Química bio-ortogonal

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A química bio-ortogonal trata das reações químicas que podem acontecer dentro de um organismo vivo sem alterar suas características químicas e os processos associados a elas. Como conceito o seu desenvolvimento é atribuído a, entre outros pesquisadores, a química americana Carolyn R. Bertozzi, que entre 1997 e 2004 trabalhou com a utilização desses mecanismos na tentativa de estudar determinadas biomoléculas e seu funcionamento.[1] Isso permite desenvolver uma variedade de aplicações práticas, com impactos, em especial, na área da saúde. Aliada à chamada química do clique, os procedimentos desenvolvidos podem gerar avanços na farmacêutica e na medicina em geral.[2] Um exemplo são os próprios trabalhos de Bertozzi com o glicano (molécula de açúcar), que permitiram visualizar e identificar quais células deveriam ser tratadas em um experimento, algo que permite aumentar a eficácia de um determinado medicamento ou terapia.[1][2]

A pesquisa rendeu a Bertozzi o Prêmio Nobel de Química de 2022, dividido com os cientistas responsáveis por desenvolver a química do clique.[3]

Esse campo de investigação leva esse nome em alusão à ortogonalidade, em uma extensão do sentido que tem na matemática.

Referências[editar | editar código-fonte]

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]

Artigo de Carolyn R. Bertozzi considerado um dos marcos do desenvolvimento na área:

SLETTEN, Ellen M.; BERTOZZI, Carolyn R. Bioorthogonal chemistry: fishing for selectivity in a sea of functionality. Angewandte Chemie International Edition, v. 48, n. 38, p. 6974-6998, 2009.