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'''Tomás Cabreira''' nasceu em 1865 na cidade de Tavira, filho do [[general]] Tomás Cabreira e de Francisca Emília Pereira da Silva Cabreira. O seu avô, o [[marechal-de-campo]] [[Tomás António da Guarda Cabreira]] era o [[Conde de Lagos]] e [[Visconde do Vale da Mata]]. Teve um filho, [[Tomás Cabreira Júnior]] (colaborador e amigo do poeta [[Mário de Sá-Carneiro]]). |
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===Carreira académica e militar=== |
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Revisão das 00h16min de 31 de dezembro de 2008
Tomás António da Guarda Cabreira (Tavira, 23 de Janeiro de 1865 — Tavira, 4 de Dezembro de 1918) foi um ministro das Finanças de Portugal entre 9 de Fevereiro de 1914 e 23 de Junho do mesmo ano. Foi, também, professor, militar e escritor.
Biografia
Tomás Cabreira nasceu em 1865 na cidade de Tavira, filho do general Tomás Cabreira e de Francisca Emília Pereira da Silva Cabreira. O seu avô, o marechal-de-campo Tomás António da Guarda Cabreira era o Conde de Lagos e Visconde do Vale da Mata. Teve um filho, Tomás Cabreira Júnior (colaborador e amigo do poeta Mário de Sá-Carneiro).
Carreira académica e militar
A sua educação foi feita paralelamente na Escola do Exército, onde se licenciou em Engenharia Civil (1893), e na Universidade de Coimbra, onde frequentou o curso de Ciências Matemáticas. Leccionou na Escola Politécnica as disciplinas de Química Mineral e Orgânica, sendo depois nomeado lente definitivo do mesmo estabelecimento de ensino. Da sua carreira académica, saliente-se, aínda, o Doutoramento, em 1916, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e o facto de ter sido um dos fundadores da Academia das Ciências de Portugal e da Universidade Popular de Lisboa.
Na perspectiva militar, Tomás Cabreira atingiría o posto de coronel do exército, em 1918, ano da sua morte.
Carreira política
Tomás Cabreira esteve, igualmente, ligado à política, tendo sido vereador da Câmara Municipal de Lisboa, em 1908, e deputado republicano pelo Algarve às Constituintes, em 1911. Em 1912 é senador e, em 1914, é nomeado para Ministro das Finanças. Por razões internas do Partido Democrático, de que era membro e dirigente (1914), demite-se da pasta de que era responsável. Após a demissão, funda a União da Agricultura Comércio e Indústria.
Fez parte da Maçonaria, da qual foi presidente no Conselho da Ordem do Grande Oriente Lusitano Unido, e esteve ligado ao jornalismo ocupando diversos cargos na Associação dos Jornalistas de Lisboa e na Associação da Imprensa Portuguesa.
Homenagem
A pedido do Conselho Escolar da Escola Comercial de Faro, Tomás Cabreira foi homenageado dando o seu nome a esta escola, pela portaria nº 2.576 de 17/1/1921 do Governo da República, passando aquela a designar-se por Escola Secundária de Tomás Cabreira.
Obras
Os livros publicados por Tomá Cabreira abrangem diversas áeas do conhecimento, desde a Economia, à Química, passando pela Arte e pelo Turismo:
- Princípios de Estereoquímica (1896)
- Velasquez é um Pintor Português (1908)
- O Problema Financeiro e a sua Solução (1912)
- A Contribuição Predial (1912)
- O Problema Bancário Português (1915)
- Crédito Comercial e Industrial (1915)
- Posto Agrário e Ensino Móvel
- A Escola Primária Agrícola
- A Questão Corticeira, 1915
- Tarifas Ferroviárias, 1915
- Zonas Turísticas", 1915
- A Defesa Económica de Portugal (1917).
- O Algarve Económico (1918)
- A Política Agrícola Nacional (1920)
- A Composição da Linguagem de alguns Povos Pré- Históricos (1923)
Referências
- Redacção Quidnovi, com coordenação de José Hermano Saraiva, História de Portugal, Dicionário de Personalidades, Volume XII, Ed. QN-Edição e Conteúdos,S.A., 2004
- CHAGAS, Ofir Renato das, Tavira, Memórias de uma Cidade, Edição do Autor, 2004.
- Marreiros, Glória Maria. Quem Foi Quem? 200 Algarvios do Século XX (2ª ed., 2001). Edições Colibri, Lisboa, 2000.