no último dia 12 o total de 450 colchonetes, em função das perdas provocadas pelo temporal que atingiu, por meio de gotejamentos, a maior parte das casas. Boletim de ocorrência da Defesa Civil número 92-12/2012 descarta o risco de comprometimento da estrutura dos imóveis, mas aponta a necessidade de revisão nas obras de infraestrutura no entorno dos mesmos devido à falta de drenagem adequada e de contenção. A vistoria indica, ainda, falta de proteção na fiação elétrica, o que provoca risco de curto circuito e necessidade de fechamento de vão de 12 centímetros de altura entre a parede de alvenaria e o engradamento. 
  34. ↑ Marise Baesso (3 de fevereiro de 2015). «MPF denuncia construtora do 'Minha casa, minha vida'». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018 
  35. ↑ «Desestrutura urbana afeta milhares em Juiz de Fora». Tribuna de Minas. 3 de março de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. A ausência de serviços básicos, como telefonia fixa, é retratada em outros conjuntos, como Parque das Águas, Nova Germânia e Miguel Marinho. 
  36. ↑ a b «Anunciadas medidas para conter violência em residenciais». Tribuna de Minas. 14 de maio de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. No residencial do programa federal "Minha casa minha vida", construído na antiga Fazenda Santa Cândida, faltam serviços básicos, como unidade de saúde, escolas e creches, opções de lazer e projetos sociais. [...] "O planejamento equivocado desses residenciais resultou nos problemas que temos presenciado. Hoje funciona como um depósito de gente, pessoas com diversidade cultural e ideológica muito vasta foram deslocadas para esses residenciais, sem ter havido um trabalho preparatório anterior. O Parque das Águas é um barril de pólvora, chega a ser desumano. O Poder Público tem que tomar providências e vai tomar, principalmente para conter a violência, sobretudo a oriunda do tráfico de drogas e da violência doméstica", destacou o secretário de Governo, José Soter de Figueirôa Neto 
  37. ↑ «Autoridades apresentam plano diretor para o Parque das Águas». Tribuna de Minas. 28 de maio de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Falta de serviços básicos, policiamento deficitário, problemas estruturais nos imóveis entregues, denúncias de ocupação irregular das casas foram apontados pela comunidade às autoridades. 
  38. ↑ Guilherme Arêas (4 de fevereiro de 2015). «MPF denuncia construtores do 'Minha casa, minha vida'». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018 
  39. ↑ «Inquérito aponta 6 casas tomadas por criminosos». Tribuna de Minas. 22 de outubro de 2014. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Conforme Rolli, das residências onde famílias foram expulsas, três se transformaram em bocas de fumo e as outras três em bares. “Além da venda e consumo de drogas, as investigações apontaram que estes locais estão servindo de esconderijo para bandidos após os mesmos cometerem delitos”, afirmou. Conforme as apurações, nos bares, os criminosos “realizam festas regadas a bebidas e drogas para comemorar crimes que praticaram”. 
  40. ↑ a b «Famílias são expulsas de casa por traficantes». Tribuna de Minas. 11 de setembro de 2014. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Famílias moradoras de conjuntos habitacionais do “Minha casa, minha vida” em Juiz de Fora estariam deixando seus imóveis após sofrerem ameaças de traficantes. A situação denunciada no maior residencial do programa no município, o Parque das Águas, na Zona Norte, onde vivem 565 famílias, levou a Caixa Econômica Federal a solicitar ontem “providências urgentes” à Polícia Civil (ver fac-símile). [...] As informações são de que moradores teriam deixado seus imóveis para que fossem transformados em pontos de venda de drogas. [...] Na avaliação do delegado, “a situação é gravíssima. Os principais alvos são as famílias nas quais não há homens. Geralmente são casas onde residem só a mulher e filhos pequenos. Ao receber o pedido da Caixa ontem, Rodolfo Rolli abriu inquérito e comunicou o fato como violação de domicílio em um Registro de fatos policiais (Refap). A denúncia recebida pela Caixa dá conta de pelo menos um imóvel ocupado pelo tráfico e alerta “que outras unidades já foram tomadas e invadidas por traficantes e usuários”. [...] Apesar da gravidade dos registros, a polícia destaca a dificuldade na apuração dos casos, já que, por medo de represálias, muitos preferem manter a lei do silêncio, vendo, porém, o sonho da casa própria ser destruído. “Aqueles que vêm até aqui pedem anonimato e não oficializam a denúncia”, revelou Rolli, acrescentando que são investigados episódios de casas transformadas em bares, onde também estaria ocorrendo o comércio de entorpecentes. 
  41. ↑ «Território dominado pelo medo». Tribuna de Minas. 8 de março de 2014. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Ele cita, por exemplo, a região do Monte Castelo, onde houve a implantação do Bairro Parque das Águas. "Lá se encontram 565 casas, com pessoas oriundas de várias partes da cidade. Pessoas que, muitas vezes, não têm sentimento de pertencimento e vindas de áreas com histórico de rivalidade. Até que isso se acomode, que se configure como um bairro dentro da normalidade, demanda um certo tempo", observa o capitão, acrescentando: "Hoje a PM já consegue realizar trabalhos preventivos na região do Parque das Águas. No início, isso não era possível, pois eram ações só repressivas, porque problemas afloravam constantemente. Além disso, no local, há deficiência de posto médico, escola e área de lazer. Isso contribui para que as pessoas reivindiquem melhorias e se sintam excluídas, o que reflete na segurança pública." 
  42. ↑ «Homem é baleado em sequência de tiros no Parque das Águas». Tribuna de Minas. 15 de fevereiro de 2013. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. Um homem de 28 anos foi atingido durante os disparos de cerca de dez tiros, na manhã desta sexta-feira (15), no condomínio Parque das Águas, na região do Bairro Monte Castelo, Zona Norte. [...] A onda de assassinatos e tentativas de homicídio no loteamento tem assustado moradores. De acordo com a Polícia Militar, os crimes teriam ligação com brigas de gangues e tráfico de drogas. [...] Para o PM, a violência no loteamento pode estar relacionada a rivalidade entre moradores. "Houve mistura de grupos de diferentes bairros, e não houve estrutura para isso. O movimento de gangues tem crescido entre pessoas do mesmo conjunto habitacional e de outros bairros." 
  43. ↑ Michele Meireles (18 de setembro de 2017). «Polícia Civil cria força-tarefa para reduzir violência em condomínios da cidade». Tribuna de Minas. Consultado em 11 de fevereiro de 2018. “A meu ver, uma das coisas que causa tantos problemas é que famílias são colocadas nestes locais sem que seja feita uma triagem se pensando em seu endereço anterior. Por exemplo, se a pessoa já morava na Zona Norte, deveria ser selecionada para um condomínio da mesma região. Infelizmente, em Juiz de Fora temos gangues e disputa por tráfico de drogas. Quando se junta pessoas de gangues rivais ou que comandavam o tráfico em uma região, certamente, teremos problemas”, comentou. 
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