Usuário(a):Alice Barcelos/Testes/Q62064741, Obra de arte

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Minha família (A rosa)
Alice Barcelos/Testes/Q62064741, Obra de arte
Autor Eliseu Visconti
Data 1909
Gênero retrato familiar
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 100 centímetro x 78 centímetro


Minha família (A rosa) é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1909. A obra é do gênero retrato familiar.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

 A obra foi produzida com tinta a óleo, tela.Suas medidas são: 100 centímetros de altura e 78 centímetros de largura.[1]
Faz parte de coleção particular.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Após estabelecer uma vida digna no Brasil, Eliseu Visconti parte à Europa para encontrar sua companheira e filha, que moravam em Paris. Em janeiro de 1909 - pouco tempo depois de ter chegado - concretiza seu casamento no dia 14 de janeiro e logo traz sua família para o Rio de Janeiro pela primeira vez, expondo-as ao seu mundo. Elas já foram modelos para a pintura "Maternidade" de 1906, mas não as mostravam com detalhe. Sua forma de introduzi-las oficialmente à sociedade brasileira foi expor, na ENBA[2] de 1909, o retrato que nomeia "Minha Família", exibindo sua filha no colo de sua esposa. Mais tarde, expõe sua obra na 2ª Bienal de São Paulo, com o título "A Rosa".


Análise[editar | editar código-fonte]

A obra do gênero retrato familiar exibe uma composição exótica com sua prática pessoal, não se encaixando completamente em um movimento artístico.

Recepção[editar | editar código-fonte]

A pintura foi recebida com admiração e surpresa. O Jornal do Brasil publicou, em 5 de setembro de 1909, um ensaio sobre a obra: "um quadro de estilo "Minha Família", de composição exótica, mostrando a segura técnica dos tons e a segurança do colorido, predicados triviais no seu temperamento de artista. [...] é de uma feição própria, que indica um caracter pessoal do pincel e torna o artista vencedor na conquista dos efeitos e das tonalidades".

Dias depois, o Jornal do Commercio publica, em 7 de setembro: "A factura é 'uma novidade' só estranhável para quem não souber que o Sr. Visconti não cessa de estudar, de investigar, de variar [...] O efeito primordial da factura adotada pelo pinto é o da rutilância ambiente; há ali uma irradiação; e a luz que envolve as duas figuras do quadro, parece ao mesmo tempo sair delas, sobretudo da criança formosíssima que o Sr. Visconti deve adorar duas vezes, como pai e como artista".

Futuramente, em outubro de 1974, a filósofa Gilda de Melo e Sousa escreve sobre a pintura: "quadro muito bonito que, à primeira vista, surpreende pela virtuosidade. O tratamento das vestimentas, a colocação admirável da figuras no espaço, sobretudo a frontalidade da menina, lembram demais Renoir. No entanto, se atentarmos bem para a fatura, percebemos que a realização do rosto não é impressionista. O modelado se prende antes aos ensinamentos da Academia, é unido, esmaltado, obtido através das graduações sutilíssimas do rosa. Eliseu não usou a pincelada partida, nem decompôs as cores, opondo as complementares; pintou segundo as regras tradicionais, limitando-se a estender por cima da tela já trabalhada, uma poalha de pontos coloridos, numa técnica que seria antes de Seurat".

Ver também[editar | editar código-fonte]

[1]

[2]

Referências


Categoria:Pinturas de 1909

Categoria:Pinturas de Eliseu Visconti