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Reformadores 5/06[editar | editar código-fonte]

Conjuntura histórica. Na passagem da Idade Média para a Idade Moderna as transformações que aconteceram na Europa atingiram os princípios religiosos. Havia uma contradição entre a doutrina religiosa e a realidade. Dentro da Igreja Católica havia uma disputa de poder entre o Papado e a Cúria Romana, uma acirrada disputa pelas riquezas geradas das rendas das terras eclesiásticas, a venda de indulgências e a cobrança do dízimo que embelezavam os palácios episcopais e corrompiam o alto clero.

Essa era a imagem de uma igreja que pregava a simplicidade somente para os outros, onde a leitura da Bíblia e textos mais básicos da doutrina contradiziam as suas práticas internas, muitas vezes confirmando uma igreja com bases sustentadas pela corrupção e riqueza. Surge um movimento da Reforma que recebe o apoio da aristocracia alemã, embasado na crítica a Igreja Católica e com apoio de um grupo significativo da nobreza inglesa, no qual, surgem os reformadores Lutero e Calvino que a concretizaram no século XVI.

Os reformadores movidos pelo desejo de mudança nos hábitos e dogmas da Igreja Católica, reuniram muitos adeptos que lutavam pelo respeito aos costumes e hábitos locais e discordavam das ações e abusos da autoridade papal. A venda de indulgências pela Igreja Católica provocava indignação no monge Martinho Lutero, influenciado pelas obras de Santo Agostinho e São Paulo .Para ele, o homem nascia pecador e somente Deus ( autoridade divina ) podia dar-lhe a graça do perdão através do amor que tinha pela humanidade ,a salvação não dependia do clero e somente a fé poderia levar à salvação.

Lutero confirmava a sua intenção em reformar as práticas religiosas da Igreja católica e por isso o Papa Leão X, por meio de uma bula papal, pediu que se retratasse, mas Lutero não acatou a ordem e foi excomungado. Porém , foi acolhido por parte da nobreza alemã ,onde pode encontrar bases para ir contra o papado. Entre as suas ideias, encontramos a eliminação de vários sacramentos católicos, pois não achava que estes tivessem o poder de salvar o homem,manteve o batismo e a eucaristia, permitiu o casamento dos sacerdotes e ,em substituição à missa, a ceia do senhor.

Traduziu a Bíblia para o alemão com a ajuda de um professor grego chamado Melanchthon e rejeitou o culto de santos e da adoração das imagens. Outro reformador , Ulrich Zwinglio (padre e de educação humanista) foi o introdutor da reforma na Suíça , exigindo uma religião exclusivamente baseada na Bíblia, atacou a venda das indulgências, rompeu com o celibato, considerou a confissão desnecessária, dizia que o homem alcançaria a salvação através da caridade e que somente cabia a Deus perdoar. Com o seu falecimento em 1531, a Reforma prossegue com o teólogo francês Jean Calvino que também criticava a Igreja incansavelmente.

Para ele , a riqueza era um indício da graça divina e não de pecado , o lucro e usura não eram mais condenados, conservou o batismo , a eucaristia, e através da moralidade controlava os excessos cometidos nos hábitos religiosos condenados pelo calvinismo. No seu governo em Genebra, eliminou o ritual, a música instrumental, os vitrais, os quadros e as imagens , mantendo um lugar para oração com paredes vazias , brancas e o sermão.

Estimulava a acumulação de capital,os valores éticos e valorizando o trabalho, acreditava que o ser humano deveria lutar pelo seu progresso. Na Inglaterra , seus seguidores eram chamados de puritanos. Na Escócia, a Reforma foi estabelecida pelo reformador John Knox e seus seguidores nomeados de presbiterianos. Henrique VII (rei da Inglaterra) pretendia construir um estado nacional absolutista, livre da influência papal e dos impostos cobrados pela igreja.

Apoderou-se dos seus bens, fechou os conventos e se nomeou chefe da igreja na Inglaterra. Os filhos de Henrique implantaram o calvinismo,o catolicismo e o anglicanismo onde havia o poder do Estado sobre a igreja. O movimento da Reforma atingiu diversas regiões e gerações.Como resposta ao grande avanço do protestantismo ,surge o movimento da Contrarreforma no qual reforça a mobilização dos papas, convocando em 1545 o Concílio de Trento (visando unificar a ação e a doutrina católica) reafirmando o poder papal.

Com a criação do Santo Ofício (uma espécie de tribunal papal) houve a prática de castigos para os que não aceitavam os dogmas da Igreja Católica , decidindo manter o monopólio do clero e reforçando o poder papal numa verdadeira caça às bruxas e aos costumes de cultura popular considerados profanos aos olhos dos reformadores católicos. Surge uma tentativa de levar as reformas católicas e protestantes aos camponeses impedindo contra certas formas de religião popular. Os reformadores não tinham as mesmas razões para objetarem a cultura popular. A reforma católica sugeria e implantava modificações nas práticas religiosas e a reforma protestante implantava as eliminações.

Referências[editar | editar código-fonte]

[1] [2] [3]

  1. BURKE,Peter.Cultura popular na Idade Moderna.São Paulo:Cia das Letras, 1989, p.280 a 323.
  2. REZENDE,Antonio Paulo. DIDIER,Maria Thereza.Rumos da história:história geral e do Brasil.São Paulo.Atual,2005.
  3. MULLET.Michael.A Contrarreforma.Lisboa:Gradiva,1985, p.7 a 69.