Solar de Santo Antônio (Campos de Goytacazes)

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Solar de Santo Antônio
Tipo Solar
Estilo dominante Colonial
Início da construção 1846
Proprietário inicial Joaquim Pinto Neto dos Reis
Função inicial Engenho de cana-de-açúcar
Proprietário atual Associação Mantenedora do Asilo Nossa Senhora do Carmo
Função atual Asilo (Interditado)
Geografia
País  Brasil
Cidade Campos dos Goytacazes

O Solar de Santo Antônio, também conhecido como Fazenda Grande do Beco, é um casarão histórico, do período do Ciclo da cana-de-açúcar, construído em 1846. Foi propriedade de Joaquim Pinto Neto dos Reis, Barão de Carapebus. O solar está localizado na cidade de Campos de Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro. É um patrimônio histórico cultural tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), na data de 24 de julho de 1946, sob o processo de nº 176-T-1938.[1][2]

Atualmente abriga o Asilo Nossa Senhora do Carmo e está interditado por se encontrar em condições precárias de conservação.[1][3]

História[editar | editar código-fonte]

Em 1846, o solar foi construído, a pedido de Joaquim Pinto Neto dos Reis para ser a sede do Engenho de Santo Antônio. Com o passar dos tempos, o solar teve diversos proprietários, um deles o Cônsul Miguel Ribeiro da Mota e o Comendador Antônio Manoel da Costa. Este último, modernizou a produção e transformou o engenho em usina de cana-de-açúcar.[4]

Nos anos de 1847 e 1883, D. Pedro II se hospedou no solar, em visitas à cidade. No primeiro ano, foi no solar que o Imperador assinou o termo para a implantação da luz elétrica na cidade e no segundo ano, foi para a inauguração da luz elétrica implantada.[3][5]

Nos anos de 1930, o solar foi doado para o Seminário Diocesano e no ano de 1939, foi instalado o Asilo Nossa Senhora do Carmo, que se mantinha através de alugueis dos salões para eventos, mas em 1993 a edificação foi interditada pela Defesa Civil por causa das precárias condições estruturais. A associação mantedora do asilo construiu um anexo temporário para os idosos poderem ficar, até a reforma do solar terminasse.[4][6]

Arquitetura[editar | editar código-fonte]

Edificação de arquitetura colonial com simetria inspirada na arquitetura neoclássica, construída com um pavimentos e um porão alto. Na fachada principal foi construída uma escadaria semicircular em cantaria, que dá acesso a um pátio que leva a entrada do solar. A porta foi construída, centralizada na fachada, com sete janelas de cada lado desta porta. Todos os vãos da fachada possuem vergas em arco abatido e há cunhais nas quinas das paredes externas que foram construídas com 80 cm (frontal) e 70 cm (laterais e fundos) de espessura, foram construídas em alvenaria de tijolos maciços e estrutura em madeira. O telhado construídos em oito águas, foi coberto com telhas de barro tipo capa e canal.[1][3]

Asilo Nossa Senhora do Carmo[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Asilo Nossa Senhora do Carmo

O Asilo Nossa Senhora do Carmo foi fundado em 8 de agosto de 1904, pela conferência Vicentina São Francisco de Assis. Em 9 de outubro de 1904, para administrar o asilo, a Associação Mantenedora do Asilo Nossa Senhora do Carmo da velhice desamparada foi fundada. O asilo possui mais de sessenta idosos em seus cuidados.[5]

Referências

  1. a b c «Campos dos Goytacazes - Solar de Santo Antônio». Ipatrimonio. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Consultado em 14 de junho de 2021 
  2. Chagas, Humberto Neto das (2012). «Arquitetura solarenga rural de Campos dos Goytacazes no Séc, XIX». yumpu.com. Fundação Casa de Rui Barbosa. Série Memória & Informação. Consultado em 14 de junho de 2021 
  3. a b c Nitahara, Akemi (1 de outubro de 2018). «Casarão histórico em Campos dos Goytacazes será restaurado». Agência Brasil. Consultado em 14 de junho de 2021 
  4. a b Machado, Rafaela (28 de janeiro de 2021). «Um solar de muitos nomes e de muitas histórias». Portal Ururau. Consultado em 15 de junho de 2021 
  5. a b «Historiando Campos». Portal Evidência. Consultado em 14 de junho de 2021 
  6. «História». Asilo do Carmo. Consultado em 15 de junho de 2021