Pausânias (general)
| Pausânias | |
|---|---|
| Regente de Esparta | |
| Reinado | 479 a.C. – 470 a.C. |
| Antecessor(a) | Cleômbroto (regente) |
| Sucessor(a) | Plistarco |
| Dados pessoais | |
| Nascimento | ca. 515 a.C. Esparta |
| Morte | 470 a.C. (45 anos) Esparta |
| Herdeiro(a) | Plistóanex |
| Dinastia | Dinastia Ágida |
| Pai | Cleômbroto (regente) |
| Mãe | Theano |
| Ocupação | General |
| Filho(s) | Plistóanex, Cleomenes |
Pausânias (ca. 515 a.C. – 470 a.C.), filho de Cleômbroto (regente)[1], foi um general espartano, líder das forças gregas na Batalha de Plateias[1][2]. Posteriormente, foi acusado de trair os espartanos ao conspirar com Xerxes I, sendo condenado à morte e morrendo de inanição[2].
Vida
[editar | editar código]Nascido como membro da casa real dos Ágidas fora da linhagem direta pelo trono, foi filho do regente Cleômbroto (regente) e sobrinho de Leónidas I. Após a morte de Leônidas, tornou-se regente de seu filho Plistarco que a essa altura era jovem demais para exercer sua posição como rei.
Destacou-se militarmente por seu papel de liderança na Batalha de Plateias[3], evento fundamental para que os gregos contessem a segunda invasão persa no contexto das Guerras Médicas. Após esse evento, quando Esparta percebeu o aumento de influência ateniense na costa jônica, Pausânias foi enviado para lá.
Em 478 a.C., Pausânias foi acusado de conspirar junto a Xerxes I e foi convocado de volta à Esparta. Entre as acusações postas estava a de que após conquistar Bizâncio e Chipre, o líder espartano havia libertado prisioneiros próximos ao governante persa. A defesa de Pausânias foi a de que tais prisioneiros escaparam[4]. Outra acusasão foi a de que Pausânias havia trocado cartas com Xerxes oferecendo colaborar com a conquista do territórios gregos em troca da mão de uma de suas filhas. Contudo, por falta de provas Pausânias foi dispensado do julgamento, indo embora da cidade [4]. Posteriormente, Pausânias passou a ser acusado de oferecer liberdade a hilotas caso se somassem a revoltas sob seu comando bem como surgiram evidências sobre suas trocas de cartas com os persas - evidências que variam de acordo com o relato de Tucídides e Diodoro Sículo.
Na versão mais aceita, Pausânias havia escrito em sua carta para o rei persa que matassem o mensageiro após a entrega. Confrontado pelo mensageiro sobre isso, Pausânias se desculpou, porém sem saber que estava sendo ouvido pelos Éforos em plano tramado junto ao mensageiro. Ciente de sua situação, refugiou-se em um templo. Lá foi trancado e largado para morrer de inanição, sendo renegado até mesmo por sua própria mãe[5].

Família e árvore genealógica.
[editar | editar código]Ele nunca se tornou rei, mas seu filho Plistóanex sim, sucedendo Plistarco[1].
Árvore genealógica baseada nas Histórias (Heródoto)[6][7] e na Descrição da Grécia (Pausânias)[1]. Demais filhos de Anaxândrides omitidos por simplificação:
| Anaxândrides II | |||||||||||||||||||
| Leônidas I | Cleômbroto (regente) | ||||||||||||||||||
| Plistarco | Pausânias (general) | ||||||||||||||||||
| Plistóanex | |||||||||||||||||||
Referências
- ↑ a b c d Descrição da Grécia, 3.5.1, por Pausânias (geógrafo)
- ↑ a b Pausanias, por Cornelius Nepos
- ↑ Heródoto. Histórias.
- ↑ a b Tucídides. A guerra do Peloponeso.
- ↑ Diodóro. Biblioteca histórica, XI.
- ↑ Histórias (Heródoto), "Urânia", 8.71
- ↑ Histórias (Heródoto), "Calíope", 9.10