Safrax
Safrax | |
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Etnia | Grutunga/Tervinga (?) Huna/Alana (?) |
Ocupação | nobre e líder militar |
Safrax (em latim: Saphrax) foi um nobre e líder militar gótico[a] do final do século IV, ativo durante as migrações góticas do período.
Vida
[editar | editar código-fonte]Segundo Amiano Marcelino, a ele foi confiado, junto com Alateu, a proteção do jovem herdeiro grutungo Viderico, que à época ascendera devido a morte em combate de seu pai Vitimiro (r. 375–376).[1] Nessa época, segundo o relato, possuía um estatuto equivalente ao do duque romano.[2] Em vista da pressão huna, os três decidiram marchar com os godos por eles liderados rumo ao Dniestre.[3]
Nesse mesmo ano, Safrax e Alateu lideraram, ao lado de outro oficial gótico chamado Farnóbio, os grutungos em direção ao Danúbio,[4] momento esse que os tervíngios de Fritigerno acabaram de cruzar o rio sob permissão imperial do imperador Valente (r. 364–378). Durante a Guerra Gótica de 376–382, Safrax e Alateu participaram a Batalha de Adrianópolis de 378[5] e mais tarde partiram para a Panônia, onde saquearam o país.[6][7]
Eles conseguiram negociar a paz em 380 com o imperador ocidental Graciano (r. 367–383),[6][7] que firmou um tratado no qual seus godos poderiam se assentar na Panônia.[2] Alateu e Safrax permaneceram quietos por alguns anos até reaparecem em 386, quando tentaram atravessar o Danúbio para invadir o Império Romano.[8]
Notas
[editar | editar código-fonte]- [a] ^ Segundo Simon MacDowall, muitos historiadores sugerem que Safrax era huno ou alano, uma vez que seu nome não possui uma origem goda e durante a Batalha de Adrianópolis ele liderou uma força conjunta de grutungos e alanos.[5] Garcia Moreno concorda com esta suposição e afirma que ele foi alano.[2]
Referências
- ↑ Kulikowski 2007, p. 126.
- ↑ a b c Moreno 2007, p. 339.
- ↑ Christensen 2002, p. 142.
- ↑ Heather 2003, p. 46.
- ↑ a b MacDowall 2001, p. 36.
- ↑ a b Martindale 1971, p. 802.
- ↑ a b Heather 2003, p. 50.
- ↑ Smith 1870, p. 90.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Christensen, Arne Søby (2002). Cassiodorus, Jordanes and the History of the Goths: Studies in a Migration Myth. Copenhague: Museum Tusculanum Press. ISBN 8772897104
- Frassetto, Michael (2003). Encyclopedia of barbarian Europe: society in transformation. Santa Barbara, Califórnia: ABC-CLIO. ISBN 9781576072639
- Heather, Peter (2003). The Visigoths from the Migration Period to the Seventh Century: An Ethnographic Perspective. Woodbridge, Suffolk: Boydell & Brewer Ltd. ISBN 1843830337
- Kulikowski, Michael (2007). Rome´s Gothic Wars: from the third century to Alaric. Cambridge: Cambridge University Press
- MacDowall, Simon (2001). Adrianople AD 378: The Goths Crush Rome's Legions. Londres: Osprey Publishing. ISBN 1841761478
- Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press
- Moreno, Luis A. Garcia (2007). «Prosopography and Onomastics: the Case of the Goths». In: K. S. B., Keats-Rohan. Prosopography Approaches and Applications: A Handbook. Oxford: Linacre College, Universidade de Oxford. ISBN 1900934124
- Smith, William (1870). Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology. III. Boston: Little, Brown and Company
- Wolfram, Herwig (1990). History of the Goths. Berkeley, Londres e Los Angeles: University of California Press. ISBN 9780520069831