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Raimundo de Farias Brito: diferenças entre revisões

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:''a consciência é Deus percebido.''
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== Obras ==


A obra filosófica de Farias Brito compõe-se de duas trilogias:
A obra filosófica de Farias Brito compõe-se de duas trilogias:

Revisão das 12h45min de 23 de fevereiro de 2012

Ficheiro:Raimundo de Farias Brito.jpg
Farias Brito (1862-1917), escritor e filósofo brasileiro.

Raimundo de Farias Brito (São Benedito- Ceará, 24 de julho de 1862Rio de Janeiro, 16 de janeiro de 1917) foi um escritor e filósofo brasileiro, sendo considerado como um dos maiores nomes do pensamento filosófico do país e autor de uma das mais completas obras filosóficas produzidas originalmente no Brasil, em que identificou os planos do conhecimento e do ser, voltando dogmaticamente à metafísica tradicional, de caráter espiritualista. Era também maçom. Em homenagem a esse grande filósofo, nomeou-se o colégio Farias Brito, fundado por Ari de Sá Cavalcante, no antigo Colégio São João, em Fortaleza Ceará

Vida

Filho de Marcolino José de Brito e Eugênia Alves de Farias, fez seus primeiros estudos na cidade de Sobral, todavia, devido à seca, teve de mudar-se com a família para Fortaleza, onde completou o curso secundário no Liceu do Ceará. Formou-se em direito na Faculdade de Direito do Recife, onde foi aluno de Tobias Barreto, obtendo o título de Bacharel em 1884.

Atuou como promotor e, por duas vezes, como secretário no governo do estado do Ceará. Mais tarde transferiu-se para o estado do Pará, onde lecionou na Faculdade de Direito de Belém do Pará (1902-1909) e trabalhou como advogado e promotor. Tido como autor de prestígio, mudou-se para o Rio de Janeiro (1909) e venceu o concurso para a cátedra de lógica do Colégio Pedro II. Mas, à época, a lei previa que o Presidente da República escolheria o catedrático entre os dois primeiros classificados no concurso. Graças à intercessão de amigos, o segundo colocado, Euclides da Cunha, foi nomeado. Porém, este último foi alvo de occisão num crime passional, tendo exercido o magistério durante poucos dias no Pedro II. Assim, com a morte do autor dOs Sertões, Farias Brito acabaria ocupando o cargo em questão, exercendo-o pelo resto da vida. É patrono da cadeira número 31 (trinta e um) da Academia Cearense de Letras.

Filosofia

Muito religioso, em suas primeiras obras criticou a filosofia da época, a seu ver dissolvente, propondo-se a combater o materialismo, a teoria da evolução e o relativismo, pregando um Deus como um princípio que explica a natureza e serve de base ao mecanismo da ordem moral na sociedade. Nas obras seguintes evoluiu para um espiritualismo mais pronunciado, abandonando o naturalismo inicial.

O pensamento do filósofo poderia ser resumido nas seguintes palavras:

Há pois a luz, há a natureza e há a consciência.
A natureza é Deus representado, a luz é Deus em sua essência e
a consciência é Deus percebido.

kananda

A obra filosófica de Farias Brito compõe-se de duas trilogias:

  • Finalidade do mundo
A Filosofia como Atividade Permanente do Espírito (1895)
A Filosofia Moderna (1899)
Evolução e Relatividade (1905)
  • Ensaios sobre a Filosofia do Espírito
A Verdade como Regra das Ações (1905)
A Base Física do Espírito (1912)
O Mundo Interior (1914)

Curiosidades

  • Para homenageá-lo, a localidade cearense de Quixará passou a ser a cidade denominada Farias Brito
  • Na capital cearense, há a rede de ensino particular Farias Brito, que homenageia o primeiro grande filósofo do Brasil. Esta entidade atua nos Ensinos Fundamental, Médio e Superior e, seguindo os ideais de seu patrono, ensina Filosofia a partir da 1ª série do Ensino Fundamental, quando seus alunos aprendem filosofia antes de saberem ler.

Ver também

Ligações externas

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