Rã-defumada-da-selva
Rã-defumada-da-selva | |
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Classificação científica | |
Domínio: | Eukaryota |
Reino: | Animalia |
Filo: | Chordata |
Classe: | Amphibia |
Ordem: | Anura |
Família: | Leptodactylidae |
Gênero: | Leptodactylus |
Espécies: | L. pentadactylus
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Nome binomial | |
Leptodactylus pentadactylus (Laurenti, 1768)
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A rã-defumada-da-selva[2] ou mãe-da-chuva[3] (nome científico: Leptodactylus pentadactylus) é uma espécie de anfíbio da família Leptodactylidae. Pode ser encontrada na Bolívia, Brasil, Peru, Equador, Colômbia e Guiana Francesa.[4] Os machos possuem em média 177 milímetros e as fêmeas 185. É diferenciada de outras espécies por possuírem dobras dorsolaterais e um par de glândulas lombares. Possuem os olhos e os tímpanos grandes. Sua cor varia entre o cinza e o vermelho amarronzado. Os girinos são grandes e alongados, atingindo os 83 mílimetros de comprimento.[5]
São encontrados próximos a pântanos e córregos de águas calmas, mas podem ser encontrados em áreas urbanas distantes de corpos d'água. Possuem hábitos noturnos, porém os mais jovens são diurnos, sendo encontrados sobre folhas. Durante o dia, os adultos se abrigam em tocas subterrâneas, no meio de raízes e em buracos no inferior das casas. Não há um consenso sobre qual é o seu período reprodutivo, se ele ocorre apenas em setembro, ou se decorre entre maio e novembro. Seu amplexo é axilar, com mil ovos sendo postos em um ninho de espuma, feita de esperma, secreções cutâneas, água e ar. Os girinos são extremamente resistentes a desidratação, podendo passar uma semana fora d'água. Sua dieta se baseia no consumo de artrópodes. É consumido por algumas pessoas na Amazônia.[5]
Dos onze pares de cromossomos presentes na espécie, seis deles são sexuais, sendo a espécie de vertebrado com o maior número desses cromossomos. Uma teoria para que haja tantos cromossomos é a de que a espécie faz parte de um grande complexo específico e de que houve vários rearranjos cromossômicos durante o seu processo evolutivo.[6][7]
Nomes vernáculos
[editar | editar código-fonte]- Língua kwazá[3]: huwa
- Língua arikapú[8]: pupu
- Língua jabuti (djeoromitxí)[8]: ɸuɸu
Referências
- ↑ Heyer, R.; Azevedo-Ramos, C.; Coloma, L.A.; Ron, S.R. (2008). «Leptodactylus pentadactylus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2008: e.T57154A11593184. doi:10.2305/IUCN.UK.2008.RLTS.T57154A11593184.en. Consultado em 16 de novembro de 2021
- ↑ Frost, D.R. (2014). «Leptodactylus pentadactylus». Amphibian Species of the World: an Online Reference. Version 6.0. American Museum of Natural History, New York, USA. Consultado em 14 de novembro de 2014
- ↑ a b Manso, Laura Vicuña Pereira. 2013. Dicionário da língua Kwazá. Dissertação de mestrado. Guajará-Mirim: Universidade Federal de Rondônia. (PDF).
- ↑ Heyer, R.; Azevedo-Ramos, C.; Coloma, L.A.; Ron, S. (2008). Leptodactylus pentadactylus (em inglês). IUCN 2014. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2014. Página visitada em 14 de novembro de 2014..
- ↑ a b «Leptodactylus pentadactylus» (em inglês). Amphibiaweb. Consultado em 13 de fevereiro de 2018
- ↑ «Amphibian News!» (em inglês). Amphibiaweb. Consultado em 13 de fevereiro de 2018. Cópia arquivada em 13 de fevereiro de 2018
- ↑ Gazoni, T.; Haddad, C. F. B.; Narimatsu, H.; Cabral-de-Mello, D. C.; Lyra, M. L.; Parise-Maltempi, P. P. (26 de janeiro de 2018). «More sex chromosomes than autosomes in the Amazonian frog Leptodactylus pentadactylus» [Mais cromossomos sexuais que autossômicos no sapo amazonense Leptodactylus pentadactylus]. Chromosoma. ISSN 1432-0886. PMID 29372309. doi:10.1007/s00412-018-0663-z. Consultado em 4 de abril de 2018.
Males exhibited an astonishing stable ring-shaped meiotic chain composed of six X and six Y chromosomes. The number of sex chromosomes is larger than the number of autosomes found, and these data represent the largest number of multiple sex chromosomes ever found among vertebrate species.
- ↑ a b Nikulin, Andrey. 2020. Proto-Macro-Jê: um estudo reconstrutivo. Tese de Doutorado em Linguística, Universidade de Brasília.