Rodelinda
Rodelinda | |
---|---|
Rainha lombarda | |
Reinado | 546/547—560 |
Antecessor(a) | Salinga |
Sucessor(a) | Clodosvinda |
Nascimento | século VI |
Morte | janeiro de 563 |
Cônjuge | Audoíno |
Descendência | Alboíno |
Dinastia | dos Amalos |
Pai | Hermanfredo |
Mãe | Amalaberga |
Religião | paganismo berbere |
Rodelinda foi uma nobre que viveu na século VI, conhecida por ser a esposa do rei Audoíno (r. 546–560) e mãe do rei Alboíno (r. 560/565–572). Sua origem é incerta, embora provavelmente seja a irmã de nome desconhecido de Amalafredo e portanto filha do turíngio Hermanfredo com a ostrogoda Amalaberga, a sobrinha do rei Teodorico, o Grande (r. 474–526). Apesar disso, ela também é identificada como uma possível princesa bávara.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Rodelinda foi a esposa do rei Audoíno (r. 546–560) e mãe do rei Alboíno (r. 560/565–572).[1][2] Ela foi a primeira esposa de Audoíno, regente do infante Valtário de 540 a 546/547 e rei em seu próprio direito de 546/547 até data incerta após 552, e deu-lhe um filho, seu sucessor Alboíno.[3] Por ela ser citada pelo nome somente na obra de Paulo, o Diácono, suas origens são incertas.[1]
O historiador Procópio de Cesareia cita um arranjo matrimonial entre Audoíno e um desconhecida irmã de Amalafredo, um príncipe de linhagem mista ostrogótica e turíngia. Segundo ele, as bodas foram organizadas pelo imperador bizantino Justiniano (r. 527–565) entre 540 e 552, e esta mulher desconhecida poderia ser a Rodelinda citada por Paulo, o Diácono; os autores da Prosopografia do Império Romano Tardio questionam a veracidade do casamento. Uma outra dificuldade é que em 552, Alboíno já era um guerreiro. A Prosopopeia considera que o casamento entre Audoíno e Rodelinda ocorreu nos anos 530.[3][4]
Outros estudiosos tendem a aceitar a identificação, observando sua importância ao ligar os reis lombardos com a linhagem real dos Amalos, dos ostrogodos. Tal casamento teria dado a Audoíno a legitimidade para herdar os tronos ostrogodo e turíngio, o último em particular como Audoíno já era meio-irmão dos último rei turíngio, então o colocado em oposição aos francos que haviam tomado a maioria das terras dos turíngios.[5][6] Apesar disso, há autores que preferem sugerir interpretações diversas, como István Boná: segundo ele, Rodelinda era provavelmente uma princesa bávara distinta da princesa turíngia com a qual Audoíno casou-se depois.[7]
Referências
- ↑ a b Martindale 1992, p. 1089.
- ↑ Jarnut 1995, p. 19.
- ↑ a b Martindale 1992, p. 152-153.
- ↑ Amory 2003, p. 462.
- ↑ Schutz 2001, p. 79.
- ↑ Curta 2001, p. 191.
- ↑ Boná 1976, p. 25.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Amory, Patrick (2003). People and Identity in Ostrogothic Italy. 489 - 554. [S.l.]: Cambridge University Press
- Boná, István (1976). A l'aube du Moyen Age: Gépides et Lombards dans le bassin des Carpates. Budapeste: Corvina Press. ISBN 963-13-4494-0
- Curta, Florin (2001). The Making of the Slavs: History and Archaeology of the Lower Danube Region, c. 500 – 700. Cambridge: Cambridge University Press. ISBN 0-521-80202-4
- Jarnut, Jörg (1995). Storia dei Longobardi. Turim: Einaudi. ISBN 88-06-13658-5
- Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20160-8
- Schutz, Herbert (2001). Tools, Weapons and Ornaments: Germanic Material Culture in Pre-Carolingian Central Europe, 400 – 750. Leida: Brill. ISBN 90-04-12298-2