Saúde na Jordânia

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A expectativa de vida na Jordânia era de 74 anos em 2017. 99% da população da Jordânia têm acesso a água potável e saneamento básico, apesar do país ser um dos mais pobres do mundo em recursos hídricos. Havia em 2004, 203 médicos por 100 mil pessoas, uma proporção que é comparável a muitos países desenvolvidos e também consideravelmente alta para um país que ainda está em desenvolvimento.[1][2][3][4]

De acordo com estimativas de 2018, a taxa de prevalência do HIV na Jordânia, é praticamente 0%, porém o governo jordaniano tem aplicado nos últimos anos medidas impactantes para o combate da AIDS no país; tanto profissionais da área da saúde como hospitais, são obrigados a relatar o governo quando algum indivíduo registra o HIV. Os estrangeiros considerados seropositivos são sumariamente deportados, independentemente das consequências para a sua saúde e segurança e proibidos de regressar para sempre no país; para trabalhar no setor público, um teste que confirme que o indivíduo não é portador do HIV, também é necessário. De acordo com um relatório do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas, a Jordânia é considerada livre de malária desde 2001; os casos de tuberculose diminuíram pela metade durante a década de 1990, mas a tuberculose continua sendo um problema no país; o mesmo também teve um breve surto de gripe aviária em março de 2006. As doenças não transmissíveis, como o câncer, também são um grande problema de saúde na Jordânia. As taxas de imunização infantil aumentaram significativamente nos últimos 15 anos; em 2002, as imunizações, especialmente com vacinas, totalizaram mais de 95% das crianças menores de cinco anos.[5][6][7]

Assistência médica[editar | editar código-fonte]

Hospital universitário da Universidade Jordaniana de Ciência e Tecnologia.

A Jordânia tem um sistema de saúde notavelmente avançado. Apesar de tudo isto, permanece o fato de que a qualidade de atendimento em vários hospitais públicos e clínicas em regiões mais isoladas do país e também em seu interior é lamentavelmente baixo e os serviços continuem altamente concentrados em sua capital, Amã. Os números do governo estimam os gastos totais com saúde em 2002 em cerca de 7,5% do produto interno bruto, enquanto as organizações internacionais de saúde colocam esse número ainda mais alto, em aproximadamente 9,3% do PIB. A Jordânia foi classificada pelo Banco Mundial como o fornecedor número um de turismo médico na região árabe e entre os 5 melhores do mundo, além de ser o principal destino de turismo médico no Oriente Médio e Norte da África.[8][9][10]

O sistema de saúde do país é dividido igualmente tanto entre inciativas privados como públicas. No setor público, o Ministério da Saúde jordaniano opera 1.245 centros de atenção primária e 27 hospitais, respondendo por 37% de todos os leitos hospitalares do país; o Royal Medical Services administra 11 hospitais, fornecendo 24% de todos os leitos; e o Jordan University Hospital responde por 3% do total de leitos no país. Em resumo, o setor privado fornece 36% de todos os leitos hospitalares, distribuídos em 56 hospitais.[5]

Prontuário eletrônico de saúde[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Prontuário Eletrônico

Em 2009, o governo jordaniano tomou uma decisão estratégica para enfrentar o custo e a baixa qualidade em seu sistema de saúde, investindo em uma infraestrutura nacional de um prontuário eletrônico de saúde eficaz. Após um período de consulta e de investigações detalhadas, o governo do país adotou o sistema prontuário eletrônico de saúde VistA EHR, usando na Administração de Saúde dos Veteranos dos Estados Unidos. Segundo o governo da Jordânia, ele era um sistema empresarial comprovado em escala nacional, capaz de se expandir para centenas de hospitais e milhões de pacientes. Em 2010, três dos maiores hospitais do país entraram em operação com o VistA EHR. Prevê-se que todas as novas implantações hospitalares com base nesta versão 'premium' exigirão menos de 20% de esforço e dos custos originais, permitindo uma rápida cobertura nacional. A implementação do VistA EHR foi estimada em 75% menos custo do que era previamente gasto; o mesmo está diretamente relacionado à redução de custos de configuração, customização, implementação e suporte. Quando concluído, crê-se que a Jordânia será o país do mundo com uma rede nacional única e abrangente de prestação de serviços de saúde eletrônicos para cuidar de toda a população do país em uma única rede eletrônica de mais de 850 hospitais e clínicas.


Cerca de 70% dos jordanianos tinham seguro médico em 2007; o governo jordaniano planejava atingir 100% em 2011. No entanto, em 2017, o Conselho Nacional de Saúde informou que a cobertura do seguro de saúde ainda estava estacada em 70%.[11]

O King Hussein Cancer Center é o único centro especializado em tratamento de câncer no Oriente Médio. É uma das melhores instituições de tratamento de câncer no mundo, atraindo pacientes de todo lugar, até mesmo do ocidente.[12]

Turismo médico[editar | editar código-fonte]

Em 2008, cerca de 250 mil pacientes buscaram tratamento médico na Jordânia; entre esses pacientes, estavam incluídos iraquianos, palestinos, sudaneses, sírios, cidadãos do Conselho de Cooperação do Golfo, estadunidenses, canadianos e egípcios. A Jordânia gerou cerca de US$1 bilhão por conta do turismo médico apenas em 2008.

A Jordânia é um destino emergente para o turismo médico; a receita gerada a partir de 2007 por conta do setor, superou pela primeira vez US$1 bilhão. Os custos no país pode ser classificados muito baixos; quase 25% a menos do que nos Estados Unidos.[8]

Referências

  1. Human development index. undp.org
  2. «Jordan | Data». data.worldbank.org 
  3. «WHO | Jordan». WHO 
  4. «WDI - Home». datatopics.worldbank.org. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  5. a b Jordan country profile. Library of Congress Federal Research Division (September 2006). This article incorporates text from this source, which is in the public domain.
  6. «VIH/SIDA - taxa de incidência da população adulta por país - Mapa Comparativo entre Países - Mundo». www.indexmundi.com. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  7. Caion (26 de outubro de 2020). «Estrangeiros vivendo com HIV na Jordânia enfrentam uma escolha impossível». Direitos Humanos. Consultado em 30 de janeiro de 2021 
  8. a b Jordan tops region as medical tourism hub, Jordan Times, Sep 7, 2008
  9. «SEGUROS DE SAÚDE NA JORDÂNIA - Pacific Prime International». www.pacificprime.com. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  10. «Turismo médico: os 10 países mais procurados pelos viajantes». VEJA. Consultado em 31 de janeiro de 2021 
  11. «Medical Council: Insurance includes 70% of the citizens». Khaberni News 
  12. «Cancer Treatment | King Hussein Cancer Center & Foundation | Jordan cancer care». Khcc.jo. 22 de julho de 2009. Consultado em 14 de maio de 2012