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O rei suevo Miro e São Martinho de Dume, representados num manuscrito de 1145 da obra Formula Vitae Honestae de Martinho. A publicação de Martinho foi originalmente dedicada ao rei Miro, em função da sua devoção à fé católica

O Reino Suevo, também denominado Reino da Galécia (em latim: Gallaecia/Galliciense Regnum), foi um reino pós-romano que existiu no noroeste da Península Ibérica entre o ano 411 e 585 e um dos primeiros reinos a separar-se do Império Romano. O reino foi fundado pelos Suevos, um povo de origem germânica que, no ano 409, invadiu a Península Ibérica juntamente com os Vândalos e os Alanos. Tendo ocupado inicialmente as regiões costeiras das províncias romanas da Galécia e do norte da Lusitânia e estabelecido a capital em Braga, o reino manteve a sua independência até 585, data em que foi anexado pelos Visigodos e convertido na sexta província do Reino Visigótico.

Ao longo do século V o reino inicia uma série de campanhas militares bem sucedidas na Península Ibérica. Em 419, Hermerico controlava toda a província da Galécia. Durante o reinado de Réquila os suevos conquistaram algumas das mais importantes cidades romanas, como Mérida (439), capital da Lusitânia, Mértola (440) e Sevilha (441), capital da Hispânia Bética. No entanto, em 456 os suevos são derrotados por um exército de federados enviado pelo imperador Ávito (r. 455–456). A execução do rei Requiário deu origem a uma crise de sucessão e guerra civil no reino suevo, em que duas facções competiram pelo trono. Em 460, Remismundo uniu as duas fações e tornou-se rei, tendo conquistado as cidades romanas de Conímbriga (468) e Lisboa (469). Praticamente não existem fontes documentais sobre a história do reino entre 470 e 550, intervalo que os historiadores denominam período obscuro.


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