Socioambientalismo

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O termo socioambientalismo é uma análise sociológica do pensamento ambientalista contra o consumismo e a degradação ambiental, segundo Eduardo Strucchi, presidente da ONG "Estamos preparados"[1].

Estrutura Política do Socioambientalismo[editar | editar código-fonte]

Socioambientalismo é baseado na democracia plena (direta e indireta) como elemento cíclico e contínuo de direitos e deveres. Sua organização preconiza a descentralização urbana (retorno ao campo) e a produção na esfera local, evitando os impactos e custos da distância. É socialdemocrata. Crê na transição do capitalismo para uma sociedade socioambientalista sem revoluções, pela reforma legislativa plena e gradual. Parte da afirmação da urgência do pensar um novo modelo de sociedade que venha a reincorporar os valores morais biológicos a partir do entendimento mais amplo do papel individual no processo de sustentabilidade[2].

Estrutura Econômica do Socioambientalismo[editar | editar código-fonte]

É um sistema de organização para diminuição de gastos através da sustentabilidade local. Diminuindo o custo de vida, incentivando a não utilização da moeda. Sua base econômica é capitalista, mas desestimula o consumismo e o capital.

O socioambientalismo originou-se na ideia de políticas públicas ambientais envolvidas com as comunidades locais detentoras de conhecimentos e de práticas de caráter ambiental. O socioambientalismo permite desenvolver a sustentabilidade de maneira mais ampla, possibilitando que num país denominado pobre, com diferenças sociais, desenvolva-se a sustentabilidade social, além da sustentabilidade ambiental, de espécies e ecossistemas[3].

O socioambientalismo abrange uma ampla variedade de organizações não governamentais, movimentos sociais e sindicatos, que envolve a questão ambiental e social como uma dimensão de importante atuação.

Inclui-se também diversos movimentos sociais, tais como movimento de seringueiros, a interação com grupos ambientalistas permite-lhes elaborar o programa das reservas extrativistas, de relevância internacional depois do assassinato de Chico Mendes; os movimentos indígenas, a interação com grupos ambientalistas que abordam de forma mais ampla a questão da proteção ambiental de sua luta e pela demarcação de reservas; o movimento dos trabalhadores rurais sem-terra que em algumas regiões tem avançado em direção à reforma agroecológica, e os setores dos movimentos de moradores que têm incorporado a proteção ambiental através de diversos mecanismos (questionamento de fábricas poluidoras, demanda de saneamento básico ao poder público, mutirões para cuidado de áreas verdes e limpeza de córregos e lagoas; entre outros movimentos), estudando a problemática e os impactos oriundos do atual projeto de desenvolvimento[4].

Referências

  1. SANTILLI, Juliana. Socioambientalismo e Novos Direitos. São Paulo: Peirópolis, 2005.
  2. SANTOS, Ailton Dias Dos. Metodologias Participativas: caminhos para o fortalecimento de espaços públicos socioambientais. IEB- Instituto Internacional de Educação do Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2005.
  3. MARÉS, Carlos Frederico. Introdução ao Direito Socioambiental. In: LIMA, André (org). O direito para o Brasil socioambiental. São Paulo: Instituto Socioambiental, Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 2000.
  4. BORILE, Giovani Orso; CALGARO, Cleide; PEREIRA, Agostinho Oli Koppe. O impacto socioambiental do hiperconsumo na sociedade moderna e a sustentabilidade. In: CALGARO, Cleide; BIASOLI, Luis Fernando; ERTHAL, Cesar Augusto. (Orgs.). Ética e direitos humanos. Caxias do Sul, RS: Educs, 2016.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • BORILE, Giovani Orso; CALGARO, Cleide; PEREIRA, Agostinho Oli Koppe. O impacto socioambiental do hiperconsumo na sociedade moderna e a sustentabilidade. In: CALGARO, Cleide; BIASOLI, Luis Fernando; ERTHAL, Cesar Augusto. (Orgs.). Ética e direitos humanos. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2016.
  • MARÉS, Carlos Frederico. Introdução ao Direito Socioambiental. In: LIMA, André (org). O direito para o Brasil socioambiental. São Paulo: Instituto Socioambiental, Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 2000.
  • SANTOS, Ailton Dias Dos. Metodologias Participativas: caminhos para o fortalecimento de espaços públicos socioambientais. IEB- Instituto Internacional de Educação do Brasil. São Paulo: Peirópolis, 2005.
  • SANTILLI, Juliana. Socioambientalismo e Novos Direitos. São Paulo: Peirópolis, 2005.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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