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Autorretrato como alegoria da pintura
Autor Artemisia Gentileschi
Data 16381639
Técnica Pintura a óleo
Dimensões 98,6 cm × 75,2 cm 
Localização Palácio de Buckingham

Autorretrato como alegoria da pintura (Autoritratto come allegoria della Pittura, em italiano) é um autorretrato da pintora italiana Artemisia Gentileschi. O óleo sobre tela foi iniciado pela artista em 1638 e terminado em 1639. É considerado uma pintura do estilo barroco.[1][2]

Atualmente, o quadro faz parte da Academia Real Inglesa e encontra-se dentro da Galeria da Rainha, no Palácio de Buckingham, em Londres.[3] Suas medidas são 98,6 centímetros de altura e 75,2 centímetros de largura.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

O quadro retrata Artemisia Gentileschi, a própria autora da obra, como a alegoria da pintura. Na tela, ela aparece segurando um pincel com a mão direita e com este mesmo braço levemente levantado, como se estivesse pintando um quadro fora da imagem. O braço esquerdo aparece segurando uma paleta de tintas.

A tela está assinada com as letras A.G.F., sendo que as duas primeiras são as iniciais da artistas.[4]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Artemisia produziu esta tela em Londres, na corte de Carlos I, enquanto viajava com seu pai, o também pintor Orazio Gentileschi.[1] Após a morte do governante, a obra só voltou à coleção real durante o período da Restauração, onde continua até hoje.

Análise[editar | editar código-fonte]

Este quadro difere-se de um autorretrato comum, porque representa a própria autora como a alegoria da pintura. Visto que pintores homens não conseguiam desenhar a si próprios desta forma, já que a alegoria da atividade é sempre simbolizada por uma figura feminina, este quadro chamou atenção da comunidade artística da época. Ainda mais porque, quando foi realizado, não existiam muitas artistas mulheres.[5]

É possível identificar que Artemisia personificou a alegoria da pintura graças às características físicas da figura feminina na tela, que seguem a descrição feita por Cesare Rippa em Iconologia. De acordo com o livro, a alegoria da pintura deveria ser representada por uma mulher segurando um pincel em uma mão e uma paleta na outra. A figura também deveria ter sobrancelhas arqueadas e cabelos escuros e bagunçados, os quais simbolizam o fervor do ato de pintar, e usar um vestido colorido com as mangas dobradas, uma faixa sobre a boca e uma corrente de ouro no pescoço, de onde penderia uma mascara com a palavra "imitatio".[2][5]

Artemisia utiliza todos esses recursos na sua caracterização, exceto dois: a palavra "imitatio" e a faixa cobrindo a boca. Acredita-se que a artista deixou esses aspectos de lado propositalmente, para não representar de forma depreciativa. [6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

  1. a b c «Artemisia Gentileschi (Rome 1593-Naples 1652) - Self-Portrait as the Allegory of Painting (La Pittura)». www.royalcollection.org.uk (em inglês). Consultado em 23 de março de 2018 
  2. a b «Self-Portrait as the Allegory of Painting (La Pittura)». rebirthofreason.com. Consultado em 23 de março de 2018 
  3. «RCIN 405551 - Self-portrait as the Allegory of Painting (La Pittura)». www.royalcollection.org.uk (em inglês). Consultado em 23 de março de 2018 
  4. Garrard, Mary D. «Artemisia Gentileschi' s Self-Portrait as the Allegory of Painting». Consultado em 23 de março de 2018 
  5. a b «Portal HACER | História da Arte». Portal HACER | História da Arte (em inglês). Consultado em 23 de março de 2018 
  6. «Self-portrait as the Allegory of Painting (La Pittura) - Artemisia Gentileschi - Google Arts & Culture». Google Cultural Institute