Saltar para o conteúdo

Portal:Arqueologia/Artigo em Destaque/Arquivo/Emirado de Creta

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A fortaleza veneziana de Heraclião, a capital do emirado, então chamada Chandax (em árabe: Rabade Ral-Handaque; castelo do fosso), construída três ou quatro séculos depois da saída dos sarracenos.

O Emirado de Creta, chamado Icritiche (Iqritich) ou Icrítia (Iqritiya) pelos árabes, foi um estado muçulmano que existiu na ilha de Creta, no mar Mediterrâneo, desde a década de 820 até à reconquista da ilha pelo Império Bizantino em 961. Creta foi conquistada por um grupo de exilados do Alandalus (Ibéria muçulmana) c.824 ou 827-828 e, rapidamente, estabeleceu um estado independente. Numerosas tentativas de retomar a ilha por parte dos bizantinos falharam de forma desastrosa e, durante os 135 anos da sua existência, o emirado foi um dos principais inimigos do Império Bizantino.

Creta encontrava-se numa posição estratégica para o controlo das rotas marítimas do Mediterrâneo Oriental e funcionava como uma base avançada e refúgio seguro para frotas de corsários do mundo muçulmano que saqueavam as costas do mar Egeu controladas pelos bizantinos. A história interna do emirado é mal conhecida, mas todos os registos apontam para uma prosperidade considerável advinda não só da pirataria, mas também de intenso comércio e da agricultura. O emirado chegou ao fim quando o futuro imperador Nicéforo II Focas lançou, contra ele, uma enorme campanha em 960-961.


Compartilhe: Compartilhe via Facebook Compartilhe via Google+ Compartilhe via Twitter