Usuário(a):BahYajé e Y4guarEtã/Testes Vidal Martins

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O Quilombo Vidal Martins é uma comunidade remanescente de quilombo localizada na zona urbana[1] no município de Florianópolis, foi certificada pela Fundação Cultural Palmares em 25 de outubro de 2013.[2][3]

História[editar | editar código-fonte]

A história da comunidade do Quilombo Vidal Martins está atrelada ao nome de uma mulher que foi traficada de África no século XVIII, seu nome era Jacinta. Naquela época a cidade de Florianópolis se chamava Nossa Senhora do Desterro, Jacinta foi destinada ao trabalho escravo e teve uma filha de nome Joana que também foi escravizada, sendo vendida à um pároco da localidade. No dia 3 de julho de 1845, Joana dá a luz ao seu filho de nome Vidal Martins. Vidal Martins nasce 26 anos da Lei do Ventre Livre.[4]

Devido a condição sub-humana de Joana sendo uma mulher negra escravizada, logo teve que se separar de seu filho pois foi vendida para outro senhor de escravos, o então primeiro padre da Paróquia de São João Batista do Rio Vermelho: Antônio Mendes Pulcheria.[5]

A maior parte do conhecimento que chega sobre a pessoa de Vidal Martins provém da memória oral da comunidade. O território que hoje abriga a comunidade quilombola foi lhe repassado em testamento pois a família dos escravizadores não possuía herdeiros.[5]

Seu Odílio e dona Jucélia repassam as histórias contadas a eles por seu Isidro Boaventura Vidal, pai deles e neto de Vidal Martins. Foi Seu Isidro que de forma magnânima fez com que as memórias de seus antepassados permanecessem vivas para seus descendentes. Foi também o Seu Isidro que amargou o momento em que ele e seus familiares foram expropriados das terras herdadas por seus ancestrais.[5]

Processo de Titulação da Comunidade Quilombola[editar | editar código-fonte]

A comunidade enfrenta problemas no processo de titulação do território quilombola[6], possui a certificação da Fundação Palmares e após atrasos conseguiu o relatório de identificação fornecido pelo INCRA. Ainda restam a delimitação e demarcação da área física e a última etapa que é a titulação do território quilombola. [7]

O território da comunidade está localizado no bairro Rio Vermelho e enfrenta diversos tipos de violências.[6] Após o reconhecimento da Fundação Palmares em 2013, o processo não teve andamento, tendo o Ministério Público Federal ajuizado uma ação civil pública em 2018 visando a definição de cronograma por parte do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), órgão responsável pela regularização fundiária.[8]

Referências

  1. dos, Santos, Izabel Cristina da Rosa Gomes (2020). «OJO NBORI OJO: vozes ancestrais na cultura e na literatura. Conversas com avós». Consultado em 15 de agosto de 2022 
  2. «Página 19 do Diário Oficial da União - Seção 1, número 208, de 25/10/2013 - Imprensa Nacional». pesquisa.in.gov.br. Consultado em 14 de agosto de 2022 
  3. Bellinger, Carolina (11 de fevereiro de 2020). «Terra Quilombola Vidal Martins | Observatório Terras Quilombolas». Comissão Pró-Índio de São Paulo. Consultado em 14 de agosto de 2022 
  4. «A importância da informação e memória no quilombo urbano vidal martins». brapci.inf.br. Consultado em 15 de agosto de 2022 
  5. a b c Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome :1
  6. a b Livres, Jornalistas (18 de agosto de 2018). «Quilombo resiste à violência em área turística da Ilha de Santa Catarina». Jornalistas Livres. Consultado em 14 de agosto de 2022 
  7. http://www.mpf.mp.br, Ministério Publico Federal-. «Comunidade quilombola Vidal Martins comemora entrega do seu relatório de identificação». MPF. Consultado em 14 de agosto de 2022 
  8. «Incra reconhece primeira comunidade quilombola de Florianópolis; veja detalhes | ND Mais». ndmais.com.br. 26 de julho de 2022. Consultado em 15 de agosto de 2022