Eternalismo (budismo)

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 Nota: Este artigo é sobre a acepção de um extremo no budismo. Para o conceito na filosofia do tempo, veja Eternismo.

Eternalismo (em Pali: "sassatavada") é uma vertente filosófica evitada pelo Buda não apenas nos agamas, como por todo o cânone budista. É a crença em um eu ou self imutável eterno em meio as fenômenos transitórios (contra a doutrina de anatta), além do que é empiricamente verificável, ao afirmar, por exemplo, que uma pessoa tem alguma personalidade permanente para sempre ou que o universo é eterno. O outro extremo é o aniquilacionismo ou niilismo, que afirma uma finitude ou aniquilação, da pessoa, do universo etc. No período de vida do Buda histórico havia grupos que sustentavam tal visão.[1][2]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

O Buda rechaçou esse ponto de vista e também o seu oposto, o conceito de ucchedavada, defendido por materialistas, em ambos aspectos lógico e epistemológico, propondo o Caminho do Meio,[1][2] entre esses dois extremos, baseando-se não em ontologia, mas em causalidade.

O Eternalismo é um dos pontos ou limites dos "Quatro Limites' (em Sânscrito: Caturanta), o método de análise e refutação chamado de Catuskoti, utilizado por Nagarjuna.

Referências

  1. a b Damien Keown (2004). Ucchedavāda, śāśvata-vāda, rebirth, in A Dictionary of Buddhism. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 978-0-19-860560-7 
  2. a b Pande, G. C. (1993). «Time in Buddhism». In: Balslev, Anindita Niyogi; Mohanty, Jitendranath N. Religion and Time (em inglês). [S.l.]: BRILL