José Hermano Saraiva
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José Hermano Saraiva | |
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O Prof. José Hermano Saraiva na Feira do Livro de Lisboa | |
Ministro da Educação ![]() | |
Período | 19 de agosto de 1968 – 15 de janeiro de 1970 |
Antecessor | Inocêncio Galvão Teles |
Sucessor | José Veiga Simão |
Dados pessoais | |
Nome completo | José Hermano Baptista Saraiva |
Nascimento | 3 de outubro de 1919 Leiria, Leiria |
Morte | 20 de julho de 2012 (92 anos) Palmela, Palmela |
Nacionalidade | Portuguesa |
Progenitores | Mãe: Maria da Ressurreição Baptista Pai: José Leonardo Venâncio Saraiva |
Prêmio(s) | Globos de Ouro de 2003: Prémio de Mérito e Excelência |
Religião | Católica |
Profissão | Professor, historiador, advogado |
Serviço militar | |
Apelido(s) | Saraiva |
Condecorações | GCIH • GCIP • ComNSC |
José Hermano Baptista Saraiva GCIH • GCIP • ComNSC (Leiria, 3 de outubro de 1919 – Palmela, 20 de julho de 2012)[1] foi um advogado, divulgador histórico, professor liceal, político, diplomata e comunicador televisivo português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970, num período conturbado da vida política nacional.[2][3][4][5] É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República Portuguesa.
Biografia[editar | editar código-fonte]
José Hermano Baptista Saraiva nasceu e viveu até ao início da adolescência em Leiria, onde chegou a frequentar o Liceu Rodrigues Lobo. Por volta dos 12 anos mudou-se para Lisboa, onde prosseguiu os estudos no Liceu Passos Manuel (o seu pai fora então nomeado reitor deste Liceu). Findos os estudos secundários, ingressou na Universidade de Lisboa. Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras, em 1941, e em Direito (Ciências Jurídicas), na Faculdade de Direito, em 1946.
Hermano Saraiva iniciou a sua vida profissional como professor do ensino liceal, atividade que viria a acumular com o exercício da advocacia. Foi professor do Liceu Passos Manuel e do Liceu Gil Vicente, ambos em Lisboa, e do Liceu da Horta, na ilha do Faial, nos Açores. Em seguida foi nomeado diretor do Instituto de Assistência aos Menores e reitor do Liceu D. João de Castro (1965).[6] Também lecionou no ensino superior, como assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina, atual ISCSP.
Depois de ter desenvolvido uma carreira política, na fase final do Estado Novo, com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, retomando uma ligação que iniciara com a RTP em 1971. Portador de uma enorme capacidade de comunicação,[2] tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História de Portugal tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.[carece de fontes]
Nos anos 1980 voltou a lecionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Foi ainda membro da Academia das Ciências de Lisboa, da Academia Portuguesa da História e da Academia de Marinha, membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, no Brasil e Sócio Honorário do Movimento Internacional Lusófono.
Ficou classificado em 26.º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP1.[7]
Tendo falecido em 20 de Julho de 2012, contando 92 anos de idade, em Palmela, onde residia,[8] foi homenageado posteriormente com um voto de pesar e um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado com os votos a favor do PSD, PS e PP, e os votos contra do PCP, PEV (CDU) e BE.
Durante a sua vida reuniu uma colecção de arte ecléctica, composta por objectos arqueológicos, esculturas, talha e pinturas de cariz religioso, sobretudo dos séculos XVI e XVII. Em Março de 2018 a colecção foi leiloada, tendo atingido o valor total de 700 mil euros.[9]
Atividade política[editar | editar código-fonte]
Apoiante do Estado Novo, foi um dos primeiros inscritos na Mocidade Portuguesa; mais tarde, foi secretário-geral e relator da Comissão Executiva do II Congresso Nacional da Mocidade Portuguesa.[10] Também foi diretor da Campanha Nacional de Educação de Adultos (1959), onde ingressara em 1955[11]. Nessa organização iniciou, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, uma edição de livros didáticos de carácter geral (cujas tiragens chegaram a dois milhões[12]) em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.
Foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa para a Cultura durante o mandato de António Vitorino da França Borges, deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961,[13] procurador à Câmara Corporativa (1965-1973)[14] e Ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao Salazarismo, com a crise académica de 1969.[15]
Em 1971, um ano depois de ser substituído por Veiga Simão no governo, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, que exerceu até ao 25 de Abril de 1974,[2] tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.
Família[editar | editar código-fonte]
Quarto filho de José Leonardo Venâncio Saraiva[16] (1881-1962), um professor do ensino secundário, agnóstico e de formação positivista; e de sua mulher (casados em Lisboa, em 8 de novembro de 1913), Maria da Ressurreição Baptista (Leiria, 1883 - Lisboa, 1961), uma católica devota.
Casou a 23 de dezembro de 1944 com Maria de Lourdes de Bettencourt de Sá Nogueira (16 de maio de 1918-28 de setembro de 2017), filha de Rodrigo de Sá Nogueira (1892-1978), professor de filologia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e sobrinho-neto de Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, 1.º Barão de Sá da Bandeira, 1.º Visconde de Sá da Bandeira e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, e de sua mulher (c. 20 de novembro de 1915) Maria Luísa Rodrigues de Bettencourt. Depois de uma viagem memorável que incluiu uma demorada caminhada a pé na neve para atravessar a Serra da Gardunha, devido ao facto de o comboio onde seguia ter ficado sem carvão na estação de Alpedrinha, por conta da crise desta fonte de energia no pós Segunda Guerra Mundial, passou a lua de mel na aldeia das Donas, no concelho do Fundão, de onde era natural a sua família paterna. Tiveram cinco filhos: José, António, Pedro, Paulo e Rodrigo.
Era irmão do professor António José Saraiva,[2] que chegou a ser militante do PCP, e pelo qual sempre nutriu uma profunda admiração, apesar das diferenças políticas, e tio do arquiteto e jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário (1895-2002, viveu até aos 107 anos), o último veterano português sobrevivente da Primeira Guerra Mundial.
Condecorações[editar | editar código-fonte]
Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública de Portugal (14 de Fevereiro de 1970)[17]
Grã-Cruz da Ordem do Mérito do Trabalho do Brasil[carece de fontes]
Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco do Brasil[carece de fontes]
Comendador da Real Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa de Portugal[carece de fontes]
Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (8 de Junho de 2012)[17]
Obra[editar | editar código-fonte]
Orações académicas editadas pela Academia das Ciências de Lisboa[editar | editar código-fonte]
- Testemunho Social e Condenação de Gil Vicente (1976);
- A Revolução de Fernão Lopes (1977);
- Elementos para uma nova biografia de Camões (1978);
- Proposta de uma Cronologia para a lírica de Camões (1981-1982|82):
- Evocação de António Cândido (1988);
- No Centenário de Simão Bolívar (1984);
- A crise geral e a Aljubarrota de Froyssart (1988).
Trabalhos pedagógicos[editar | editar código-fonte]
- Notas para uma didáctica assistencial (1964);
- Aos Estudantes (1969);
- Aspirações e contradições da Pedagogia contemporânea (1970);
- A Pedagogia do Livro (1972);
- O Futuro da Pedagogia (1974).
Trabalhos jurídicos[editar | editar código-fonte]
- O problema do Contrato (1949);
- A revisão constitucional e a eleição do Chefe do Estado (1959);
- Non-self-governing territories and The United Nation Charter (1960);
- Lições de Introdução ao Direito (1962-1963|63);
- A Crise do Direito (1964);
- Apostilha Crítica ao Projecto do Código Civil (1966);
- A Lei e o Direito (1967).
Trabalhos históricos[editar | editar código-fonte]
- Uma carta do Infante D. Henrique (1948);
- As razões de um Centenário (1954);
- História Concisa de Portugal (1978), trad. em espanhol, italiano, alemão, búlgaro, chinês e polaco;
- História de Portugal, 3 Vol. – Direcção e co-autoria (1980-1981);
- O Tempo e a Alma, 2 Vol. (1986);
- Breve História de Portugal (1996);
- Portugal – Os Últimos 100 anos (1996);
- Portugal – a Companion History (1997);
Para uma História do Povo Português[editar | editar código-fonte]
- Outras maneiras de ver (1979);
- Vida Ignorada de Camões (1980);
- Raiz madrugada (1981);
- Ditos Portugueses dignos de memória (1994);
- A memória das Cidades (1999).
Programas de televisão[editar | editar código-fonte]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- «Programas de História do Prof. José Hermano Saraiva». no YouTube.
- «Coleção José Hermano Saraiva». no Arquivo RTP.
- «Biografia e resumo das Intervenções parlamentares na Assembleia Nacional.» (PDF). por Castilho, J. M. Tavares (2009) no sítio oficial da Assembleia da República Portuguesa.
- «Biografia de José Hermano Saraiva em Procuradores da Câmara Corporativa (1935-1974)» (PDF). por Castilho, J. M. Tavares no sítio oficial da Assembleia da República Portuguesa.
Referências
- ↑ País, Ediciones El (23 de julho de 2012). «José Hermano Saraiva, divulgador de la historia portuguesa». EL PAÍS (em espanhol)
- ↑ a b c d «José Hermano Saraiva». In Infopédia (em linha). Porto: Porto Editora, 2003-2011. Infopédia. Consultado em 7 de setembro de 2011
- ↑ «Morreu o historiador José Hermano Saraiva». Jornal Público. Publico.pt. 20 de Julho de 2012. Arquivado do original em 19 de setembro de 2012
- ↑ «JPN: Morreu José Hermano Saraiva». Jpn.c2com.up.pt. Arquivado do original em 12 de maio de 2014
- ↑ «Óbito/Cultura Morreu historiador José Hermano Saraiva - Expresso.pt». Semanário Expresso. Consultado em 20 de Julho de 2012
- ↑ http://app.parlamento.pt/PublicacoesOnLine/OsProcuradoresdaCamaraCorporativa%5Chtml/pdf/s/saraiva_jose_hermano.pdf Parlamento]
- ↑ «Lista dos 100 finalistas do Programa "Os Grandes Portugueses"». Veiculado pela RTP de Outubro de 2006 a Março de 2007. Rádio e Televisão de Portugal. Arquivado do original em 7 de julho de 2011
- ↑ «Morreu o historiador José Hermano Saraiva». Jornal de Notícias Online. Jn.pt. 20 de julho de 2012
- ↑ Jornal Diário de Notícias (25 de Março de 2018). «Espólio de Hermano Saraiva rendeu mais do dobro do valor esperado». Consultado em 28 de Março de 2018
- ↑ Parlamento
- ↑ Parlamento
- ↑ «RTP». Consultado em 29 de dezembro de 2015. Arquivado do original em 6 de março de 2016
- ↑ Castilho, J. M. Tavares (2009). «Biografia e carreira parlamentar de José Hermano Saraiva.» (PDF). Os Deputados à Assembleia Nacional (1935-1974). Assembleia da República Portuguesa. Consultado em 11 de Maio de 2014
- ↑ Castilho, J. M. Tavares (2010). «Biografia de José Hermano Saraiva.» (PDF). Procuradores da Câmara Corporativa (1935-1974). Assembleia da República Portuguesa. Consultado em 11 de Maio de 2014
- ↑ Crise Académica de 1969.rtp.pt
- ↑ http://oliveirasalazar.org/download/documentos/pdf%20entrev.%20Prof.J.H.Saraiva___B79DCBD0-0E33-4C92-8D70-333F60921F1C.pdf
- ↑ a b «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "José Hermano Saraiva". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 11 de maio de 2014
- ↑ O Tempo e a Alma in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2017. [consult. 2017-03-10 22:21:48]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$o-tempo-e-a-alma
- ↑ https://web.archive.org/web/20021217013634fw_/http://www.rtp.pt/web/historiartp/index70.htm
- ↑ http://www.rtp.pt/programa/tv/p16768
- ↑ «José Hermano Saraiva no Programa "O Tempo e a Alma"». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «José Hermano Saraiva no Estúdio A do Lumiar». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «Intervalo para um Colóquio». Consultado em 11 de agosto de 2020
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- ↑ «Gente de Paz». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «Histórias de Cidades». Consultado em 11 de agosto de 2020
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- ↑ «A Grande Aventura». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «A Bruma da Memória». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «Histórias que o Tempo Apagou». Consultado em 11 de agosto de 2020
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- ↑ «Horizontes da Memória – Temporada VII». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «Horizontes da Memória – Temporada VIII». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «Horizontes da Memória – Temporada IX». Consultado em 11 de agosto de 2020
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- ↑ «Lisboa Sobre Carris». Consultado em 13 de agosto de 2020
- ↑ «A Alma e a Gente – Temporada I». Consultado em 11 de agosto de 2020
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- ↑ «A Alma e a Gente – Temporada IX». Consultado em 11 de agosto de 2020
- ↑ «História Essencial de Portugal». Consultado em 11 de agosto de 2020
Precedido por Inocêncio Galvão Teles |
Ministro da Educação Estado Novo |
Sucedido por José Veiga Simão |
- Nascidos em 1919
- Mortos em 2012
- Homens
- Naturais de Leiria
- Alumni da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
- Católicos de Portugal
- Historiadores de Portugal
- Juristas de Portugal
- Professores da Universidade Técnica de Lisboa
- Academia das Ciências de Lisboa
- Camonistas
- Vereadores da Câmara Municipal de Lisboa
- Procuradores da Câmara Corporativa de Portugal
- Deputados da Assembleia Nacional de Portugal
- Ministros da Educação de Portugal
- Embaixadores de Portugal no Brasil
- Apresentadores de televisão de Portugal
- Grã-Cruzes da Ordem da Instrução Pública
- Grã-Cruzes da Ordem do Infante D. Henrique
- Comendadores da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa
- Globo de Ouro (Portugal) de Mérito e Excelência