Sítio arqueológico de Quinta Nova

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Sítio arqueológico de Quinta Nova
Tipo Vários vestígios
Geografia
País Portugal Portugal
Localidade Ferreira do Alentejo
Coordenadas 38° 2' 7.78" N 8° 15' 18.7" O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Sítio arqueológico de Quinta Nova é uma zona onde foram encontrados vários vestígios romanos e de outros períodos, situada entre as povoações de Aldeia de Ruins e Canhestros, no concelho de Ferreira do Alentejo, em Portugal.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O sítio arqueológico está disperso por vários locais aproximados, numa zona de planície entre a Aldeia de Ruins e Canhestros.[1]

O Vale da Quinta Nova consiste num poço, provavelmente de origem romana, onde foi encontrada cerâmica comum, de armazenamento (dolia), e de de construção (tégulas, ímbrices e later), fragmentos de ânforas produzidas na Lusitânia, sete fragmentos de terra sigillata hispânica, restos de comida como moluscos e ossos, um machado de pedra polida, e uma haste de metal, talvez de cobre.[1] O Vale da Quinta Nova 1 é um casal rústico situado numa elevação perto da foz do Barranco da Chaminé na Ribeira de Canhestros, onde foram recolhidos restos de cerâmica comum e de construção, como tégulas, um instrumento de pedra polida, e vestígios de uma indústria lítica lascada.[2] Também descobertos blocos de pedra, em xisto e noutros materiais, que podem ter feito parte de antigos edifícios.[2] O Vale da Quinta Nova 2 é outro casal rústico, situado no topo de uma pequena cumeada, onde foram vistos vários fragmentos de cerâmica comum, incluindo vidrada e de construção.[3] O Vale da Quinta Nova 3 foi identificado como um habitat, tendo sido recolhidos vestígios de indústria lítica, e de cerâmica comum, além de tégulas.[4] Finalmente, a Quinta Nova 5 é outro casal rústico, situado num local baixo, onde também foram recolhidos fragmentos de cerâmica romana.[5]

História[editar | editar código-fonte]

Segundo o espólio encontrado no poço, terá sido utilizado a partir do Século II d. C.[1] Foram feitas pesquisas arqueológicas no poço em 2002, no âmbito do programa da 2ª fase do bloco de rega de Odivelas.[1] Também no âmbito do programa de rega, foram feitos trabalhos de levantamento no Vale da Quinta Nova 1 em 1999, onde foram encontrados materiais dos períodos neo-Calcolítico, romano e da Idade Média.[2] Por seu turno, o Vale da Quinta Nova 2 poderá ter sido ocupado desde o período medieval até ao moderno,[3] enquanto que o Vale da Quinta Nova 3 tem vestígios das épocas romana e medieval,[4] e a Quinta Nova 5 apenas tem vestígios romanos.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d «Vale da Quinta Nova». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 17 de Junho de 2019 
  2. a b c «Vale da Quinta Nova 1». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 17 de Junho de 2019 
  3. a b «Vale da Quinta Nova 2». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 17 de Junho de 2019 
  4. a b «Vale da Quinta Nova 3». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 17 de Junho de 2019 
  5. a b «Quinta Nova 5». Portal do Arqueólogo. Direcção-Geral do Património Cultural. Consultado em 17 de Junho de 2019 


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