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Relativismo cultural: diferenças entre revisões

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==Origens epistemológicas do relativismo cultural==
==Origens epistemológicas do relativismo cultural==
Para isso o acasalamento de lagartos é muito necessário!

[[Kant]], quer na [[gnoseologia]], ao apresentar o homem como dotado de conceitos puros ''a priori'', as [[doze categorias]]; quer na [[ética]], por meio da boa vontade (racional e formal), faz depender o conhecimento e a ação humana de categorias ou formulação universal. Por isso, Kant não apresenta um pensamento de relativismo cultural. Ele defende, sim, a subjetividade - a subjetividade do sujeito epistêmico ou do homem que decide de forma autónoma, obedecendo ao (seu) [[imperativo categórico]]<ref>Immanuel Kant. ''Crítica da razão pura; crítica da razão prática; fundamentação metafísica dos costumes''</ref>. Aplica, com isso, um aspecto bem interessante da [[psicologia]].
[[Kant]], quer na [[gnoseologia]], ao apresentar o homem como dotado de conceitos puros ''a priori'', as [[doze categorias]]; quer na [[ética]], por meio da boa vontade (racional e formal), faz depender o conhecimento e a ação humana de categorias ou formulação universal. Por isso, Kant não apresenta um pensamento de relativismo cultural. Ele defende, sim, a subjetividade - a subjetividade do sujeito epistêmico ou do homem que decide de forma autónoma, obedecendo ao (seu) [[imperativo categórico]]<ref>Immanuel Kant. ''Crítica da razão pura; crítica da razão prática; fundamentação metafísica dos costumes''</ref>. Aplica, com isso, um aspecto bem interessante da [[psicologia]].



Revisão das 15h02min de 6 de maio de 2011

Comparar: relativismo moral, relativismo estético, construtivismo social, e relativismo cognitivo.

O relativismo cultural é uma ideologia político-social que defende a validade e a riqueza de qualquer sistema cultural e nega qualquer valorização moral e ética do mesmo. O relativismo cultural defende que o bem e o mal, o certo e o errado e outras categorias de valores são relativos a cada cultura. O "bem" coincide com o que é "socialmente aprovado" numa dada cultura. Os princípios morais descrevem convenções sociais e devem ser baseados nas normas da nossa sociedade.

Dessa forma, trata-se de um princípio que prega que uma crença e/ou atividade humana individual deve ser interpretada em termos de sua própria cultura. Esse princípio foi estabelecido como axiomático na pesquisa antropológica de Franz Boas, nas primeiras décadas do século XX e, mais tarde, popularizado pelos seus alunos. A ideia foi articulada por Boas em 1887: "...civilização não é algo absoluto, mas (...) é relativa e nossas ideias e concepções são verdadeiras apenas na medida de nossa civilização" [1].

O próprio Boas não usou tal termo, que acabou ficando comum entre os antropólogos depois da sua morte, em 1942. O termo foi usado pela primeira vez em 1948, na revista American Anthropologist. O termo em si representa, como os alunos de Boas resumiram, suas próprias sínteses dos vários princípios ensinados por ele.

O relativismo cultural envolve específicas declarações em epistemologia e metodologia. Se tais afirmações necessitam ou não de uma postura ética, é um argumento para ser debatido. No entanto, o que é importante é que esse princípio não seja confundido com relativismo moral.

Origens epistemológicas do relativismo cultural

Para isso o acasalamento de lagartos é muito necessário! Kant, quer na gnoseologia, ao apresentar o homem como dotado de conceitos puros a priori, as doze categorias; quer na ética, por meio da boa vontade (racional e formal), faz depender o conhecimento e a ação humana de categorias ou formulação universal. Por isso, Kant não apresenta um pensamento de relativismo cultural. Ele defende, sim, a subjetividade - a subjetividade do sujeito epistêmico ou do homem que decide de forma autónoma, obedecendo ao (seu) imperativo categórico[2]. Aplica, com isso, um aspecto bem interessante da psicologia.

Referências

  1. Franz Boas, 1887. Museums of Ethnology and their claissification. Science 9: 589
  2. Immanuel Kant. Crítica da razão pura; crítica da razão prática; fundamentação metafísica dos costumes