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Margarida Borràs (Valencia? – Valencia, 28 de Julho de 1460) foi uma transsexual espanhola do século XV, chamada originalmente Miquel. Foi enforcada em consequência de sua orientação sexual, e actualmente é um ícone para a defesa dos direitos LGBT em Valência. Possivelmente foi filha de um importante notário de Maiorca, e  frequentou os círculos da alta sociedade valenciana da época, conseguindo certa fama na Valência mais acomodada. Foi presa e torturada, e mais tarde executada na forca da praça do Mercado da cidade de Valência, como se praticava na Idade Média com os assassinos, parricidas, uxoricidas e sodomitas, neste caso por se sentir mulher e se comportar e vestir como tal.

Em meados da década de 1990, o professor Vicent Josep Escartí escreveu um artigo sobre os factos em torno da morte de Margarida Borràs, que atingiria grande relevância entre os colectivos LGBT da cidade de Valência, de tal maneira que em 1995 Lambda, Col·lectiu de lésbicas, gays, transsexuais e bisexuais de Valência instaurou o Prémio Margarida Borràs às pessoas e entidades que se destacam por seu trabalho contra a discriminação por identidade sexual ou de género, bem como pela defesa dos direitos do colectivo LGBT, como homenagem à primeira pessoa que consta que morreu em Valência pelo ódio e a discriminação motivados pelo facto de se mostrar tal e como se sentia.

Em Janeiro de 2016, o Conselho pela Mulher e pela Igualdade da Prefeitura de Valência decidiu dedicar-lhe uma rua junto a outras 36 mulheres que não têm tido a oportunidade de obter comemoração ao longo da história.