Tetraplegia
Quadriplegia | |
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Especialidade | neurologia |
Classificação e recursos externos | |
CID-10 | G82.5 |
CID-9 | 344.0 |
CID-11 | 583310882 |
MeSH | D011782 |
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A tetraplegia ou quadriplegia é quando uma paralisia afeta todas as quatro extremidades, juntamente à musculatura do tronco. À impossibilidade de mover os membros, em grau variável causa distúrbios da mecânica respiratória, podendo causar demência leve.
Causas[editar | editar código-fonte]
As tetraplegias são um sintoma entre os tantos de doenças neurológicas muito graves que compreendem lesões do cérebro ou da medula espinhal, tais como:
- Hemorragias cerebrais – Ocorre tetraplegia quando a ruptura de uma artéria cerebral em seguida a traumatismos, a distúrbios da coagulação ou então a alterações vasculares congênitas ou adquiridas, em que se verifica hemorragia no tronco encefálico; é causado também pela invasão de líquido cefalorraquidiano dentro das meninges, alcançando a medula.
- Insuficiência vértebro-basilar – É um ataque isquémico com manifestação aguda derivante de uma insuficiência da irrigação sanguínea improvisa no território da artéria basilar. A sintomatologia é caracterizada por vertigens rotatórias, distúrbios do campo visual, cefaleia, quedas inesperadas e repentinas e a tetraplegia (nos casos mais graves);
- Esclerose lateral amiotrófica – Provoca atrofia progressiva e paralisias dos músculos esqueléticos. Na fase avançada a paralisia afeta todos os quatro membros, propagando-se em seguida também aos músculos do pescoço e da língua;
- Lesões da medula espinhal – Os traumatismos de qualquer natureza que compreendam uma secção parcial ou total da medula espinhal no trato compreendido entre a primeira e a sétima vértebras cervicais podem ter como consequência, se não são mortais, uma tetraplegia.[1]
Tratamento e evolução[editar | editar código-fonte]
As tetraplegias são frequentemente consequências irreversíveis de patologias neurológicas ou neurocirúrgicas graves.
O doente tetraplégico que sobrevive torna-se uma pessoa desprovida de autosuficiência que terá necessidade de assistência contínua durante toda a vida. Assim, necessita da intervenção de outras pessoas não só para lhe assegurar uma certa mobilidade, mas também para realizar os atos cotidianos necessários à sobrevivência, como comer ou praticar a higiene pessoal, ou vários tipos de auxílios muito complexos, como por exemplo:
- Cadeiras de rodas especiais que se podem comandar com o queixo (controle mentoniano);
- Aparelhos verticais eletro-hidráulicos para assegurar a posição ereta;
- Respiração assistida.
Como evitar as paralisias[editar | editar código-fonte]
As paralisias podem ser evitadas de diferentes maneiras consoante aquilo que as provocou, sendo assim:
- Para evitar as lesões da medula espinhal
- Apertar o cinto de segurança no carro e usar o capacete na moto;
- Usar um equipamento protector quando se praticam desportos violentos;
- Não cometer imprudências quando se mergulha, verificar que a água seja bastante profunda.
- Para evitar a transmissão hereditária
Em caso de precedentes familiares, tais como distrofia muscular ou Coreia de Huntington, deve-se consultar um geneticista antes da gravidez ou detectar a presença de doenças genéticas durante esta última.
- Para evitar predisposições
- Levar uma vida saudável para prevenir acidentes vasculares cerebrais e tumores;
- Efectuar uma alimentação equilibrada, pobre de gorduras e colesterol;
- Beber bebidas alcoólicas com moderação;
- Evitar a sobrecarga ponderal;
- Manter-se em exercício físico;
- Não fumar;
- Controlar regularmente a pressão arterial e seguir os conselhos do médico em caso de hipertensão.
Referências
- ↑ PINHEIRO, Daniel Faria de Campos et al. Valor diagnóstico da tomografia de coluna cervical em vítimas de trauma contuso. Rev. Col. Bras. Cir. [online]. 2011, vol.38, n.5 [citado 2012-04-17], pp. 299-303. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-69912011000500003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 17-04-2012