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Robert Jesse Stoller (Crestwood, Nova York, 15 de dezembro de 1924Los Angeles, California, 6 de setembro de 1991) foi um psiquiatra, psicanalista e professor de psiquiatria na Universidade da California, Los Angeles.

Stoller, assim como John Money, foi um dos primeiros a falar em identidade de gênero, adotando as considerações de Simone de Beauvoir no meio cientifico. Sendo autor de nove livros, co autor de outros três e tendo publicado mais de 115 artigos.

Gênero e identidade de gênero[editar | editar código-fonte]

Em 1968 Stoller introduziu o termo identidade de gênero na literatura psicanalítica e desenvolveu considerações para distinguir as dimensões psicológicas e biológicas do sexo. Usou "gênero" para distinguir ideias e experiências de masculinidade e feminilidade, socialmente determinadas construções psicológicas sobre o sexo, das características determinadas biologicamente de masculinidade e feminilidade. A partir de então, a ideia de gênero tornou-se muito comum nas discussões psicanalíticas para se referir aos aspectos psicológicos da sexualidade, o que Freud chamou de "consequências psíquicas da distinção anatômica entre sexos" em 1925. Stoller identificou três componentes na formação da identidade de gênero:

  • influencias biológicas e hormonais;
  • atribuições do sexo na nascimento;
  • influencias ambientais e psicológicas.

Em contraponto com as ideias de Freud, que diz que a identificação primária é masculina, Stoller acreditava que tanto meninos quanto meninas começam suas vidas com uma certa identidade de gênero feminina obtida na sinopse materna. A identidade de gênero é derivada da identificação e pela aprendizagem durante a vida. O conceito de identidade de gênero foi muito importante na história, e principalmente para o estudo da história das mulheres, pois separa a psicologia masculina e feminina do determinismo biológico sugerido por Freud.

A mentira de Agnes e a primeira operação transsexual[editar | editar código-fonte]

Em 1958 foi entrevistada por Stoller, Alexander Rosen e Harold Garfinkel uma paciente de 19 anos chamada Agnes, que possuía aparencia feminina e aparato genital masculino completo. Ela alegou que era uma mulher nascida no corpo de homem e convenceu a equipe médica, pela história que contara e por sua aparência que não era transsexual e sim uma intersexual devendo assim passar por uma cirurgia de mudança de sexo, algo completamente proibido aos transexuais da época. No entanto descobriu-se depois que Agnes era, na verdade, um homem e estava mentindo para poder fazer a operação. Ela tomava estrogênio, receitado por sua mãe, desde os 12 anos de idade para feminizar seu corpo.


Referências