Sotero Cosme
Sotero Cosme | |
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Nascimento | 1905 Porto Alegre |
Morte | 1978 (72–73 anos) |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | músico |
Sotero Cosme (Porto Alegre, 1905 – Paris, 1978) foi um artista e músico brasileiro. É considerado como um dos melhores desenhistas do país nas décadas de 20 e 30 no estilo art déco.[1]
Filho de José Pereira Cosme, ligado às artes, em sua casa conheceu a primeira geração modernista de intelectuais porto-alegrenses, como Augusto Meyer, Theodomiro Tostes, Athos Damasceno, Armando Albuquerque e Radamés Gnatalli. Era irmão do músico Luiz Cosme.
Fez a ilustração de capa da estreia da Revista Madrugada, considerado um dos melhores traços art déco da época, a revista foi lançada em 25 de setembro de 1926.[2] Era responsável pela edição de arte da revista que durou somente cinco edições, mas na qual Sotero antecipou a ousadia visual que a Revista do Globo assumiria, para quem também fez a primeira capa.[2]
Foi violinista do Conservatório de Música, onde ganhou uma bolsa de estudos em Paris no início da década de 1930.[3] Lá expôs seus desenhos na Galerie Bernheim entre 11 e 24 de dezembro de 1948. Optou pela carreira diplomática, servindo nos consulados brasileiros de Florença, Nova Iorque e na embaixada em Paris, onde faleceu.[1] Atuando como cônsul na década de 1950, fez parte do trio formador da comissão organizadora da Copa do Mundo de 1950 ao lado de Ottorino Barassi e Stanley Rous. O trio também atuou no comitê organizador do Torneio Internacional de Clubes Campeões de 1951 conhecido como Copa Rio.[4][5][6]
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Legado
[editar | editar código-fonte]O MARGS possui alguns exemplares de seus desenhos.[3] A Casa de Cultura Mário Quintana, possui uma galeria com seu nome, parte do Museu de Arte Contemporânea.[1]
Referências
- ↑ a b c Casa de Cultura Mário Quintana, Galeria Sotero Cosme.
- ↑ a b GOLIN, Cida; RAMOS, Paula Viviane. Jornalismo cultural no Rio Grande do Sul: a modernidade nas páginas da revista Madrugada (1926).
- ↑ a b Transversais, Relembrando Baudelaire, MARGS.
- ↑ «Relatório oficial da Copa do Mundo de 1950, arquivado pela Fifa, permite traçar paralelo na organização dos Mundiais no Brasil». Folha de S.Paulo. 14 de outubro de 2012
- ↑ «Relatório da Copa de 1950» (PDF). Universo Online. p. 7
- ↑ «El torneo brasileño de campeones». Mundo Deportivo: 3. 8 de junho de 1951
- ↑ «Torneio de Campeões - futebol mundial - Brasil, junho e julho de 1951». Scribd