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Perânio, o Ibério

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Perânio
Morte 554
Nacionalidade Império Bizantino
Etnia Ibérica
Ocupação General
Religião Catolicismo

Perânio (em latim: Peranius; m. 554) ou Peranes,[1] conhecido como o Ibério, foi um príncipe georgiano do Reino da Ibéria e um comandante militar a serviço do Império Bizantino sob o imperador Justiniano (r. 527–565).

Soldo de Justiniano (r. 527–565)
Dracma de Cosroes I (r. 539–571)

De acordo com Procópio, foi o filho mais velho do rei ibérico Gurgenes.[2] Gurgenes pode ser identificado com Vactangue I da Ibéria (r. 447–522) das fontes georgianas; e Perânio pode ter sido seu irmão ao invés de seu filho como sugerido por Procópio.[3] Foi o pai de Pacúrio e tio de Fazas, dois outros generais do exército bizantino.[1][4] Perânio e sua família fugiram da opressão sassânida na Ibéria para Lázica nos anos 520. Colocaram-se sob proteção bizantina e partiram para Constantinopla[1][2] onde Perânio juntou-se ao exército imperial.[5][6]

Depois, em 535, foi nomeado tenente de Belisário na Guerra Gótica[5][6] e esteve em Roma quando os ostrogodos a sitiaram em 537-538. No cerco, defendeu a Porta Prenestina e liderou um ataque a partir da Porta Salária;[7] ele e o oficial Bessas fizeram os sitiantes se retirarem.[8] Em meados em 538, lançou um cerco em Urbeveto (Urbs Vetus; Orvieto) que caiu no começo de 539.[9] No início dos anos 540, foi transferido à fronteira oriental onde lutou contra forças do Império Sassânida. Em 543, junto dos oficiais Domencíolo, Justo, João e João, o Glutão, partiu à fortaleza de Fiso, próxima de Martirópolis, e depois à fronteira persa;[10] no mesmo ano estes oficiais invadiram Taraunitis e retornaram.[11][12]

Em 544, foi um dos comandantes que defendeu Edessa de um cerco persa.[13] O Cosroes I (r. 531–579), durante o cerco, ordenou a rendição de Perânio e Pedro, uma vez que eram vassalos sassânidas.[13] Quando um contingente persa sob Azaretes ameaçou invadir a cidade através de um dos portões, Perânio liderou reforços de soldados e cidadãos para o local e afastou o perigo.[14] Logo após o fim do cerco de Edessa, Perânio morreu de ferimentos graves sofridos numa queda de seu cavalo enquanto caçava.[15]

Referências

  1. a b c Bussell 2000, p. 358.
  2. a b Procópio de Cesareia, I.XII.
  3. Rogers 2012, p. 7.
  4. Martindale 1992, p. 959.
  5. a b Martindale 1980, p. 226-227.
  6. a b Bury 1958, p. 97.
  7. Procópio de Cesareia, V.XXIII.
  8. Procópio de Cesareia, I.XXII.
  9. Jacobsen 2009, p. 165.
  10. Martindale 1992, p. 990.
  11. Martindale 1992, p. 413.
  12. Procópio de Cesareia, II.XXV.
  13. a b Martindale 1980, p. 871.
  14. Bury 2007, p. 513.
  15. Martindale 1992, p. 989-990.
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Peranius», especificamente desta versão.
  • Bury, John Begnell (2007). H. B. Dewing, ed. History of the Wars: Books 1-2 (Persian War). Nova Iorque: Cosimo, Inc. ISBN 1602064458 
  • Bussell, Frederick William (2000). The Roman Empire: Essays on the Constitutional History from the Accession of Domitian (81 A.D.) to the Retirement of Nicephorus III (1081 A.D.), Volume 1. Clark, Nova Jérsei: The Lawbook Exchange, Ltd. ISBN 1584770821 
  • Jacobsen, Torsten Cumberland (2009). The Gothic War: Rome's final conflict in the West. Blackburn, Inglaterra: Westholme. ISBN 1594160848 
  • Martindale, John Robert; Arnold Hugh Martin Jones; J. Morris (1980). The Prosopography of the Later Roman Empire, Volume II: A.D. 395–527. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 978-0-521-20159-9 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8 
  • Rogers, Clifford J.; Kelly DeVries; John France (2012). Journal of Medieval Military History, Volume 10. Woodbridge, Sufolque: Boydell Press. ISBN 1843837471