São Remo
São Remo é uma favela da zona oeste do município de São Paulo, localizada em um terreno invadido há 40 anos[quando?] ao lado da Cidade Universitária Armando Salles de Oliveira, o principal campus da Universidade de São Paulo (USP). O assentamento informal fica no distrito do Butantã, na divisa com Rio Pequeno, e tem cerca de 2,3 mil casebres, ocupados por 6 mil pessoas.[1]
A comunidade São Remo tem suas origens na entre as décadas de 1960 e 1970, quando diversos trabalhadores migraram do Nordeste brasileiro com suas famílias para trabalhar na construção das faculdades da USP. Após a construção das faculdades, os trabalhadores permaneceram nos alojamentos criados pela empresa que administrava as obras. Estes alojamentos se tornaram o embrião do que hoje é a favela.[2]
Grande parte dos moradores trabalha na universidade, tanto como funcionários efetivos quanto como terceirizados. Desde meados dos anos 1990, a USP desenvolve vários projetos de atendimento à comunidade, como iniciativas e projetos de urbanização.[1] Em 2019, o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo iniciou um recenseamento na comunidade, visando levantar informações mais precisas sobre as características do bairro e dos seus moradores. Além de São Remo, o Jardim Keralux e a Vila Guaraciaba, localizados próximos ao Campus Leste da Universidade, também passaram pelo censo.[3][4]
A comunidade ainda apresenta diversos problemas estruturais, como falta de saneamento básico adequado, manutenção de ruas e vielas, iluminação pública, ausência de equipamentos sociais, como creches, escolas, hospitais, além de não contar com patrulhamento policial frequente. Casos de violência urbana,[5] além de narcotráfico, também são registrados na favela.[6]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ a b Dennis de Oliveira (julho de 2007). Revista PJ:Br, ed. «Práxis jornalística em contextos de cultura popular: A experiência do jornal Notícias do Jardim São Remo». Consultado em 8 de outubro de 2015
- ↑ ROCHA, Mariana Machado (2016). Quando a favela é extensão da universidade: o Programa Avizinhar em meio às relações entre a USP e a São Remo (PDF) (Tese de Mestrado). Universidade de São Paulo. pp. 27–29,35. doi:10.11606/D.48.2016.tde-01112016-105256. Consultado em 27 de Dezembro de 2022
- ↑ https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/visita-que-ajuda-a-transformar-as-comunidades,d83287d8abb8fcb981cec8c4ba8f5d668htvek98.html
- ↑ http://www.iea.usp.br/pesquisa/catedras-e-convenios/catedra-olavo-setubal-de-arte-cultura-e-ciencia/censo-jardim-sao-remo-jardim-keralux-e-vila-guaraciaba-1/copy_of_censo-comunidades
- ↑ G1, ed. (31 de janeiro de 2015). «Engenheiro é vítima de sequestro-relâmpago na Cidade Universitária». Consultado em 8 de outubro de 2015
- ↑ O Estado de S. Paulo, ed. (6 de agosto de 2010). «Polícia desarticula tráfico de drogas em favela atrás da USP». Consultado em 8 de outubro de 2015