Sayaka Osakabe

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Sayaka Osakabe
小酒部 さやか
Sayaka Osakabe
Sayaka Osakabe em 2015
Nascimento 1977 (47 anos)
Kanagawa, Japão
Nacionalidade japonesa
Principais trabalhos Ativismo pelos direitos da mulher
Prêmios Prêmio Internacional às Mulheres de Coragem

Sayaka Osakabe (小酒部 さやか), (1977) é uma ativista japonesa dos direitos da mulher.[1] Ela perseguiu uma ação judicial para a aplicação da lei da Igualdade de Oportunidades do Japão e obteve o reconhecimento por parte do governo que o assédio materna é ilegal. Sayaka foi uma das vencedoras do vencedor do Prêmio Internacional às Mulheres de Coragem do Departamento de Estado os EUA.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Sayaka Osakabe nasceu no Japão em 1977.[1] Ela trabalhava como editora de revistas quando ficou grávida. Em vez de aprovar horas de trabalho mais curtas, seu chefe tentou pressioná-la a deixar seu emprego. Depois de sofrer dois abortos, Osakabe pediu por licença se engravidasse novamente o que foi negado. Osakabe deixou seu trabalho sob coação e iniciou um caso no tribunal do trabalho.[3] Em junho de 2014, ela ganhou a causa e formou um grupo de apoio chamado Matahara Net, o nome é a combinação das versões encurtadas das palavras em inglês "maternidade e assédio" ("maternity and harassment").[4] o nome tornou-se uma marca registrada.[5]

O Fórum Econômico Mundial classifica o Japão na 104º posição no mundo em igualdade no local de trabalho e as estatísticas oficiais de trabalho mostram que uma em cada quatro mulheres que trabalham têm experimentado assédio à maternidade.[6]Embora a lei japonesa garanta às mulheres o direito de procurar papéis menos fisicamente exigentes durante a gravidez e 14 semanas de licença maternidade ou licença parental, para ambos os pais, em conjunto com o parto, muitas mulheres não utilizam as garantias devido à percepção de insegurança no emprego.[4]

Em 18 de setembro de 2014, membros da Matahara participaram de um julgamento na Suprema Corte em apoio a outra mulher em situação semelhante. A mulher foi rebaixada pelo empregador do hospital onde trabalhava durante a gravidez. Uma decisão do tribunal da primeira instância descobriu que estava "no âmbito da autoridade do hospital sobre questões de pessoal removê-la da sua posição de supervisão", mas a Lei da Oportunidade de Emprego Igual do Japão proíbe especificamente o rebaixamento devido à gravidez. Em uma decisão histórica emitida em 23 de outubro de 2014, a Suprema Corte do Japão anulou os veredictos de primeira instância e determinou que o rebaixamento ou outras medidas punitivas baseadas em gravidez violam a Lei de Igualdade de Oportunidades de Emprego.[7]

Osakabe continua seus esforços com a Matahara Net para promover o empoderamento das mulheres. Seu objetivo é mudar a política pública e a percepção social para que todas as mulheres tenham oportunidades de trabalho iguais.[8]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Stewart, Devin (29 de janeiro de 2015). «Abenomics Meets Womenomics». Foreign Affairs. Consultado em 8 de novembro de 2016  (em inglês)
  2. a b «Biographies of 2015 Award Winners». U.S. State Department. Março de 2015. Consultado em 10 de março de 2015 
  3. Okabayashi, Sawa (4 de outubro de 2014). «Women joining hands to combat 'maternity harassment' at work». The Asahi Shimbun. Consultado em 8 de novembro de 2016 
  4. a b Tomisawa, Ayai; Ando, Ritsuko (25 de setembro de 2014). «Women fight maternity harassment in the shadow of 'Abenomics'». The Japan Times. Reuters. Consultado em 8 de novembro de 2016 
  5. Okunuki, Hifumi (23 de setembro de 2013). «Matahara: turning the clock back on women's rights». The Japan Times. Consultado em 15 de março de 2015  (em inglês)
  6. Uhlmann, Chris (3 de novembro de 2014). «Hopes that court cases will challenge Japan's gendered workplaces». vocalook. Consultado em 8 de novembro de 2016 
  7. Okunuki, Hifumi (29 de outubro de 2014). «'Maternity harassment' verdict benefits women, men — and our humanity». The Japan Times. Consultado em 8 de novembro de 2016 
  8. Staff Report (7 de março de 2015). «U.S. 'matahara' activist calls U.S. award 'encouragement' to working women, says more must be done». The Japan Times. Consultado em 8 de novembro de 2016 
  9. «Carnegie Council Congratulates Sayaka Osakabe on her International Women of Courage Award» (em inglês). Carnegie Council. 4 de março de 2015. Consultado em 7 de novembro de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]