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Porco canastra

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Porco canastra ou porco meia-perna é um tipo de suídeo surgido no Brasil de porte médio.[1]

Desde o descobrimento do Brasil, os portugueses trouxeram diversos porcos de diferentes tipos que foram deixados no país em diferentes regiões e lugares, no que tiveram que se adaptar e sobreviver, desenvolvendo-se por séculos, resultando nos animais atuais. O porco canastra é descendente de porcos de origem ibérica, possivelmente tendo como parente ou um ancestral em comum o famoso porco preto ibérico.[2][3]

Risco de extinção

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A raça já foi muito usada antigamente, mas assim como acontece com quase todas as raças de porcos nativas do Brasil, o porco canastra corre sério risco de extinção por conta que com a integração da agroindústria a partir de 1970, interessou-se em melhorar a suinocultura brasileira com a importação de porcos estrangeiros mais produtivos, prolíficos e de aptidão para carne, deste modo os porcos foram divididos em 3 tipos: carne, misto e banha.[4] Com a valorização de raças do tipo carne, a grande maioria dos porcos nativos - a exemplo do porco pirapetinga, porco canastrão e porco caruncho - perderam espaço por ser do tipo banha. O cruzamento com estas raças exóticas as usando em cruzamentos de absorção é outro fator que está extinguindo tais animais.[5][6]

Características

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O porco canastra é de aptidão para banha, porém tem um pernil longo e sua carne é considerada razoável.[7] Seu peso é de 120 quilos em média, mas há animais que rondam os 150 quilos.[8] São animais muito rústicos.[9]

Com a grande controvérsia a respeito do uso de gordura animal ou de gordura vegetal e suas consequências para a saúde humana que dominou a literatura científica nas últimas décadas, com recentes estudos indicando que a banha de porco não é prejudicial como se supunha antigamente com algumas pesquisas apontando que os óleos vegetais tem características que são prejudiciais a saúde, o mercado de banha de porco vem crescendo novamente aos poucos e raças produtoras de banha podem voltar a ser economicamente viáveis e importantes.[10][11][12]

Distribuição do plantel

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O porco canastra se encontra presente, principalmente, nas regiões no centro-oeste e sudeste do Brasil. Porém há ameaça de desaparecimento da espécie por cruzamento com raças exóticas.

Valor genético

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Um trabalho maior de seleção destes animais permitiria identificar a composição de seus genes e seu uso naquelas características consideradas vantajosas, aprimorando os próprios animais, outras raças ou a criação de novas raças adaptadas a diferentes finalidades ou biomas.[13]

Outras raças brasileiras de porcos

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Referências

  1. «Suinocultura – principais raças nacionais de suínos - SEBRAE MERCADOS». SEBRAE MERCADOS. 25 de setembro de 2014 
  2. «SUINOCULTURA - RAÇAS NACIONAIS». Scribd (em inglês). Consultado em 2 de outubro de 2018 
  3. «As Raças Brasileiras | Gestão no Campo». www.gestaonocampo.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2018 
  4. «Raças nativas são ameaçadas». Agência Multiciência. Consultado em 27 de setembro de 2018 
  5. «Porco canastra». www.sossuinos.com.br. Consultado em 3 de outubro de 2018 
  6. Rural, Compre (4 de maio de 2018). «Meio sangue, 3/4 ou 7/8, descomplicamos os cruzamentos». Compre Rural 
  7. Stephan, Luiz Antonio (16 de novembro de 2013). «+ DE 1700 RAÇAS DE SUINOS». RAÇAS DE SUINOS. Consultado em 3 de outubro de 2018 
  8. «Criação de suínos - Canastra». Ebah - materiais de estudos 
  9. http://www.sebrae-sc.com.br, SEBRAE-SC -. «Suíno caipira é opção para pequeno». Sebrae Santa Catarina. Consultado em 3 de outubro de 2018 
  10. «Cozinhar com banha de porco é MUITO melhor do que com óleo de girassol ou canola». VIX. 3 de janeiro de 2018. Consultado em 16 de outubro de 2018 
  11. Serra, Giselli (27 de fevereiro de 2018). «Banha de Porco: Benefícios, é Saudável, Tem Colesterol? - Bem Estar». Bem Estar 
  12. «Aliado no combate ao colesterol, óleo vegetal pode trazer prejuízos à saúde - Emais - Estadão». Estadão 
  13. «Raças nativas são ameaçadas». Agência Multiciência. Consultado em 27 de setembro de 2018