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Oecusse (em tétum Oe-Kusi, significando "bilha de água") é um dos 13 distritos administrativos de Timor-Leste, o único que está separado do resto do país, constituindo um exclave de Timor-Leste. O território conta com perto de 60 mil habitantes e uma área de 815 km². Pante Macassar que, no tempo dos portugueses, tinha como denominação oficial Vila Taveiro, é a capital do distrito.

Oecusse — palavra composta com os nomes dos dois reinos originais que formam o atual distrito — foi o primeiro ponto da ilha de Timor em que os portugueses se estabeleceram, pelo que é usualmente considerado o berço de Timor-Leste. Em 1556, um grupo de frades dominicanos estabeleceu o primeiro povoado em Lifau, a meia dúzia de quilómetros de Pante Macassar. Em 1702, Lifau tornou-se capital do Timor Português ao receber o primeiro governador enviado por Lisboa, estatuto que manteve até 1767, quando os portugueses decidiram transferir a capital para Díli, como resultado das frequentes incursões dos holandesas. Em 1859, com o Tratado de Lisboa, Portugal e Países Baixos dividiram a ilha entre si, assegurando Oecusse como um enclave português no espaço holandês.

A invasão indonésia de Timor-Leste ocorreu em Oecusse uma semana antes de no resto do território. Contudo, mesmo sob ocupação indonésia, Oecusse continuou a ser administrado como parte de Timor Timur (designação dada à 27.ª província da Indonésia). Por conseguinte, aquando do reconhecimento da independência do novo Estado de Timor-Leste, em 2002, Oecusse tornou-se parte integrante da jovem república.

Para além das línguas oficiais do país, o tétum e o português, no distrito de Oecusse grande parte da população expressa-se em baiqueno.